Capítulo 37

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Maia Benson

Não costumo mexer na roupa suja do Greco. Não sei o que me deu hoje, fui lá e peguei.

E para a minha supresa, encontrei lá uma calcinha.

Não sei o que fazer quanto a isto, poderia muito bem ir até lá em baixo e jogar na cara dele e pedir uma explicação.

Coisa que já estragou completamente o meu dia e para piorar, acordei com a péssima notícia de que Beth havia tido uma overdose.

Infelizmente morreu e o Sargento disse-me que eu poderia ir ver o Ethan, já que estava no hospital.

Disse-me que ontem o encontram numa situação péssima. Coisa que só de imaginar já pesou meu coração.

Então vou vê-lo, sei que vai pesar ainda mais porque não poderei trazê-lo para casa.

Mas uns minutos com ele, sei que bastará.

Levanto da cama e coloco a calcinha no bolso, já que foi lá onde eu encontrei.

A porta abre-se e olho para ele. Vê-lo aí, dá-me uma enorme vontade de partir para cima dele.

— Aonde vai? _ ele questiona fechando a porta.

— Hospital.

Ele mudou de expressão, provavelmente por já saber o que vou lá fazer. Como sabe? Provavelmente mandou o Vin investigar.

— Greco, não... __ afasto-me assim que ele tenta me beijar. — Você é um filho da mãe, um grande filho da mãe!

— O que é agora?

— O que é agora? Você sabe muito bem do que falo! Eu quero o divórcio.

Ele ri como se eu tivesse dito alguma piada. De um momento para o outro, senti a sua mão no meu pescoço e me empurra na cama.

Caímos os dois e fica por cima de mim.

—  Sai de cima de mim, porra! Você é um sacana!

— Nunca te deixarei ir, nunca. A menos que eu morra, você será sempre minha.

— Greco...

—  Minha, entendeu? _ ele aperta com mais força e eu aceno com a cabeça.

Ele me solta e levanta. Eu permaneço na cama ainda recuperando o ar .

— Você está precisando de umas férias, essa porra toda tem te stressado muito. Este final de semana vamos à Itália.

— Eu não vou para Itália. _ digo firme.

Ele se vira e olha para mim. Amaldiçoei-me mentalmente por ter tremido que nem uma covarde assim que ele senta ao meu lado.

Ele sabe que eu tenho medo dele, e usa isso contra mim.

— Eu não estou te perguntando ou algo do género, apenas estou avisando.

— Mas eu não quero ir, Greco. Você não pode simplesmente decidir por mim.

— Claro que eu posso. Você é minha, entendeu? Minha, e eu te levo até onde eu quiser.

—  Você é um tóxico dos infernos._ tento levantar mas ele me puxa me fazendo sentar no colo dele de costas.

— Você me deixa louco._ ele diz e puxa meu cabelo para trás. —A gente vai para a Itália e vai se divertir.

— Eu já falei que não vou.

— Porquê?

Ele me solta e eu me levanto.

— Se for àquele moleque a razão de tudo isso, não me importaria de o mandar para os braços da mãe dele.

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