- Noah Urrea -
Any ainda não tinha se olhado no espelho, a mesma estava com algumas marcas no rosto e pelo corpo e temo sua reação. Ela sempre foi complexada e insegurança com sua aparência.
Voltei para o hospital e assim que entrei no quarto dei de cara com, Any e um enfermeiro,eles riam e conversavam como se fosse super amigos ambos sentados na maca. Assistindo filme de animação.
- oi Noh - disse Any, me olhando rapidamente e voltou a secar os cabelos na toalha.
- oi... E você, quem é? - indaguei olhando para o enfermeiro e deixei as coisas perto da maca.
- Harvey Petito, o novo enfermeiro da Gaby - estendeu a mão para me cumprimentar, mas fingi que não vi.
Gaby... Já tá assim? Cheio de intimidade com a minha Any?
- trouxe algumas coisa pra você, cachinhos - falei o ignorando a presença de Harvey.
- quer ajuda para pentear o cabelo, Gaby? - indagou o enfermeiro e respirei fundo.
- acredito que tenha muita coisa a fazer, pode deixar que ajudo ela - falei forçando um sorrisinho.
- seu amigo é muito prestativo, desde que você entrou em coma, ele esteve aqui. Vinha todas as noites pra ficar com você - Harvey explicou a Any e a mesma sorriu.
- corrigindo, não sou amigo. Sou marido dela - falei o encarando. E Any me olhou com o olhinhos brilhando.
- oh sim, desculpe pelo mal entendido - falou o enfermeiro se levantando.
- que nada, acontece - sorri falso.
- mais tarde eu volto e a gente termina o filme - piscou pra Any e sorriu, saindo.
- marido? - indagou Any soltando uma risadinha, ainda sem me olhar.
- então... Eu sou que não estamos juntos, mas, esquece - falei sem graça, sentando atrás dela para pentear seus cabelos.
E o silêncio caiu sobre nós. Any não me olhava, evitava virar o rosto e minha direção e dava respostas curtas. Como se quisesse me afastar dela.
- vejo que está bem próxima enfermeiro - disse, tentando puxando assunto.
- ele é legal, me fez rir todo tempo, é bem gentil e respeitou meu tempo em questão do banho - falou e revirei os olhos.
- pera aí, ele te deu banho? - indaguei.
- sim - falou simples e prendi minha respiração. E uma sensação de desconforto me tomou.
- não precisava pedir a ajuda dele. Posso te ajudar mas, só se quiser e se sentir confortável - falei.
- não precisa, tá tudo bem - disse, e engoli seco.
Ela não se sente confortável comigo? Eu fiz alguma coisa de errado?
Desde o momento que Any acordou eu queria conversar com ela sobre nós dois, mas vou esperar o tempo dela.
- Noah? - chamou, quebrando o silêncio desconfortável que tinha se instalado.
- sim? - disse.
- precisamos falar sobre nós - disse. Era como se ela lesse meus pensamentos.
- uh, ok. Pode começar - pedi.
- eu, bom... Acho que devemos continuar assim, separados...- disse, ainda de costas pra mim.
- eu vou respeitar sua decisão, mas você precisa me falar o porquê antes - pedi calmo.
- eu coloquei você, minha mãe, seu pai e nossos amigos em risco. A Saby morreu por minha culpa - disse com a voz embargada.
Me levantei pra abraçar ela e a mesma abaixou a cabeça virando para o lado contrário.
- não olha pra mim - pediu - eu tô horrível - lamentou.
- Any, não. Você tá linda, você é linda e eu te amo. Independente de qualquer traço físico ou marca - sentei de frente pra ela e segurei seu queixo fazendo ela olhar pra mim.
- por favor Noah, eu me vi no espelho, não espere que eu me aceite nesse estado que eu estou - falou séria.
- não quero que fique comigo por pena, você pode encontrar outra pessoa - disse e bufei.
- eu não tenho pena de você, Gabrielly. Eu não quero outra pessoa, eu quero você caralho - falei exasperado e ela arregalou os olhos.
- eu te amo, não há nenhuma mulher que eu desejo mais, ou que eu ame mais do que você - acariciei seu rosto.
- eu também te amo, muito - levou as pequenas mãos ao meu rosto - eu tenho medo de você se cansar de mim - disse baixo.
- isso nunca vai acontecer, cachinhos - beijei a pontinha do seu nariz e ela sorriu fofa.
Que sorriso.
Segurei seu rosto com cuidado, e fiz carinho em suas bochechas com o polegar, distribuí beijos por sua cicatriz. Olhei dentro de seus olhos e me aproximei. Seus lábios macios entraram em contato com os meus, minhas mãos envolveram sua cintura, iniciando um beijo necessitado, e repleto de saudades.
- quando algo te incomodar, me fale. Porque eu tenho duas bolas, mas nenhuma é de cristal - sorri divertido e ela riu.
- senti saudade do seu bom humor - sorriu abertamente.
Abracei, tendo cuidado para não machucar ela. E me senti aliviado, Any sempre será a única mulher que desejo ter em minha vida.
Ela me olhou e sorriu, sorri de volta vendo suas covinhas a mostra, distribuí beijos pelo seu rosto.
- eu não posso correr o risco de te perder outra vez - falei segurando seu rosto fitando seus olhos castanhos.
- dramático - soltou uma risadinha.
- não posso fazer nada se você me faz parecer um bobão. Talvez eu seja, e eu gosto da sensação - sorri contra sua boca.
E tomei seu lábios carnudos, nossas línguas brigavam por domínio, e sua unhas arranharam minhas costas me fazendo arrepiar, segurei sua cintura a trazendo para meu colo e ela se movimentou lentamente e senti minha ereção crescer mais.
- Noah, transar no hospital é sacanagem. Alguém pode chegar - disse Any com os lábios levemente inchados.
- é só gemer baixinho - murmurei e ela riu me olhando.
- oh céus.... Noah, assim você dificulta - ela arfou, assim que apertei seus mamilos rígidos cobertos sobre a roupa, beijando seu pescoço.
- com licença, eu... - disse Harvey entrando, e parou assim que viu Any rebolando em meu colo.
- oh perdão - disse sem graça.
- empata foda - murmurei e Any ficou como um tomate de tão vermelha e escondeu o rosto em meu ombro.
- acho que ela deveria se movimentar tanto, por enquanto - disse Harvey.
- não se preocupe, pegarei leve - sorri falso e Any me cutucou.
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Querida irmã|| Noany
FanfictionNoany|| onde Any e Noah são apaixonados secretamente um pelo outro desde que eram crianças. - eu prometo sempre estar com você, e te proteger. Sempre cuidarei de você, cachinhos - Noah levanta a mão direita, faço a mesma coisa, as entrelaçando, em s...