Capítulo 9

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- Narradora -

É sábado um dia ensolarado, Noah e Any arrumam a cozinha, a garota se sente tranquila e ao mesmo tempo frustada por perceber que seu irmão não lembrava de nada que ocorrera na noite passada.

- pode deixar, eu atendo - Any diz ao ouvir a campainha tocar e vai até a porta.

- olá, sou o Nathan. Vim cuidar da reformar de um cômodo - o garoto fala. Assim que Any abre a porta.

- ah, olá Nathan. Sou a Any Gabrielly, minha mãe avisou que você viria, me acompanhe - Any da espaço para ele entrar.

- bom, é esse aqui. Se precisar de algo é só chamar, vou estar lá em baixo - sorriu Any gentil.

- ok, Senhorita Any Gabrielly - Nathan fala.

- sem essa por favor, acho que sou mais nova que você. Não precisa ser tão formal - digo rindo.

- ok, Any - ele sorri.

(.......)

- Noah Urrea -

A semana passou correndo, num piscar de olhos o quarto de meu quarto já estava completamente reformado e o que era para ser apenas uma conversa a cerca simples entre Nathan e Any, se tornou um flerte.

Ambos conversavam diariamente, ele ia ao trabalho de Any vê-la, a levava em casa depois do expediente, comprava flores e chocolates. Coisas clichês que a morena sempre viu nos filmes de romance nos quais ela é apaixonada, e sempre quis viver.

- cachinhos, me empresta o seu carreg..... - entro no quarto dela.

- porque você tá igual barata tonta? - indaguei.

- porque hoje vai ser meu primeiro encontro com o Nate - ela explica e reviro os olhos me jogando em sua cama.

- MeU pRiMeIrO eNcOnTrO cOM o nAtE - digo debochando e ela revira os olhos.

- ah, meu ovo em. Porque tá tão nervosa? É só um encontro com um otário qualquer, um cara que não gosto, inclusive - digo como se fosse óbvio.

- não é assim, nós conversamos, não como amigos. Eu gosto dele, é tão fofo, atencioso e.... - ela falava e a interrompo.

- me poupe dessa parte, vamos ao ponto - digo entediado.

Não estava afim de ouvir o quão ela achava o Nathan incrível.

- ele me chamou para um encontro e eu tô nervosa porque eu nunca beijei ninguém - a cacheada se joga na cama ao meu lado e me levanta se acreditar.

- o que? Any, os meninos da sua escola vivem atrás de você. E você sempre dá fora neles toda auto confiante - falo chocado.

- eu leio fanfic Noah - disse óbvia, agora faz sentido.

- dou fora em todos os garotos, porque me sinto segura, não tenho medo de ser ridicularizada - ela tampa o rosto com o travesseiro.

- cachinhos, não sabia que se sentia assim. Olha pra mim - peço e assim ela faz.

- você é perfeita, não precisa ficar assim. O primeiro beijo de todo mundo é uma merda - brinco lembrando do meu primeiro beijo.

- você me ajuda? - pergunta nervosa.

- a-ajuda? - indago nervoso.

- eu não sei beijar, preciso de ajuda - falou tranquila.

- Any, eu não sei se é uma boa idéia - o garoto coça sua nuca.

- Noh, por favorzinho. Preciso me sentir mais confortável e eu confio em voce - Any junta as mãos abaixo do rosto e faz uma carinha fofa.

- isso é golpe baixo - digo. Eu sabia que era uma péssima idéia, tinha certeza que se a beijasse uma vez, desejaria muito mais do que já desejo.

- ok, ok - digo rendido.

- por isso que eu te amo - ela diz animada - então vamos lá, o que preciso fazer? - ela se senta ao meu lado.

- ok, pra você beijar alguém você precisa querer, e tem que ser algo leve - explico e ela me olha atentamente.

- bom, relaxa - digo e ela se levanta do meu colo remexendo os ombros.

- Any, calma - digo rindo ao ver seu nervosismo.

- você não está numa prova. É como dançar, você segue o embalo da música - falei me colocando em sua frente.

- fazer prova seria mais fácil, mas ok - ela respira fundo.

- apenas me acompanhe - falo e ela assente.

Fito seus olhos castanhos, desço minha mão a cintura e a puxo para perto de mim, seus seios fartos colados a meu peitoral, colocando as mãos em meu ombro.

Retiro a atenção de seu olhos e  levo meu polegar a sua boca rosada e a contorno. Coloco um cachinho atrás de sua orelha, encosto nossas testas, suspiro ela trava um pouco, mas relaxa e selo nossos lábios num beijo cheio de sentimentos mistos.

Sinto um arrepio na espinha. Meu coração parece uma escola de samba, ela segura minha nuca aprofundando o beijo e aperto sua cintura. Bate a falta de ar e nos afastamos.

- é.... Como eu fui? - Any pergunta ofegante e me sento em sua cama.

- b-bem - finjo tosse - está pronta, está se sentindo segura? - falo querendo fugir dali.

- mais ou menos - ela fala esfregando as mãos.

- podemos tentar de novo? Não quero passar vergonha - ela diz preocupada sentando ao meu lado e assinto receoso.

Viro de frente para ela acaricio sua coxa e subo até sua cintura, puxo ela e a mesma senta, com uma perna em cada lado. Nossas intimidades se encostam, sinto meu corpo incendiar.

Junto nossas bocas novamente, agora o beijo é mais agressivo, aperto sua cintura, ela parecia já estar mais familiarizada, sua boca acompanhava a minha, peço passagem com a língua e ela cede. Desço minhas mãos a sua bunda, a puxo para se ajeitar em meu colo e ouço um gemido reprimido pelo beijo.

Ela rebola de leve em colo, eu já estava tomado pelo tesão. Então, separo nossas bocas e respiro fundo.

- Noh - Any chama ainda sentada no meu colo.

- hum - falo a olhando fixamente, tentando processar o que aconteceu.

- queria que me ajudasse, com as coisas que ainda não sei. Se é que você me entende - ela diz envergonhada.

- Elly, a mãe..... - ela me interrompe.

- Noah, eu tenho vergonha e sei que você me vê como sua irmã apenas então, não tem problema. Certo? - ela pergunta.

- certo, você é minha irmãzinha - falo e ela senta ao meu lado, parecendo um pouco decepcionada.

Agradeço internamente, por ela ter saído do meu colo, pego um travesseiro e coloco em meu colo para tentar disfarçar o volume em minha bermuda.

- depois disso, vai mudar alguma coisa entre a gente? - Any me olha.

- não, não vai. É.... preciso ir, tchau - respondo e saio do quarto da morena correndo.

- você não queria o carregador? - indagou a morena.

- esquece - gritei.

Claramente as coisas já, tinham mudado. Eu não esqueceria tão cedo, do seu beijo, nem o calor de seu corpo com o meu.

Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora