Capítulo 15

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Maia

Perguntava-me se tinha algum motivo que lhe fazia vestir apenas terno preto...

Poderia usar uma roupa descontraída.

Não que o terno não lhe ficasse bem, pelo contrário, eu amava ver-lhe vestido à rigor.

O observava a partir da varanda do quarto, ontem não o vi porque o Greco o deu um dia de folga.

Depois do ocorrido, não sei como reagir diante dele.

Tenho fingido demência toda vez que nos cruzamos.

Bem que poderia ir com o papo furado de que não podemos fazer aquilo de novo...

Vou deixar que ele comece.

Como se alguém lhe tivesse dito que é ele quem ocupa meus pensamentos, olho para cima e nossos olhares se cruzam.

Meus pés ficam moles, me agarro nas barras.


Mais uma vez queria sentir o gosto dos seus lábios, sentir o toque dele na minha pele, queria senti-lo dentro de mim.

_Amorino?_ Greco chama por mim.

— O que foi?_ me apoio na cómoda e fico arrepiada só de lembrar.

Céus...


— Hoje vamos jantar com alguém muito especial para mim.

— Quem?

— Gavin Pascal, ele é um amigo. Vamos tratar uns negócios.

— Por que não vão vocês os dois? Se é sobre negócios, de certeza que não vão precisar de mim.

— Claro que sim.

— Para que? Para me mostrar como se eu fosse um troféu?

— Não seja chata, ainda é muito cedo para me irritares.

—  Fiz uma simples questão.

— Apenas faça o que eu disse. O jantar será às 20h.

— Eu não vou._ minhas palavras saem trémulas.

- O que disse?

- Eu disse que não vou._ gaguejo.

Eu tenho medo dele. Greco quando quer, é um homem muito cruel.

— ... Eu sei que você fez alguma coisa naqueles homens._ mudo de assunto.


— Não fiz nada. Mas quem fez, fez um grande favor.

— Para quem? Você tem que parar com isso, você não é a Lei...

— Não acredita no seu marido?

— Não, porque nunca é honesto comigo e nunca me mantém a par de nada.

INFILTRADO ( Em Revisão )Onde histórias criam vida. Descubra agora