Capítulo 7

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- Any Gabrielly -

Acordo alguns minutos antes do despertador tocar, o desligo, antes que toque e vou tomar banho para ir a escola.

- bom dia - falo descendo as escadas vendo Josh e Noah conversando.

- bom dia, maninha - Noah dá um beijo em minha testa.

- bom dia, finalmente sexta-feira - ele diz animado e sorrio.

Tomo café rapidamente e saímos, Noah me deixaria na escola e iria trabalhar. Ele conseguiu uma vaga como professor de dança na mesma academia que Josh trabalha.

- animado para rever a Sina? - Josh pergunta assim que entramos no carro.

- claro, estou morrendo de saudades dela - ele sorri e sinto um leve desconforto, mas não posso dizer nada.

Tá na cara que Noah ainda gosta da Sina, que por algum acaso é minha amiga. Eles já tiveram um namorico antes dele ir embora, mas pelo que Noah diz eles não perderam o contato e continuam amigos. Chegamos na escola, me despeço e vejo o carro fazer a curva para entrar em outra rua.

Entro na escola perdida nos meus pensamentos e encontro Bailey.

- eae - falo, assim chego em meu armário.

- oi - Bailey sério.

- ih, o que foi? - pergunto estranhando seu semblante.

- chegou um novo aluno, no caso um amigo da Saby, o Alex - Bailey fala.

- e você tá desconfortável com isso? - indago.

- claro, eles já ficaram Any! - ele fala indignado.

- Bailey, eles tinham 10 anos quando isso aconteceu e só foi um beijinho idiota - falo segurando a risada.

- não interessa, pra mim é ficar. E se ela me largar? - Bailey fala apreensivo, ele sempre deu uma de auto suficiente e desapegado, mas é apaixonado na Sabina, desde criança.

- calma, Bay. Acho que você deveria expor seus sentimentos, nunca vai saber se o que você sente é recíproco se não falar. Vocês são amigos a um tempão, tem intimidade para conversarem sobre isso - falo e ele abre um sorriso.

- é você tem razão - ele diz e vemos Saby e Alex chegando.

Nos apresentamos a Alex, além de ser bonito é extremamente educado e divertido, em pouco tempo conversávamos como se nos conhecemos a anos. Logo fomos para a aula de educação física.

Saby e eu nos sentamos na arquibancada vendo os meninos jogar. Enquanto esperávamos nossa vez.

- o que você tem? - ela me pergunta e a olho.

- Noah tá de volta - falo e ela entende.

- código vermelho, resumindo fudeu - ela diz afobada - como vai lidar com isso, se você ainda gosta dele - ela como se eu não soubesse.

- eu sei, não precisa lembrar - falo aflita.

- e o que vai fazer? - ela me pergunta.

- ignorar o sentimento até ele sumir - sorrio como se fosse simples.

- você sabe que vai dar merda, não pode simplesmente fugir de algo que está em você, caralho - exclama. Ela está certa mais não vou admitir.

- posso e vou. Essa porra de sentimento vai ter que sumir - falo por fim.

- já imaginou ele gostar de você também? Seria muito legal - Saby fala eufórica. As vezes ela viaja.

- larga de loucura, mesmo que gostasse seria incesto - falo cabisbaixa.

- se quer esquecer o Noah, conheça outra pessoa - Saby fala e apenas ouço analisando a possibilidade.

As aulas acabaram bem rápido, coloco meus fones, e fui para casa caminhando, o sol queimava minha pele, está muito calor do inferno.

(......)

- Noah Urrea -

Já era umas 19:30, saí do trabalho e aproveitei para deixar Sina em sua casa.

- me busque as 21:00 - Sina diz saindo do carro e assinto.

Entro em casa e está tudo escuro. Subo correndo para o quarto, necessitando de um banho, tiro a camisa e entro no banheiro afobado.

Abro a porta e paraliso dando de  cara com Any que usava apenas um conjunto de lingerie transparente vermelho, ela se esticava para pegar alguma coisa no armário que era meio alto pra ela.

- eu... bem, d-desculpa - digo sem graça e me viro para sair.

- Urrea, espera. Preciso de ajuda, pra pegar meu creme - ela fala e assinto.

Me posiciono atrás dela, e estico o braço procurando o creme com as mãos. Meu corpo estava bem próximo ao seu, a analiso rapidamente e mordo o lábio inferior.

Até porque, Any não era mais aquela garotinha, ela cresceu mesmo que ainda seja inocente em certos assuntos. Ela se tornou um mulherão da porra. E que mulher...

- consegui - falo entregando creme, a olhando uma última vez, saio do banheiro e sento em sua cama.

Santo anjo do Senhor me ajuda, porque assim não dá!
Por que eu? Ter a Any como irmã é um grande castigo, olha-la com malícia é tão errado. Eu vou ir pro inferno.

Saio de meus pensamentos e começo a procurar uma roupa, Sina me chamou para sair, mas não sei o que usar. Minutos depois vejo Any saindo do banheiro com um conjunto de dormir de cetim, que além de curto marcava seu corpo, que era uma verdadeira perdição.

- vai sair? - ela se joga na cama deitando de barriga para baixo.

- vou, Sina me chamou - respondo olhando minhas roupas.

- hm, legal - ela responde com uma expressão séria.

- e você? - pergunto.

- vou ficar em casa mesmo. Onde vocês vão? - ela indaga.

- uma balada - falo pegando minha roupa e indo ao banheiro.

Tomo banho, me arrumo. Saio do banheiro e vejo que Any não estava mais no quarto, desço e a encontro na cozinha.

- eae, como estou? - dou uma voltinha.

- meia sola - ela diz indiferente.

- me respeita, mocinha. Eu sou um gostoso - bato em minha própria bunda e ela revira os olhos rindo.

- eu já tô indo, dormirei fora hoje - falo ela dá de ombros.

- não faça nada que eu não faria, Urrea - ela disse e ri saindo.

Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora