capítulo 43

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Melissa narrando...

Estou assustada. Não sei onde estamos, nem com quem. Só sei que estamos dentro de uma carrinha, e quem nos leva, nos leva em silêncio. Só ouço o baralho do mato. Parece uma casa na floresta, já nem sei.

Depois de algum tempo, sinto a carrinha afrouxar. Acho que chegamos ao local pretendido. Estou tão assustada, que só sei chorar.

Levaram-me até um local. Não sei onde porque ainda tenho a venda nos olhos. Sou atirada para um local, e ao cair de bunda protejo a minha barriga. Então sinto mais pessoas ao meu lado, acho que são as minhas amigas. E o homem ou quem quer que seja, ordena a alguém para nos tirar as vendas.

Eles fazem, e a princípio incomoda a luz, mas depois consigo ver. Estamos numa espécie de celeiro. Será que estamos numa quinta ou numa fazenda?

Melissa: quem são vocês, e o que querem de nós? Não vêem que estou grávida? Tenha piedade pelo amor de Deus. - falo chorando.

****: Não sabe como me dá prazer te ver aí assim . A mercê de mim kkk

Melissa: Valéria, já devia saber que eras tu.

Eva: deixa-nos em paz sua lunática.

Valéria: lunática??? Ah, vocês ouviram isso rapazes? Ela me chamou de... Lunática??- ela pergunta irónica.

Os homens ao lado só apreciam as loucuras dela. E com certeza estão aí para obedecer as ordens dessa louca.

Kiara: diz lá, o que tu queres de nós Valéria. Porque não vai pra longe e faz a sua vida?

Valéria: você é a mais corajosa né?! - diz se aproximando da Kiara. - mas lá fora. Aqui mando eu querida.

Ela fala apertando a Kiara contra a parede. Ela só faz isso porque ela está amarrada, do contrário não chegaria perto.

Melissa: solta elas sua lunática. O que você pensa fazer connosco?

Valéria: gosto de você assim . Decidida, autoritária. Sempre a achar que pode mandar em todos hahaha. Estúpida! - ela fala com desdém e ódio. Muito ódio.

Ela anda de um lado para o outro.

Valéria: Sabe? Eu vou deixar-vos a vontade. Vocês precisam ficar a vontade na vossa nova mansão Del Castillo, Cooper ou Valverde né?! - ela goza e nós apenas a olhamos com nojo.

Em seguida sai com os homens atrás dela, e trancam a porta.

Ficamos amarradas nessa espécie de celeiro, cheio de palhas. Mas sem a venda nos olhos.

Eva: meu Deus! Por quê que isso está a acontecer justo agora, que descobri que estou grávida? - ela fala chorando.

Melissa: e eu estou prestes a dar a luz. Sabe lá quando seremos encontradas aqui. - falo desmoralizada.

Kiara: meninas, meninas! - ela chama a nossa atenção. - nós estamos juntas, e isso também importa. E melhor, sempre fomos muito corajosas. Não será hoje que vamos abaixar a cabeça. Ânimo meninas, vamos confiar em Deus, nos nossos familiares que não vão descansar até tirar-nos daqui, e na força que sempre tivemos. Vão mesmo render-se agora? - ela fala tentando passar confiança. E consegue.

Eva: você tem razão. Nós temos mais motivos para lutar agora que seremos mães.

Melissa: sim, eu só peço para a minha pequena não nascer aqui assim. - digo olhando para o lugar asqueroso, e de pouca luz.

Amor inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora