Capítulo 34

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- Any Gabrielly -

- Nathan - falo chocada.

- eu mesmo, princesa - riu - acho bom dormir de olhos abertos, não só você - falou rindo como psicopata.

- tá me ameaçando? - indago.

- não é de mim que precisa ter medo, mas já avisei. Cuidado - diz e sinto um calafrio percorrer minha espinha.

- cala a boca, se sua vontade era me amedrontar. Você falhou terrivelmente - falo.

Desde aconteceu tudo aquilo, não o vi mais, ainda bem porque aquela situação ainda faz com que eu amaldiçoe o dia que o conheci. Agora essa praga volta pra me atentar? Que inferno.

Levamos ele e outro cara para a viatura e fomos para a delegacia.

- vocês são loucas? - a delegada indaga nervosa.

- Melanie, desculpa, só estamos fazendo nosso trabalho. Qual é o objetivo da polícia se não for prender criminosos? - falo como se fosse óbvio.

- aprendemos bastante e nos esforçamos também. O que custa confiar na gente? - Saby diz.

- eu sabemos meninas, mas cuidado por favor, nos preocupamos - Nour diz de forma fofa - agora vai cuidar desse corte Any - diz apontando para meu braço e vejo minha farda manchada com sangue.

Mel e Nour são como nossas mães, sempre se preocupando ao extremo.

- vou te ajudar - Saby e eu saímos.

- larina, o que foi? - pergunta.

- tô com uma sensação ruim, não sei explicar - digo.

- tá grávida? - me olha - se estiver eu vou amar. Titia já ama, titia cuida e ensina besteira - fala acariciando minha barriga.

- mulher, não é isso é em relação ao Noah e eu - digo - estamos bem, bem até demais, para 1 ano e 7 meses - digo.

- sei lá, acho que minha adolescência foi tão conturbada, que nunca achei que teria um relacionamento que durasse mais que 2 meses - falei.

- esse é seu problema, você não se acha digna de ser feliz e ter uma relação saudável - diz e fico pensativa.

- porque toda vez da sempre errado. Tenho medo de tudo acabar por causa de mim - explico.

- para com isso, vocês se amam. Não entendo o porquê desse medo - diz limpando o corte.

- Any... - cerrou os olhos como se lesse meus pensamentos.

- o Nathan falou alguma coisa pra você? - perguntou séria colocando o esparadrapo no meu braço.

- não, claro que não - digo.

- Any Gabrielly - me encarou.

- não foi nada com ele - tranquilizo ela.

- ok, mas qualquer coisa me avisa. Na hora de levar comida pra ele, eu coloco chumbinho e au revoir Nate - diz e eu começo a rir.

Depois de um dia cansativo, lá estava eu e Saby indo para meu apartamento.

- eu e o Bailey temos vários planos, provavelmente vamos morar no mesmo condomínio que você e o Noah - diz animada.

- assim teremos mais privacidade - completa.

- você quis dizer que: tendo a própria casa você pode gemer alto - falo.

- você é uma gênia - falou rindo maliciosa.

- eu só te conheço um pouquinho - digo simples.

Chegamos em minha casa e vejo Josh, Noah e Bailey sentados no sofá assistindo jogo de basquete.

- eu vim encontrar com meu namorado, mas ele tá com os namoradinhos dele - Saby fala.

- e você tá atrapalhando nosso momento - Noah fala fazendo uma foz fina e reviramos os olhos.

- que abusado - Noah e Saby começam a discutir. Eles são muito irmãos um do outro, acabo por rir da situação.

- é o seguinte, se sujarem meu sofá. Eu arranco o pinto de vocês  - aponto para os marmanjos que me olham com os olhos arregalados.

Dou um breve aceno e vou para o quarto com pastas do trabalho. Deixo tudo na escrivaninha e vou tomar banho.

- oi - Noah diz e quase caio para trás saindo do banheiro.

- que susto - coloco a mão no peito.

- tá tudo bem? Você nem falou comigo direito - pergunta se aproximando de mim.

- tá, claro - sorrio - só quis deixar você aproveitar com os meninos - faço um leve carinho em seu rosto.

- hum, então tá bom - diz e junta nossas bocas num beijo calmo.

Troco de roupa, pego o notebook a pasta e começo a fazer algumas pesquisas.

As palavras de Nathan ainda rondavam minha mente.

- baby, trouxe pizza pra você e o pessoal já foi embora - Noah avisa com uma bandeja nas mãos.

- nossa, já? - falo perdida.

- já são 00:50 - diz mostrando o celular, retiro meus óculos de grau e esfrego os olhos.

- não acha que tá trabalhando demais? - indaga e nego.

- é só que quero adiantar algumas coisas - digo.

Não importa o quanto nosso dia foi cansativo, Noah e eu temos o nosso momento. Conversamos, assistimos alguma coisa ou simplesmente desfrutamos da companhia um do outro.

- compus uma música - diz animado me olhando com olhos pidões. Sei que ele quer me mostrar.

- me mostre, vida. Tô ansiosa - falo animada, tentando não ser vencida pelo sono.

- ok - correu como uma criança até o violão e sentou na cama outra vez.

- o nome é good intentions - diz orgulhoso de si mesmo e começou a cantar.

Sorrio o olhando, provavelmente estou o encarando como uma boba, mas amo ver seu sorriso. Eu seria capaz de tudo por esse garoto.

- gostou? - pergunta com os olhos brilhando.

- é perfeita, assim como tudo que faz - digo e ele sorri de forma maliciosa.

- que tarado - digo rindo, ele afasta o violão e me puxa para seu colo. Me acomodo, e sinto ele cheirar meu pescoço, sua mão desce pelo meu braço e gemo de dor.

- o que houve no seu braço? - pergunta.

- me cortei, nada demais - digo simples. Ele volta me abraçar com cuidado.

Olho dentro de seus olhos e junto nossas bocas num beijo sedento, mas ele segura minha cintura e levo a mão a sua nuca aprofundando o beijo, puxando alguns fios de seus cabelos.

- eu te amo - disse ofegante.

- eu também te amo - colo nossas testas e abro um pequeno sorriso.

- Nota da autora: eu amo essa música, juro. E o Noah tá muito neném nesse vídeo, sem condições ❤️🥺🛐

Querida irmã|| NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora