- Any Gabrielly -
Olho para Noah cantava uma música que toca na rádio, enquanto dirigia de volta pra casa.
- no que tanto pensa baby? - indagou.
- queria ir ver o Bay, ele nunca foi me visitar depois que acordei, e também não responde minhas mensagens, penso que ele me odeia - bufei.
Dentro de mim eu tinha a sensação que Bailey estava magoado comigo.
- Elly, não - disse Noah tossindo - e-ele, nunca ficaria bravo com você - falou e colocou a mão sobre minha coxa, alisando a mesma.
- ok, então podemos ir vê-lo? Por favorzinho, amor - indaguei.
- quando? - perguntou.
- agora! - falei determinada.
- Elly, acho melhor não - falou receoso.
- poxa Noh, por favor. Não vamos atrapalhar ele, é rapidinho - fiz um biquinho triste, sei que ele não resiste.
Depois de muita insistência por minha parte ele aceitou, na verdade eu já estava quase desistindo de ir ver o May, mas a vontade dei ir vê-lo era maior.
Chegamos no apartamento de Bailey e bati na porta, uns dez minutos depois. Uma garota loira abriu a porta.
- Joalin? - indaguei surpresa.
- Gaby! - me abraçou apertado e retribuí - que saudades, a delegacia não é a mesma coisa sem você e a..... - ia dizendo mas, parou de falar ao ouvir a voz de Bailey.
- Jojo, quem tá aí? - indagou Bailey.
- bom... É a Gaby e o Noah - falou meia receosa e a postura de Noah se tornou tensa.
Porque tá todo mundo estranho?
- Bay! - ergui os braços sorrindo assim que ele apareceu na porta, mas meu sorriso se desmontou quando ele puxou Joalin pra dentro e bateu a porta na nossa cara.
O QUE? ELE ME EXPULSOU?
- Any, vamos pra casa, ele não quer conversar - disse Noah impaciente, me puxando levemente.
- casa é o caralho - falei e bati na porta novamente.
- o que foi porra? - gritou Bailey.
- não grita comigo, caralho! - gritei de volta e Noah passou a mão pelo rosto de forma nervosa.
- o que veio fazer aqui, Soares? - indagou ríspido.
- fazer a feira - disse irônica e el lê revirou os olhos - eu vim te ver, não é óbvio?
- quem disse que, eu quero te ver? - cruzou os braços.
- porque tá sendo um babaca? - indaguei já sem paciência e Noah colocou a mão sobre meu ombro.
Seu olhar e seu leve aperto em meu ombro, me pediam calma. E calma era algo que eu não tinha mais.
- eu sendo babaca? Não deveria aparecer na minha casa, nem você, nem Noah. Nem ninguém - berrou.
Olhei pra Noah, a espera de uma resposta e ele abaixou o olhar, negando com a cabeça.
- você é um grande idiota, as pessoas se preocupam com você. Eu me preocupo, por isso vim aqui - falei.
- eu não quero você aqui! Quer jogar na minha cara a sua felicidade? Foi por sua culpa que a Sabina morreu - cuspiu as palavras e arregalei os olhos diante de sua irritação.
- eu não queria colocar ela em risco, pedi pra que ela ficasse do lado de fora da casa - me defendi.
- foda-se, você a matou! - apontou o dedo em minha cara e recuei - Ela entrou lá e não saiu, por sua culpa - seus olhos castanhos estavam dilatados de ódio.
- ei ei ei, olha como você fala com ela cara - Noah falou de forma firme e entrou na minha frente, encarando Bailey - não foi culpa dela, se a Saby estivesse lá dentro a Any também entraria para salvar ela - disse.
- mas não foi assim que aconteceu. Eu perdi tudo. A Sabina era meu tudo, ela estava grávida. E eu perdi um filho e minha mulher por culpa sua - berrou me olhando.
- EU NÃO QUERIA QUE AS COISAS TERMINASSEM ASSIM - gritei.
- você coloca todos à sua volta em perigo, deveria ter ficado lá dentro daquela casa incendiando - gritou com os olhos marejados e bateu a porta em minha cara.
Minha boca se abriu em choque, e meus as lágrimas escorreram pelo meu rosto.
Doeu, doeu ver o estado caótico de Bailey, doeu ouvir suas palavras. E eu era culpada, não dava pra fugir.
Chegamos em casa e eu ainda estava de cara feia, mas não queria brigar com Noah.
- amor? - chamou me abraçando por trás.
- porque não me disse a verdade desde o início? - perguntei fungando.
- porque sabia que ficaria triste, antes que você diga, ele não está certo. Foi injusto com você - falou Noah beijando o topo da minha cabeça.
- a Saby era tudo na vida do Bailey, ela morreu porque quis que eu sobrevivesse. E agora ele tá com a Joalin, tá na cara que ele não gosta dela - bufei me desvencilhando de seu abraço, e sentei no sofá.
Noah simplesmente me abraçou e retribuí, respirando fundo, sentindo seu cheiro e me aconcheguei em seu abraço.
Seu abraço me confortava e eu me sentia segura, ele deitou no sofá, me deitando por cima dele.
- as coisas eram mais fáceis quando éramos crianças - murmurei e comecei a fazer cafuné em seus cabelos.
- realmente - sorriu saudoso, e meus dedos contornaram seu rosto.
Continuamos ali, na companhia um do outro até que dei um pulo, sentando sobre o quadril de Noah.
- porra, Any - gemeu de dor.
- quieto - falei, pensando em possibilidades.
- e se a Saby não estiver morta? - soltei e Noah se sentou, me ajeitando em seu colo.
- ninguém achou corpo, certo? - indaguei e Noah me assentiu como se eu estivesse louca.
- não achou corpo, porque as chamas o consumiram? - falou óbvio.
- mas, ela pode tá viva! E se ela conseguiu sair de lá? - falei esperançosa.
- Any, sei que ama a Saby, mas ela infelizmente se foi - disse me trazendo pra realidade.
- mas... - comecei, porém parei de falar e me aconcheguei sobre ele, pensando.
Ela tá viva, algo dentro de mim diz isso.
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Querida irmã|| Noany
FanfictionNoany|| onde Any e Noah são apaixonados secretamente um pelo outro desde que eram crianças. - eu prometo sempre estar com você, e te proteger. Sempre cuidarei de você, cachinhos - Noah levanta a mão direita, faço a mesma coisa, as entrelaçando, em s...