Capítulo 8

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Noah

- Por que trouxe a Maia aqui? E qual é a sua intenção com isso?

- Só a trouxe porque estava deprimida e também, eu pagava por isso. Descontava toda raiva em mim e eu não aguentava mais.

Ele olha para mim desconfiado.

- Eu não confio em você.

- Tens esse direito. Mas admito que em parte fiz isso porque espero ganhar a confiança dela.

- Para quê?

- Uma vez que vamos trabalhar juntos, é bom estarmos num ambiente saudável.

- Quer dizer que trouxe a Maia até aqui, porque viu que estava triste?

- Basicamente. Quanto tempo trabalhou pra ela?

- Uns 5 anos. Como foi que você descobriu onde eu estava? _ ele pergunta me olhando.

- Tenho minhas fontes.

- Que fontes são essas?

- Tão interessado porquê?

- Porque eu não confio em você.

- É segredo.

- Apenas faça o seu trabalho e cuida bem dela, incluindo do próprio marido.

- Porquê?

- Porque sim.

- Está bem. Tenho que levá-la em casa, já se faz tarde.


Fomos para dentro de casa e senti-me estranho assim que ouvi a risada dela.
Segui o Andrew e fomos parar na cozinha.

Ela estava sentada de uma forma confortável que eu achei super sexy. Seu quadril estava para trás e seu tronco apoiado no balcão.

Imaginei passar minhas mãos naquela cintura.

- Já viraram as melhores amigas? __ Andrew diz pegando um cupcake. - Quer?

- Não, obrigado. Sou alérgico a amendoins.

Maia olha para mim.

- Toma esse, é de chocolate. __ Tyla, acho que é o nome dela, diz me dando um.

- Obrigado, mas estou bem.

- Não precisa ficar tímido. __ Maia fala num tom de provocação.

- Eu não estou... __ desisto de dar explicações. O olhar dela de zoação era irritante.

- Estás em casa, relaxa. Prove, e diga o que acha. É para eu vender.

Derrotado recebo e dou uma mordida.

- Está incrível. Senhorita, temos que ir.

- Já?

- Já. Espero no carro, foi bom conhecê-los e obrigado pelo cupcake.

- De nada.

Saio daí e assim que abro a porta cruzo-me com a irmã dela.

- Olá. __ ela diz sorrindo.

- Ei... Estou de saída.

- Tão cedo?

- É.

- Fico com o teu número?

- Claro.

Assim que comecei a procurar o cartão, Maia e Andrew aparecem.

- Eu apanho... Cartões fixe, iguais dos policiais.

Rio sem graça.

- Já recebeu muitos cartões, não é? __ Andrew diz e ela mostra o dedo do meio para ele.

- Depois ligo.

- Ótimo.

Esperei a Maia despedir-se mais uma vez do Andrew e fomos.

Conduzi em silêncio, cada um estava perdido em seus próprios pensamentos.

De vez enquanto, eu olhava para ela, não admire que o Greco seja doido por ela, ela é realmente uma mulher muito linda, parece uma modelo, uma modelo com um bundão da porra.

- Olhe para a estrada, se quer morrer me deixe sair primeiro. _ ela fala e eu dou um sorriso.

- Eu sei que vai ter saudades se eu morrer.

- Você é iludido...

- Não sentiria?

- Claro que não... Não fará diferença mesmo, pelo menos não pra mim.

- Não precisa ser tão má.

Ela não comenta. Fomos novamente em silêncio, seus dedos batiam na sua coxa ao ritmo da música que tocava baixo.

Dei uma olhada rápida em todo seu corpo e sorrio.

- Vai me chantagear? __ ela diz do nada.

- Como assim?

- Bom, agora tem algo para usar contra mim.

- Não, não vou fazer isso. Fiz isso porque admito que queria conquistá-la.

Ela ri.

- Obrigada por ter feito isso.

- Agora vai parar de ser um grande cabra?

- Vou pensar.

- Um passo de cada vez.

- Posso dar dois passos. Fiquei aborrecida porque achei que estivesse morto, sei lá, é algo que não entenderia.

- Não mesmo, mas ainda bem que pude ajudá-la.

- Sim.

- Isso quer dizer que estamos bem?

- Isso quer dizer que eu sou a patroa e você o meu empregado, vamos manter-nos nos nossos devidos lugares.

- Tudo bem, eu posso fazer.

- Ótimo.

Ela volta a apoiar sua cabeça no banco e ficou a olhar para tudo.

Só espero que o marido dela nunca venha a descobrir isso, ele mata-me na primeira oportunidade.

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