- Any Gabrielly -
Arrumamos a cozinha, me despeço deles e vou para o trabalho.
- boa tarde, Saby - cumprimento a mexicana com um sorriso.
- buenas, mi amore - ela devolve o sorriso dando troco para um cliente.
Coloco meu uniforme, e vou anotar os pedidos.
A lanchonete tá bem movimentada o que rendeu alguns contratempos, e muitas reclamações.
- oh garota, vem aqui - um cliente me chama.
- sim senhor, posso ajudá-lo?- vou até sua mesa.
- essa não foi a comida que pedi, além disso, está horrível - o cliente fala ríspido.
- me desculpa pela confusão, hoje só tem eu de garçonete, irei resolver isso rapidinho - tento me explicar mais ele me interrompe.
- não quero saber, e não vou pagar por essa merda! - ele diz decidido.
- mas, o senhor já comeu um pouco da comida - falo calma.
- além de inútil é surda? Eu não vou pagar - ele diz e saí deixando a comida pra trás.
- aí meu caralho - sussuro, além de perder o cliente, vou levar um esporro e vou ter que pagar o prejuízo.
- o que aconteceu? - Saby me pergunta.
- o cliente reclamou sobre o atendimento e ainda recusou pagar a comida - falo cabisbaixa.
- que inferno, mas não se culpe por isso. Se não era aquilo que ele tinha pedido porque comeu? Era só pedir pra trocar - Sabi fala indignada.
- eu também não sei - falo tão indignada quanto ela.
A tarde se passou numa lentidão irritante, até que, finalmente a noite chegou.
Meu expediente chegou ao fim às 18:00 mas, antes precisei passar na sala da minha chefe para explicar o que aconteceu.
- Any, sei que estava sozinha, mas você precisa ser mais ágil e atenta, aquele é nosso melhor cliente, e não foi só ele que reclamou - Sra Spencer fala chateada.
- Sra Spencer, me desculpe. Eu paguei pela comida dele, prometo que isso não acontecerá outra vez - falo me desculpando pela milésima vez.
- dou minha palavra, serei mais atenta - falo por fim.
- acho bom, Any. Gosto de você, não quero ter que demitir você, por conta desses deslizes - ela fala, eu apenas assinto e me retiro.
Saio do escritório e vejo que Sabina já tinha ido, troco de roupa, pego minha bolsa, e saio pela porta dos fundos do restaurante. Vou andando até minha casa. Até que finalmente chego.
Entro, falo com minha mãe, vou para meu quarto, tomo banho e lavo o cabelo.
- Noah Urrea -
Depois de anos longe de casa, estou de volta. Josh foi me buscar no aeroporto, pensei que Any iria também, mas ele me disse que ela estava no trabalho.
Paro a frente da porta de casa, e uma felicidade me invade, bato na porta e minha mãe abre, dou-lhe um abraço e meus olhos vasculham a sala a procura de minha irmã.
- cadê a Any? - pergunto e vejo o homem sentado na poltrona que era de meu pai, me dar uma leve encarada, mas ignoro.
- tá no quarto dela, querido. Falando nisso, você precisará ficar lá durante essa semana, seu quarto tá em reforma e não se preocupe já avisei ela - minha mãe avisa, assinto pegando minhas coisas e subo.
Paro em frente ao quarto de Any, meu coração acelera, respiro findo e bato na porta, segundos depois ela abre a porta.
- Noah!!! - ela sorrindo e pula em cima de mim, a abraço enterrando meu rosto em seu pescoço depositando um beijo ali.
- senti tanta sua falta, seu idiota - ela desce de meu colo, e fala segurando meu rosto.
- eu também, maninha - sorrio e entro em seu quarto, me jogando na cama.
- o que pensa que está fazendo? Vai tomar banho. A mãe tá terminando de preparar o jantar - ela diz passando um perfume extremamente cheiroso.
- hoje nem é sábado, só tomo banho no dia certo - me sento na cama.
- vai logo - ela joga uma almofada em mim.
Tomo banho, coloco uma roupa confortável e desço com Any. Vejo um homem que, pelo que minha mãe disse é seu companheiro.
- filho esse é o Carlos - ela nos apresenta. Conversamos durante todo o jantar, mas Any não falava nada. O que é estranho, após o jantar ela é a primeira a se retirar.
Chego em seu quarto e vejo apenas a luz do abajur acesa. Any deitada na cama, ouvindo música, parecia imersa em seu mundo, faço minhas higienes, troco de roupa e me jogo encima dela.
- você vai me matar, seu imenso - ela abre um sorriso divertido, me empurra colocando o celular no criado mudo, e entro embaixo de sua coberta.
- Noh, sei que crescemos, mas canta para eu dormir, como fazia antigamente - me viro para ela e a mesma faz um biquinho fofo.
- você sabe que não resisto a essa carinha - digo segurando seu rosto e fazendo carinho com o polegar. Ela joga a perna encima da minha, um gesto simples, inocente.
Bom, eu pensaria isso, se ela ainda fosse uma criança... Eu sempre nutri um sentimento pela Any, pensei que tinha ficado no passado, mas hoje percebi que estou redondamente enganado. Saio de meus pensamentos e começo a cantar, enquanto faço cafuné em seus cabelos e logo vejo que ela já estava no décimo quinto sono.
Olho Any dormindo e sorrio bobo, a observando dormir. Abraço sua cintura, ela se aconchega me abraçando e adormeço também sentindo o cheiro de seu perfume.
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Querida irmã|| Noany
Hayran KurguNoany|| onde Any e Noah são apaixonados secretamente um pelo outro desde que eram crianças. - eu prometo sempre estar com você, e te proteger. Sempre cuidarei de você, cachinhos - Noah levanta a mão direita, faço a mesma coisa, as entrelaçando, em s...