Querida irmã|| Noany

Capítulo 17

- Any Gabrielly -

Eu sei que eu disse que ajudaria o Noah mas, vou arrumar um jeito de fazer ele desistir dessa ideia de procurar o pai.

- cachinhos? Any? Anyelly? - Noah me chama várias vezes.

- o que foi? - falo impaciente.

- grossa - revira os olhos.

- tá com a cabeça aonde? - ele me pergunta.

- em lugar nenhum - subo para o quarto.

Entro em meu quarto, tomo demorado, lavo o cabelo, faço um skin care. Coloco meu baby doll favorito.

Vou até a varanda do quarto e percebo que está chovendo, fecho a janela.

- oh filho da puta - pulo ao tomar um susto com o trovão e fecho as cortinas.

Me deito na cama, olho para o lado e vejo que meu carregador não está na tomada. Desço até a sala. As luzes estavam apagadas.

-Noh? - o chamo.

Não tenho resposta dele, e sinto alguém me abraçando por trás. O cheiro característico me lembra Noah. Me viro de frente para ele, seus olhos num tom de verde escuro, queimam sobre meu corpo. Ele se aproxima me mim e ando para trás, batendo com as costas na parede.

- não fuja de mim - ele murmurou em meu ouvido e beijou meu pescoço, sugando de leve.

Arrepios correram pelo meu corpo, ele segurou minha cintura e colou nossos corpos. Olhei dentro de seus olhos, e o puxo para um beijo, seguro sua nuca, aprofundando o beijo, me ele ergueu, comigo no colo, sentou no sofá.

Suas mãos correm pelo meu corpo e descem até meu short, ele enfiou sua mão por dentro, acariciando minha intimidade por cima do tecido da calcinha.

Respiro fundo e ele leva dois dedos dentro da minha calcinha rodeando meu clitóris e começa a massagear, jogo a cabeça par trás arfando, ele enfia dois dedos dentro de mim, e me mexo sobre seus dedos, rebolando rapidamente.

- oh, Noah - falo em um sussuro.

- Any! - Noah me chama.

- Noah! - abro os olhos e percebo que era um sonho. Estou deitada da mesma forma que estava após fechar as cortinas.

MERDA, MERDA, MERDA.

- você tá aí a muito tempo? - pergunto.

- não, ouvi você me chamar, quando entrei vi você se remexendo, tá tudo bem? - ele indaga curioso.

- não! Eu tava sonhando, só que você tinha morrido - minto e ele arqueia as sobrancelhas sorrindo de lado.

Ele me ouviu gemendo, que constrangedor.

- foi horrível e desesperador - faço drama.

- relaxa, foi só um pesadelo - ele fala e saí.

Me levanto vou até o closet pego uma muda de roupa, estou extremamente molhada. Tomo outro banho, me ajeito e saio do banheiro, encontrando Noah sem camisa.

- que susto porra! Tá fazendo o que aqui? - pergunto.

- vim dormir com você, como sempre - ele sorri sereno.

- verdade - bato com a mão na testa.

Deito ao seu lado, ele me abraça pela cintura, sinto seu perfume invadir minhas narinas, respiro fundo e fecho os olhos. Sinto as mãos de Noah brincar em minhas costas, fazendo um carinho leve.

- Dia seguinte -

- oii - sorrio entrando no consultório.

- oi, como se sente? - Heyoon pergunta.

- péssima, tive um sonho erótico - falo.

- isso é normal - ela rebate.

- sonhei que o Noah estava me masturbando - cuspi as palavras.

- uau, isso não é muito legal, olhando pelo lado que ele é seu irmão - disse franzindo o cenho.

- ele me acordou do sonho, o lado bom é que inventei uma mentira e ele acreditou, eu acho - falo um pouco aliviada.

- tô na merda, não consigo vê-lo como meu irmão apenas - completo.

- a questão do sonho é que, seu subconsciente está te mostrando em sonho suas vontades, que são reprimidas, além do mais quando sonha com alguém é só seu subconsciente lhe enviando lembranças sobre a pessoa que você mais pensa no dia, no caso. O Noah - Yoon explica.

- vou dar um jeito de não dar vazão as minhas vontades. Olhar ele dessa forma é um erro - falo.

- não se veja como a maior das pecadoras, tente se ocupar com outras coisas, conhecer outras pessoas, não é legal ficar alimentando esse tipo de sensação, até porque você não sente só atração por ele, certo? - perguntou e assenti.

- entendo, e tem outra coisa, o Noah quer procurar o nosso pai. E claro que eu não quero - informo.

- tem algum motivo específico? - Yoon pergunta anotando algumas coisas na caderneta.

- sei que ele não nos quer por perto, já o procurei uma vez esse ano. E ele me deixou esperando por um bom tempo em seu escritório, e quando finalmente me atendeu, disse que não tinha mais nada haver com minha vida, que não deveria procurá-lo - explico.

- já tentou falar sobre isso com o Noah? - indaga me olhando.

- não tive chance, o Noah sempre teve o desprazer de amar nosso pai de forma incondicional, não vai sossegar enquanto não encontrá-lo - bufo.

- Any, sei que quer evitar o pior, mas infelizmente o Noah não vai te ouvir, está cego e sedento pela atenção do pai, para reconquistar o tempo perdido - Yoon explica.

- espero que vocês tenham uma recepção amigável da parte dele, por mais que isso seja difícil de acontecer, olhando pelo lado da última visita que resolveu fazer a ele - Yoon fala e assinto.

Sei que vai dar merda, não quero ver o Noah sofrer com o desprezo do nosso pai, mas acho que vai ser inevitável.