Capítulo 5

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- Atualmente, 18 anos -

- Any Gabrielly -

Acordo com o barulho insuportável do despertador tocando.

- chega inferno, já levantei - pego o despertador desativando o alarme.

Me sento na cama esperando a alma voltar para o corpo, sinto minha cabeça latejar de dor, solto um suspiro cansado e vou tomar banho.

A água entrar em contato com meu corpo me fazendo despertar. Me arrumo para enfrentar mais um dia, com a maior indisposição do mundo. Desço para cozinha e vejo minha mãe e o marido dela tomando café.

Sim, marido. Depois de uns meses que Noah foi embora, meu pai pegou suas coisas e simplesmente foi embora sem dar explicações ou um adeus. Agora minha mãe tá com o Carlos, odeio esse capeta.

- cheguei! - Josh entra e joga a mochila no sofá.

- tia Pri, bom dia - Josh a abraça e ela sorri.

- bom dia, Carlos - ele e o mesmo assente.

- Bom dia, Lil princess - ele diz sorridente.

- bom dia, calopsita - falo ele vem em minha direção e deposita um beijo em minha testa e me abraça.

- que carinha é essa? - ele pergunta, ainda abraçado a mim.

- tô morrendo de dor de cabeça - falo.

- senta para tomar café conosco, querido - minha mãe fala e Josh assim faz sem pestanejar.

Sentamos para tomar café, eu ainda estava de mau humor, porque acordar cedo não é meu forte, o que me conforta é o fato de ser quinta-feira e que, o Noah vai chegar hoje, tô morrendo de saudades daquele cachorro.

- não vou poder te dar carona até a escola, hoje - Josh fala.

- o que aconteceu com seu carro? - indago.

- concerto - ele responde.

- posso dar carona a vocês - Carlos fala.

- não, valeu. A gente vai de skate ou bicicleta - falo e Josh me olha incrédulo.

- isso é sério? - Josh me pergunta ainda sem acreditar.

- a academia de dança que Josh trabalha é perto da minha escola. Não é tão longe e precisamos nos exercitar - falo olhando para meu padrasto.

- que garota difícil! - ele sussura, subo para meu quarto pego o skate e volto para sala.

- tchau - saio de casa e encontro Josh me esperando com seu skate.

- vamos? - pergunto e ele assente com cara de poucos amigos.

Da minha casa para a escola, era uns 25 minutos. Eu queria ir de skate? Não! Mas, também não iria de carona com o Carlos. Ele me dá nojo.

Cheguei na escola um tanto cansada, desço do skate, me despeço de Josh e atravesso a rua indo para o portão da escola, quando vejo o carro de Carlos para ao meu lado.

- porque não me esperou Gabrielly? - Carlos pergunta.

- porque eu não quis, será que não estava claro? - falo simples.

- você tá muito abusada, mas gosto desse seu jeito, docinho - ele fala sorrindo malicioso. E faço cara de nojo.

- vá se fuder, me deixa cara - falo nervosa e ele saí com o carro.

Entrei na escola, peguei meus livro no armário e fui para sala. Sentei ao lado de Saby a primeira aula correu numa chatice extrema, inclusive dormi, às demais foram tranquilas, até porque não tenho tanta dificuldade.

Quando as aulas finalmente chegaram ao fim fiquei aliviada, mas, por outro lado tinha a parte da tarde para enfrentar. Saio da escola e vejo Josh me esperando.

- pelo horário, pensei que já tivesse ido pra casa - olho para Josh.

- vim te fazer companhia - ele fala simples.

- então, vamos logo. Eu tô com fome - falo impaciente.

- vamos estressadinha - ele me abraça de lado e saímos.

Já estou me preparando mentalmente para o turno da tarde. Sou garçonete, em uma lanchonete. Não é o melhor trabalho do mundo, nem recebo o melhor salário, mas dá pro gasto, o bom é que trabalho com a Saby, então tudo se torna melhor.

Eu não queria ir trabalhar, e não é por preguiça, talvez um pouquinho. Mas o real motivo era o ambiente, que se tornava um tanto tóxico por conta dos clientes. Já coloquei currículo em vários outros lugares mas, ainda não tive retorno.

- ei, porque rejeitou a carona do seu padrasto? - Josh quebra o silêncio.

- por nada, só tem um tempão que não andamos de skate - minto.

- entendi... - cerra os olhos, como se tentasse detectar alguma mentira - vai trabalhar hoje? - ele indaga.

- vou - solto um suspiro frustado.

- pensei que iria sair de lá semana passada - ele fala sem entender.

- preciso do dinheiro - explico.

- porque você não pede ajuda para ao seu.... - ele ia falar mas o interrompo de forma brusca.

- não ouse terminar essa frase, seria humilhação demais. Ele nem deve lembrar da minha existência - falo.

Poucos minutos, e já estávamos em frente nossas casas.

vai almoçar lá em casa hoje? - pergunto o loiro.

- nem precisa perguntar, é claro que sim - ele fala óbvio.

- esfomeado - brinco e ele ri.

Fomos cada um para sua casa, após o banho, desço para cozinha e encontro Josh ajudando minha mãe preparar o almoço.

Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora