Maia
Perguntava-me se tinha algum motivo que lhe fazia vestir apenas terno preto...
Poderia usar uma roupa descontraída.
Não que o terno não lhe ficasse bem, pelo contrário, eu amava ver-lhe vestido à rigor.
O observava a partir da varanda do quarto, ontem não o vi porque o Greco o deu um dia de folga.
Depois do ocorrido, não sei como reagir diante dele.
Tenho fingido demência toda vez que nos cruzamos.
Bem que poderia ir com o papo furado de que não podemos fazer aquilo de novo...
Vou deixar que ele comece.
Como se alguém lhe tivesse dito que é ele quem ocupa meus pensamentos, olho para cima e nossos olhares se cruzam.
Meus pés ficam moles, me agarro nas barras.
Mais uma vez queria sentir o gosto dos seus lábios, sentir o toque dele na minha pele, queria senti-lo dentro de mim.
_Amorino?_ Greco chama por mim.
— O que foi?_ me apoio na cómoda e fico arrepiada só de lembrar.
Céus...
— Hoje vamos jantar com alguém muito especial para mim.
— Quem?
— Gavin Pascal, ele é um amigo. Vamos tratar uns negócios.
— Por que não vão vocês os dois? Se é sobre negócios, de certeza que não vão precisar de mim.
— Claro que sim.
— Para que? Para me mostrar como se eu fosse um troféu?
— Não seja chata, ainda é muito cedo para me irritares.
— Fiz uma simples questão.
— Apenas faça o que eu disse. O jantar será às 20h.
— Eu não vou._ minhas palavras saem trémulas.
- O que disse?
- Eu disse que não vou._ gaguejo.
Eu tenho medo dele. Greco quando quer, é um homem muito cruel.
— ... Eu sei que você fez alguma coisa naqueles homens._ mudo de assunto.
— Não fiz nada. Mas quem fez, fez um grande favor.
— Para quem? Você tem que parar com isso, você não é a Lei...
— Não acredita no seu marido?
— Não, porque nunca é honesto comigo e nunca me mantém a par de nada.

VOCÊ ESTÁ LENDO
INFILTRADO ( Em Revisão )
RomanceNolan é um policial determinado a desmascarar um poderoso empresário, mas para isso precisa se infiltrar como guarda-costas da esposa dele, Maia - uma mulher misteriosa e cheia de segredos. Conforme a missão avança, a linha entre o dever e o sentime...