Capítulo 26

251 39 31
                                        


Noah

Estávamos indo para casa...

Pelo retrovisor, olhei para Maia que estava apoiada no vidro a olhar para fora.

Ainda não tivemos uma conversa séria sobre o que aconteceu. Tudo que sei me foi contado pela Mila e pelo Sargento.

Mas eu queria ouvir dela.

Talvez a mim diga a verdade do que realmente aconteceu e para de proteger o marido.

— Como está?_digo. — Maia..._os seus olhos verdes que outrora transmitiam esperança, agora estavam ocos e sombrios. — O que aconteceu?

— Não quero falar sobre o que houve_  desviou o olhar.

— Você ia morrendo...

— Todo mundo vai morrer.

— Me deixou preocupado... Se eu tivesse perdido você não teria me perdoado nunca.

Ela não comentou.

— Por que disparou contra o Greco? Ele tentou fazer alguma coisa contra você? Diga alguma coisa, o teu silêncio está a dar cabo de mim. Eu quero te ajudar.

— Você não pode me ajudar.

— Posso, foi por causa dele?_ela não responde. — Por amor de Deus, você ia morrendo. Que merda aconteceu?

— Não grite comigo, por favor..._ela cobre o seu rosto como se fosse uma criança, uma criança com traumas.

— Eu não gritei, amor...

— Você gritou...

— Eu não... Está bem, desculpe. Por favor, o que aconteceu?

— Podes me deixar no parque?_ela aponta.

— Está bem.

— Sozinha...

— Não posso deixar você sozinha.

Estaciono o carro e ela desceu. Desço também e vou atrás dela.

Pela hora, o parque estava vazio, apenas alguns pombos no jardim. Ela sentou-se de frente ao lago e eu ao seu lado.

Ela olhava perdidamente para uma família de patinhos que estava no lago.

— Quando era criança, fui passar o final de semana com meus avós, Michael e Susie. Lá tinha todo tipo de bicho, incluindo galinhas... Fui pegar um pinto, a mãe dela me deu corrida.

Ela sorri.

— ... Corri tanto mas no final não adiantou de nada.

— Porquê não largou o pinto?

— Não havia pensado nisso... Adiante, a Mamã Galinha me pegou, eu larguei o filhinho dela, mas aí ela começou a bater em mim.

— A galinha bateu em você?

— Sério, olhe..._ inclino minha cabeça para ela ver a pequena cicatriz no meu pescoço. — Foram as garras daquele bicho nojento que me fez isso.

INFILTRADO ( Em Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora