Capítulo 11

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- Domingo de manhã -

- Any Gabrielly -

Acordo, percebo que estou abraçada a Noah, viro o rosto e vejo que são 08:00, e as lembranças do dia anterior invadem minha mente.

Sorrio com a lembrando do  beijo de Noah, as borboletas dançavam em meu estômago e eu me senti feliz. A forma que cuidou de mim, mas, preciso me afastar dele. E rápido.

Tento me levantar e sinto Noah me puxando e confortando em seus braços, novamente.

- ei, já são 08:00 - falo baixinho.

- ainda tá cedo - ele fala com os olhos fechados.

- vamos levantar - falo e ele se senta na cama esfregando os olhos.

Sua carinha de sono é a coisa mais fofa do mundo.

- tá melhor? - se espreguiça.

- aham, foi só um pesadelo mesmo - falo me levantando.

- ok - ele fala, saio do quarto e entro no meu.

- oh caralho, o que você quer? - falo ao ver Carlos sentado em minha cama. E o desespero me toma novamente.

- que isso docinho? Isso é jeito de falar comigo? - ele sorri se aproximando e paraliso.

- o que eu quero é simples. Você vai se afastar do Noah, tá me entendendo? Não quero você dormindo com ele, nem perto dele, nem de ninguém. Você é minha - aperta meus braços falando de maneira obsessiva e sai do quarto.

Que inferno, eu odeio ele. Odeio minha vida, me odeio.
Nenhuma dor física se compara a dor que sinto por dentro.

Tomo banho me esfregando com raiva, sentia nojo e repulsa de mim. Coloco uma calça de moletom, uma camisa larga, e desço.

- bom dia, filha - minha mãe vem e me abraça. Me senti tão acolhida em seu abraço nos poucos segundos que estive ali.

- bom dia, mãe - beijo sua testa e me sento a mesa para tomar café com todos.

- como foi seu encontro ontem? - minha mãe pergunta sorrindo. E Carlos me encarou sério.

- foi legal, me divertir muito - forcei um sorriso.

O dia foi totalmente arrastado. Tive que fingir estar bem e sorrir sempre. Toda vez que ficava seria demais, Carlos me encarava, seu olhar me causa calafrio e medo exacerbado.

Por um lado tô mega aliviada, porque Carlos e minha mãe trabalham fora, e não precisarei vê-lo ao logo da semana. Por outro não consigo me desvencilhar dos meus próprios pensamentos.

Agora são 19:30, subo para meu quarto, tomo meu banho, coloco uma calça, um cropped com manga comprida, faço uma maquiagem bem leve, pego minha bolsa e desço.

- vai sair de novo? - Noah pergunta.

- sim - forço um sorriso.

Eu não sei para onde vou ao certo, quero ir para qualquer lugar, onde posso beber até cair.

A verdade é, eu nunca bebi na vida, e não curto ir a festas, mas a minha vida tá uma merda. E preciso esquecer.

- boa noite, para onde a senhorita deseja ir? - o motorista indaga.

- a qualquer casa noturna do centro - falo e ele assente me explicando sobre uma balada, que parece ser muito boa.

Dentro de poucos minutos o carro parou em frente ao lugar, pago o taxista e saio.

Não é tão ruim, mas as luzes me deixam tonta.

- boa noite - uma garota loira, alta com os cabelos longos me cumprimenta com um sorriso.

Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora