capítulo 2

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Melissa narrando...

Eu comecei a sentir que estava sendo vigiada, então apressei os meus passos.
Quando me apercebi alguém encostou em mim por trás. Foi tudo tão rápido! Ele me agarrou e me virou para ele. Tentou me beijar e eu dei um chute nas suas partes íntimas e então tentei correr mas ele voltou a me agarrar, e eu caí. Ele ficou em cima de mim, tentando tirar a minha roupa enquanto eu lutava para que ele parasse, e gritava por ajuda. Mas ninguém me ouvia, eu achei que ele fosse fazer o pior, até que senti ele cair do outro lado. Eu estava assustada, por isso fechei os olhos. E quando percebi que ele estava caído, provavelmente desmaiado eu me levantei às pressas.

Quando dei por mim, eu o vi novamente. Sim, o Loiro que havia despachado.

Eu não conseguia dizer nada e por um impulso o abracei bem forte. Por um momento eu esqueci o que tinha acontecido, e senti-me protegida nos braços dele. Ele tem um cheiro bom, apesar de ser de perfume barato.
O quê que eu estou a fazer? Soltei- o de imediato quando dei conta do que estava fazendo e pensando.

****: Acho melhor sairmos daqui, eu te levo para casa.

Dessa vez não pude protestar, concordei com a cabeça e subi no carro dele.

Melissa: porque é que você voltou? Afinal, eu fui grossa com você não? - perguntei enquanto olhava contínuamente para o exterior do carro.

****: O meu pai me ensinou a sempre respeitar as mulheres, e estar sempre disposto a ajudar seja quem for que estiver a necessitar. Eu vi que não passava táxi nenhum, e por mais que você não mereça, minha consciência pesou por te deixar aí.

Melissa: ah, tá! - falo e reviro os olhos.

Indiquei a minha casa. Minha casa não, a minha mansão. Ele olhou para a mansão e não sei se ele ficou admirado ou passou a me detestar por ver o que eu tinha.

****: Bom princesa, está sã e salva. - falou enquanto estacionava o carro defronte a enorme mansão.

Noutrora eu teria saído a correr do carro e entrado depressa sem ao menos dizer adeus. Mas aí eu perguntei.

Melissa: como te chamas?

****: Isso é sério? Você quer mesmo saber o nome de alguém que possivelmente vais esquecer depois de passar por aquela porta?

Melissa: É! Tem razão, saber o seu nome não é importante, com certeza vou esquecer mesmo no primeiro instante. - falo com raiva dessa vez, e abro a porta do carro.

Assim que faço menção de descer, ele segura a minha mão.

****: Leandro. Leandro Montalvo .

Eu solto a porta do carro, e olho para ele.

Melissa: Melissa Del Castillo. - digo, num tom mais calmo.

Leandro: muito prazer Melissa! O seu nome é tão bonito quanto você.

Ele diz e eu coro.

Melissa: não confunda as coisas " Leandro", estou só a tentar ser gentil contigo. - falo tentando disfarçar a minha cara já corada.

Leandro: não te preocupes, também só quis ser gentil. - levantou as mãos em sinal de rendição.

Olho para ele e sorriu fraco.

Murmuro um obrigada baixinho, acho que ele ouviu e desci do carro.

Vou em direção a porta da enorme mansão, e o vejo partir.

Entro em casa de fininho, subo as escadas e vou direto ao banheiro porque fiquei com nojo do que aconteceu comigo. E não, não adianta ir à polícia se não sei quem tentou fazer aquilo comigo .

Termino o meu banho, visto o meu pijama e desço para ver se tinha algo para comer. Encontro a Alba, a mulher da minha vida. Foi minha babá desde bebé, e também foi babá do Eridane.

Alba: o que fazes aqui filha? Não devias estar na festa com o seu irmão?

Eu sempre confiei na Alba, ela sempre esteve mais presente que os meus pais pois eles sempre estão de viagem, então ela é como uma mãe para mim. Eu conto tudo para ela. Ela, a Eva, o Eridane e a Kiara são os meus confidentes. Mas dessa vez não a quero preocupar com essa história, então resolvi inventar uma desculpa.

Melissa: não me sentia bem, então resolvi voltar. - falo tentando encontrar algo para comer.

Alba: devo acreditar nisso? Eu te conheço bem, e sei quando está a mentir. Diz, o que aconteceu?

A Alba me conhece tão bem! Resolvi então contar-lhe, e como imaginei ela ficou preocupada demais e ralhou comigo por ter dado folga aos guarda-costas. Tranquilizei-a me despedi e fui para o meu quarto.

Leandro! Repeti o nome dele umas 10.000 vezes, e comecei a lembrar na noite estranha que tive hoje até que adormeci.

Amor inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora