Capítulo 14

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Noah

— Pela tua cara imagino que não seja boa coisa._ digo ao meu chefe entra.

Pedi folga ao Greco, e sem fazer muitas perguntas ele me concedeu.

Espero que não tenha sido uma armadilha, se mandou seus homens me inspeccionarem, então estou fodido.

- É horrível.

—Dei-te os ficheiros, o que se passou?

Ontem, depois da Maia ter me deixado no quarto, vasculhei até encontrar a chave do escritório do Greco.

Fui o mais cauteloso o possível para não deixar vestígios da minha presença lá.

—Hoje pela manhã, a Mel chamou-me no laboratório porque encontrou 3 homens lá, tinham uma mensagem. Uma carta. " Cansado de fazer o seu trabalho, Sargento Raphael", Greco os matou. Porra!

— Como e quando?

— Não sei.

— Pensei que eles estivessem sob a custódia da Polícia. _indignado levanto.

—Estavam, não sei o que correu mal, os nossos homens estavam lá, porra estou cansado desse homem.

—Foi ele quem os matou?_ pergunta estúpida que fiz.

— Ouça, é novo aqui..._ e lá vamos nos. — Nunca, em hipótese nenhuma, duvide do que o Greco De Luca é capaz, nunca.

— Está bem...

— Estávamos prestes a fazer um acordo, eles iam nos dizer para quem trabalham e Procurador reduziria a pena deles.

—Quem quer seja o chefe deles, ficou aliviado por eles terem morrido. E se o Greco não os matasse, o chefe deles iria...

— Serão aliados?

— Pouco provável... descobriram alguma coisa?

— Não. É um homem muito esperto, tem os melhores assassinos a trabalharem para ele, ele não mexeu nem um dedo.

— Isso tá demorando uma eternidade.

- Seja bem vindo à minha unidade. _diz sentando. — Estou farto de até agora não ter conseguido nada contra ele. Não tem como ligar o Greco nesses homicídios, provavelmente os ficheiros nem existem mais, então a fotografia será inútil. _ele desabafa.

— Estou a dar o meu melhor para ajudá-lo nisso.

— Sim, e espero que faças bem o teu trabalho. Não quero distrações.

Maia.

— Claro.

— E àquela garota da boate? Ela pode falar alguma coisa.

- A Bruna? Ela morre de medo do Greco.

- Encontra-te com ela, e convença-a a alinhar nisso.

— E se não alinhar?

— Convença-a.

— Está bem. Já estou demorando muito aqui, não quero levantar suspeitas. Qualquer coisa dou um sinal.

—Até mais.

Ele sai e dou um longo suspiro. Não esperava que isso fosse acontecer.

Pelo que entendi, sua relação com o da mulher é igual à da Peste Negra com a Europa, então porquê o Greco os matou?

Fez por ela?

E como provar que ele está envolvido nisso? Não há provas contra ele e por isso não será detido, embora tenha motivos, mas sem provas, é inútil.

— O que esque... Mãe?O que faz aqui? Eu disse para não vir aqui esses dias.

—Agora sou proibida de visitar o meu próprio filho? _leva as mãos à cintura

— Eu disse-te que não podemos estar juntos sempre, não é seguro.

—Não te vejo há duas semanas!

—Ainda cedo a gente falou.

—Não é a mesma coisa, estava com saudades do meu bebé._ aperta minhas bochechas.

—Mãe, eu já sou adulto. _faço careta.

— Mesmo quando tiver mil anos, será o meu bebé.

— Não pode vir aqui sempre, está bem?

—Então vou embora e comigo levo a lasanha que fiz para você.

—Fique. _abraço ela. — Melhor mãe do mundo. _beijo o seu rosto.

-— Interesseiro. Como você está?

— Estou bem e a senhora?

—Também. Aproveite comer enquanto está quentinha. Tenho uma novidade para você.

— E boa ou má?_ quase babo ao olhar para lasanha.

— É boa...

— O que é?

— Promete que não vai fazer cara feia.

— O que foi? Apenas diga.

—Estou namorando._faço cara feia. —Nada de cara feia, nada de cara feia.

—Com quem?

— Você não conhece.

— Quando começou a namorar?

— Há cinco meses.

— É muito tempo...

— Não contei porque ainda não tinha a certeza se resultaria e bom, acho que temos futuro.

— Qual é o seu nome?

— Chama-se Ben Wheeler, é psicólogo.

— Era mesmo disso que estava a precisar, de um psicólogo.

—Nolan...

Largo o garfo e olho para ela, não consigo lhe imaginar com outra pessoa para além do meu pai.

Luke Holland.

— Lamento se ainda não tenha superado a morte do seu pai, mas eu não posso viver de luto para sempre.

— Tens razão.

- Nolan... O Ben é uma ótima pessoa e faz-me feliz.

— E então o pai?

—  O teu pai está morto, e não há nada que eu possa fazer a menos seguir com vida.

— Quando é vou conhecer ele?

— Quando você estiver preparado para isso.

— Estou pronto para encarar ele.

— Tem a certeza?

— Tenho.

— Eu depois digo.

— Está bem.

Por telemóvel quando disse que tinha algo para me contar não pensei que fosse isso.

Ainda não consigo superar a morte do meu pai.

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