Capítulo 44

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- Sina Deinert -

- Sina Maria Deinert! - Yoon me chamou sem paciência.

- ela não tá em casa - respondi  fazendo bico cruzando os braços.

- Maria - chamou outra vez.

- para de me chamar assim! - reclamei.

- esse é seu nome, cara - falou o óbvio.

- não, meu nome é amor - rebati.

- e eu que deveria estar chateada, não você - falei e Yoon revirou os olhos.

- ele é meu primo, como quer ir na casa da minha família, e não vê-lo? É impossível - falou.

- ele fica dando em cima de você, e ficou a tarde toda grudado em você. Será que não percebeu que você gosta de buceta? - falei chateada saindo do elevador atraindo olhares de algumas pessoas.

- Sina! - fez sinal e vi que algumas pessoas nos olhavam.

- ah tomar no cu -  resmunguei e entramos em nosso apartamento.

- você me deixou sozinha e foi discutir com minha irmã, sobre quem iria no pula pula primeiro. Aí ele foi me fazer companheiro - disse segurando a vontade de rir.

- ela queria furar fila! Aí é foda - falei indignada.

Sim, eu tive uma crise de ciúmes no almoço de família, na casa dos meus sogros. Mas, a culpa não foi minha.

- caralho, não dá pra discutir com você - riu fazendo um coque no cabelo.

- porque eu sou um neném - sorri abertamente.

- neném não faz as coisas que você faz - falou simples e sorri de lado a abraçando.

- ainda tá brava, minha Smurfette? - indaguei passando a pelo seu rosto.

Yoon ainda se mantinha de braços cruzados, tudo porque mandei o primo dela ir tomar no cu, na frente de todo mundo, mas a culpa é dele. Fica dando em cima da minha namorada.

- você é muito fofa - abracei ela com força.

- estou brava, e não estou fofa agora - rebateu, fazendo cara feia, e falhou miseravelmente.

Passei minhas mãos pela sua cintura e colei nossas bocas, iniciando um beijo apaixonado, que aos poucos foi aumentando o ritmo. Ficando mais quente e necessitado, sua mão segurou minha nuca aprofundando o beijo, segurei sua bunda dando impulso, e a mesma subiu em meu colo e me sentei sobre o sofá.

Assim que o ar faltou, fui descendo os beijos pelo seu maxilar e pescoço.

- eu te amo, é só pensar na possibilidade de te perder. Já me enlouquece - falei colando nossas testas.

- eu também te amo, mesmo você sendo toda estourada - sorriu distribuindo selinhos pelos meu rosto.

Olhei dentro dos olhos da mulher a minha frente, e sorri abertamente apreciando. Heyoon era a paz para minhas guerras internas. Desde todo o incidente com a Saby e a Elly não estávamos tão próximas.

- obrigada por existir - disse a pequena mulher.

- eu que agradeço. Mas, a pergunta é quando vai me pedir em casamento? - brinquei e ela arqueou a sobrancelha e se levantou do meu colo.

- Sina, Sininho, Sinoca. Você é a luz que ilumina meu dia. Razão dos meus pensamentos impuros, quer casar comigo? - ajoelhou.

Ela tá brincando?

- sério? - indaguei incrédula.

- claro Sina. Responde logo, a porra do meu joelho tá doendo - reclamou.

- aceito né, caralho. Vem cá minha noiva - a puxei selando nossos lábios.

- Noah Urrea -

Sentei na poltrona de frente para maca de Any, comecei a apagar algumas fotos de minha galeria. Até que, encontrei algumas de quando éramos pequenos e sorri com as lembranças.

- eu sinto tanto sua falta, não vejo a hora de sair daqui com você, de voltarmos a viver nossa vida - murmurei, entrelaçando minha mão com a de Any.

Eu havia conversado com o médico que está cuidado de Any. Ele disse que ela tem grandes probabilidades de acordar rapidamente.

- baby, i'm never gonna give you up
Never gonna let you down
Even when it gets you doubts - cantarolei um trecho de good intentions e sorri sozinho acariciando seu rosto sereno e calmo.

Minhas mãos ainda entrelaçadas com as suas, eu poderia ficar a observando e falando quanto a amava, por horas. Mesmo que ela não pudesse me ouvir.

Fechei os olhos, por um poucos segundo e senti um aperto em minha mão.

- Elly? - quase gritei e senti sua pequena mão apertar a minha de leve.

Meu coração estava prestes a saltar pela boca, euforia corria pelas minha veias.

- Noah? - sua voz saiu baixa, e ela ainda estava de olhos fechados. Eu simplesmente travei.

PUTA QUE PARIU. PUTA QUE PARIU.

Aos poucos ela abriu os olhos, piscando os olhos algumas vezes até se acostumar com a claridade.

Meus olhos estavam tomados por lágrimas após dois meses ela estava finalmente acordada.

- oi cachinhos - sorri como um idiota e a abracei apertado, num ato desesperado.

- Noah, eu tô com dor - disse com a voz falhada.

- oh céus, perdão - falei nervoso, e ela soltou uma risadinha baixa.

- caralho, você tá aqui. Acordada! - falei em êxtase.

- é, eu estou - sorriu meiga.

Corri pelos corredores e encontrei o médico, o arrastei basicamente, até o quarto de Any.

- como se sente, Senhorita Soares? - indagou o doutor.

- dolorida, parece que um trator passou por cima de mim umas dez vezes. E morrendo de fome - brincou.

- não é pra menos, a senhora tomou um tiro no braço e sobreviveu a um incêndio. Além de tudo ficou dois meses no coma - falou o médico.

- e ainda estou viva? Uau... Mas, achei que quando a pessoa ficava em coma demorava cerca de um ano pra acordar - falou surpresa.

- depende, uma pessoa pode ficar em coma por menos de um mês, ou mais de anos - explicou.

Any tomou alguns remédios para as dores no corpo e jantava na companhia de sua mãe. O médico explicou que, Any poderia ter dificuldades para se locomover, ou se comunicar.

Parei no batente da porta, observando a mulher da minha vida, conversando com sua mãe. E abri um sorriso aliviado.

- Nota da autora: momento feliz de Noany e Siyoon. Porque são tudo pra mim❤️🥰

Advinhem que vai voltar pra faculdade ano que vem?
Eu tinha cancelado minha matrícula, por não me achar capaz, mas refiz o vestibular e passei.
Agora a mãe é universitária, TCHARAMMM🥳












Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora