- Noah Urrea -
Acordei cedo, olhei Any dormindo tranquila. Sorri e deixei um beijo em sua testa.
Levantei, tomei banho e me arrumei para ir no hospital ver minha mãe.
- bom dia, vim visitar Priscila Soares - falo com a recepcionista.
- pode ir ao quarto 345 - ela fala e me direciono.
- olá querido - tia Ursula fala ao me ver entrar.
- oi tia, obrigada por ficar com ela - agradeço e ela sai.
Me sento mando uma mensagem pra Any avisando onde estou e vejo minha mãe acordando.
- Noah? - ela pergunta atordoada.
- oi mãe - sorrio me aproximando.
- tá melhor? - pego sua mão.
- sim, só quero ir embora - ela fala afobada.
- vou chamar o médico - me levanto e saio.
Procurei médico até que o achei.
- bom, Noah é o que eu disse, redobrar o cuidado. Comprar esses remédios e começar o tratamento da diabete - ele me entrega a receita.
- pode levá-la para casa - ele diz e saí.
Fomos para casa, assim que entramos demos de cara com Any e Saby na sala.
- oi tia Pri - Saby se levanta e a abraça.
- oi linda - minha mãe sorri.
- oi filha, o que aconteceu com seu tornozelo? - ela indaga.
- tive um pequeno acidente no trabalho - Any explica.
- está melhor? - ela indaga.
- sim filha, só preciso de um banho - ela sobe as escadas.
Assim que minha mãe saiu senti o olhar de Saby sobre mim e a olhei.
- dormiu bem, Urrea? - ela me lança um sorriso malicioso.
- sim - engulo seco.
- depois do chá que tomou imagino que dormiu como um bebê - ela sorri de lado.
Essa garota não vale nada.
- é.... Acho que vou preparar o almoço - falo fugindo do assunto.
Olho para Any que ria olhando para o celular.
- Segunda-feira -
Posso dizer que o final de semana foi bom, porém me sinto aquelas garotas que transa com um babaca popular da escola, e depois fica com cara de tacho.
E o babaca da história é a Any.
Mas, provavelmente ela tá se sentindo errada pelo que aconteceu, e quer fingi que não houve nada, não posso julgar ela.
Nós conversamos, e ela age normalmente. E isso me irrita.- eae Noé - Sina me cumprimenta assim que chego na escola.
Meus olhos corriam pela local, procurando por Any até que encontro ela conversando com Alex e Bailey. Ela já consegue se movimentar sozinha com o auxílio de moletas.
- você precisa perder a porra da mania de encarar as pessoas - Josh sussura.
- real - Sina concorda.
- Noah, ainda bem que te encontrei. Poderia tomar conta de uma turma que entrará na aula de química? A professora vai chegar atrasada - o diretor diz.
- posso sim - falo simples.
- ok, essa é a matéria. Você só irá escrever no quadro e olha-los - ele me passa mais algumas informações e ouvimos o sinal tocar.
Logo os corredores estavam vazios, me despedi de meus amigos e fui até a sala do terceiro ano.
- professor Noah? - uma aluna me olha sem entender e todos direcionam o olhar para mim.
- oi pessoal, vou ficar com vocês por enquanto. Suelen ainda não chegou, então vou passar a matéria dela para vocês não se atrasarem - explico e fecho a porta.
(....)
Era 18:00, Any estava cortando alguns legumes, para me ajudar com o jantar.
- tá tudo bem? - indago.
- sim, porque não estaria?- ela fala simples.
- é que...... Ah nada, é besteira - desisto de falar.
Eu queria tanto falar sobre o que rolou, expor o que eu sinto mas não quero parecer emocionado.
Um silêncio caí sobre nós, ouço a campainha tocar, e minha mãe vai abrir.
- quem é mãe? - Any indaga e ela continua em silêncio.
- eu - ele chega até a cozinha e nossa mãe logo atrás.
- o que você faz aqui? Filhote de curupira - Any fala fincando a faca na tábua de madeira.
- você devia ter mais modos, garota. Eu vim conversar. De forma civilizada - André fala.
- você não sabe o que é isso. Ou já esqueceu que nos expulsou da sua empresa? - Any rebate e minha mãe arregala os olhos.
- vocês foram lá? - minha mãe pergunta.
- infelizmente - murmuro.
- podemos conversar? - André me olha e assinto.
- a sós - ele pede.
- quero que elas ouçam também - cruzo os braços.
- ok - ele respira fundo - eu quero uma chance - ele pede.
- eu sei que não fui um bom pai, mas quero me retratar - ele fala.
- é cada coisa que chega a ser piada. O cara vem do inferno, pedindo um chance como se estivesse pedindo uma simples xícara de açúcar. Você disse que não éramos nada pra a você - Any fala chateada.
- eu não estou falando com você, bastarda. Tô falando com meu único filho, o Noah - aquelas palavras pegaram a todos de surpresa.
Os meus olhos se arregalaram e minha boca ressecou. Olha para Any e a mesma não tinha nenhuma reação.
Engoli em seco, minha mãe estava de cabeça baixa, com a mão na testa.
- hum? - ela parece ter saído de um transe.
- sua magnífica mãezinha não disse que, você não é minha filha? - ele fala. E se fosse possível meu queixo estaria no chão.
- Any, eu posso explicar - minha mãe diz com a voz trêmula.
- então, ele não é meu pai? - Any indaga e minha mãe abaixa a cabeça.
- fico encantada com a notícia - ela fala sem expressão, soltando uma risada sem humor.
- acho que você tem muita coisa para contar a eles, Priscila. Não é legal mentir sobre as origens de seus "filhos" - ele faz aspas com os dedos.
- alguém pode nos explicar o que está acontecendo? - pergunto nervoso.
- no caso, te explicar. Porque eu não quero saber de nada - Any pega as moletas e saí.
- filha, por favor me ouve. Eu tenho motivos - minha mãe grita e Any para na escada.
- todo mundo tem motivos pra mentir. E eu tô cansada disso, de nunca saber de nada e de sempre ter que entender o lado dos outros e nunca entenderem o meu, me deixa - ela continua subindo.
- tá vendo o que você fez? Isso é tudo culpa sua - reclama com o homem a sua frente.
- mãe, calma - a seguro.
- mãe? - ele ri sarcástico - Priscila, eu sabia que você era mentirosa, mas não a esse ponto - ele nega com a cabeça e a olho confuso.
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Querida irmã|| Noany
FanfictionNoany|| onde Any e Noah são apaixonados secretamente um pelo outro desde que eram crianças. - eu prometo sempre estar com você, e te proteger. Sempre cuidarei de você, cachinhos - Noah levanta a mão direita, faço a mesma coisa, as entrelaçando, em s...