Melissa narrando...
Estamos todos reunidos na casa do Leandro, e ele ainda não chegou.
Quando faço menção de ligar para ele, ele aparece.
Leandro: oi pessoal. Desculpem o atraso. Mas vocês não vão acreditar no que aconteceu hoje.
Melissa: eu espero que seja por um bom motivo.
Léo: a Valéria apareceu no estacionamento da empresa, e atirou-se ao capô do meu carro.
Eva: o que??? Porque? Ela está bem?
Kiara: ela só pode estar louca.
Léo: isso mesmo Kiara. Ela atirou-se ao capô, e insistia dizer que eu tinha de a amar. Eu me aproximei dela aos poucos, e quando pude tirá-la de lá percebi que ela estava bêbada.
Eridane: e então? O que você acha que deve ser feito?
Léo: ainda não sei meu. Mas que devemos estar atentos, nós devemos.
Eva: vê-se claramente que ela é obcecada por todos nós. Ela nos odeia.
Melissa: sim, mas se repararem ela também parece estar apaixonada pelo Leo. Ela faz muitas insinuações para ele Malta. Pensem comigo.
Kiara: precisamos descobrir quem ela é, e porque nos odeia tanto.
Eva: qual é mesmo o nome dela?
Kaíque: Valéria não?!
Eva: estou a falar do sobrenome tonto.
Leo: ah sim, ela se chama Valéria De Almeida Campos.
Kiara: Valéria. Valéria De Almeida Campos. Esse nome te lembra alguém Mel?
Melissa e Eva: Valefanta balofa??? - falamos ao mesmo tempo.
Melissa: então é por isso que ela nos odeia.
Eva: se for mesmo ela, devo admitir que precisou gastar muito dinheiro para ficar tão linda quanto está agora. - brincou com a situação como sempre.
Léo: tá, do que raios vocês estão falando?
Expliquei ao Leandro tudo o que aconteceu entre nós e a Valéria, ele ouviu atentamente e depois disse o que achava.
Kiara: se esse for mesmo o caso, eu acho que somos culpadas por ela ter ficado doente da cabeça.
Eva: eh! Você tem toda a razão. E nesse momento, o que eu quero mesmo é entender o que se passa na cabeça dela.
Eridane: esse é o resultado de vocês se sentirem superior às outras pessoas maninha.
Melissa: eu estou a fazer o que posso para mudar. Você não pode me lembrar disso todos os dias. - digo meio cabisbaixa.
Léo: tem calma amor. Eu estou a amar essa sua nova personalidade e isso é só o que importa tá?!- ele me acalmou de forma tão doce!
Melissa: mas por causa do meu mal comportamento, o meu filho e todos vocês estarão em perigo. - digo chorando.
Essa foi a prova de que se fizermos mal a alguém, tarde ou cedo vamos pagar. E eu não só estou assustada com o que aquela lunática pode fazer com os meus amigos e o meu filho, como também estou muito arrependida por a ter tratado daquela forma. No fundo só sei sentir culpa.
Ela queria entrar no nosso grupo, e eu a humilhei na frente de todos. Eu era popular no colégio, e ela só quis fazer parte do meu grupo.
Ah, como me arrependo!
Eu sei que todos tinham razão, mas o que eu posso fazer se já aconteceu? Se eu pudesse mudar isso...
Kiara: você não foi a única que a insultou. E nós estaremos aqui para te defender do que for preciso amiga. - ela diz e me abraça.
Quando eu ia dizer alguma coisa, a senhora Lúcia entra na sala com uma bandeja de prata.
Lúcia: Olá meninos! Eu trouxe algo para vocês comerem, e também beberem. Não é nada chique, mas fiz com muito amor. Espero que gostem. - ela pousa o prato na mesa, e fica parada ao meu lado.
Seguro a mão dela, e a agradeço.
Melissa: muito obrigada pela gentileza senhora Lúcia. - digo sorrindo para ela com sinceridade.
Lúcia: por favor, não me agradeça. Você é a minha linda nora, e esses são os amigos do meu filho. - apontou para o bando. - faço isso com muito prazer. E por favor, chama-me por Lúcia apenas.
Sorri ao ouvir isso, e depois respondi.
Melissa: tá bem, "Lúcia" . - dei ênfase ao nome dela e ela sorriu.
Lúcia: assim está melhor. Vou deixar-vos a vontade. Qualquer coisa estou na cozinha tá?!
Léo: obrigado mãe!
Conversamos mais sobre assuntos aleatórios, e combinamos esperar até que a Valéria confirmasse as nossas suspeitas. Embora seja difícil porque eu não quero estar desprevenida para ela conseguir o que quer.
Eu não estou disposta a deixar ela vencer essa guerra.
(...)
Eva: a comida estava uma delícia! Eu preciso aprender a receita dona Lúcia.
Lúcia: muito obrigada minha filha. Um dia desses você vem e eu te ensino.
Eva: pode crer!
Despedimo-nos dos pais do Leandro, e do Leandro.
(...)
Estou em casa, propriamente na cama. Não consigo dormir, só de pensar no que ela pode estar tramando contra nós. E acho que isso me fez mal porque comecei a me sentir mal.
Estou com uma dor de cabeça horrível, e os enjoos aumentaram. Vou rapidamente para o banheiro e tiro tudo o que comi até me sentir fraca.
A minha mãe entra no quarto, chama por mim e eu não consigo falar. Apenas tento me levantar, lavo o rosto, e vou devagarinho até a cama.
Ana: filha, o que houve?- falou claramente preocupada.
Melissa: me arranja algum remédio para a dor de cabeça mãe, por favor.
Ana: vou ligar para o médico, você está pálida filha.- fala preocupada.
Depois de algum tempo, o médico apareceu e me examinou.
Médico: ela vai ficar bem...
Melissa: e o bebé? - pergunto o interrompendo.
Médico: ele também Melissa. Mas deves te afastar de problemas que mexam contigo, confusões ou discussões. O bebé só vai ficar bem se você cuidar dele.
Eh, ele tinha razão. Mas também exagerou né?! A minha mãe respondeu por mim .
Ana: eu mesma me encarrego de cuidar dela doutor José Carlos .
Olho para a minha mãe e fico admirada.
O doutor passa uma nova receita. Eu recebo e guardo numa das gavetas. E ele sai do meu quarto acompanhado da minha mãe.
Minutos depois de o ter acompanhado, ela volta e senta na cama ao meu lado.
Melissa: a Alba vai cuidar de mim, já que tens de trabalhar mãe.
Ana: a sua mãe sou eu. E embora eu não seja tão presente, eu ainda me preocupo com você. Por favor, não me julgue. Agora dorme, você precisa descansar.
Fiz o que ela mandou, e dormi.
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Amor inesperado
RomanceConheça a história de Melissa Del Castillo e Leandro Montalvo. Dois mundos diferentes, duas pessoas diferentes em muitos aspectos que encontram nelas o verdadeiro amor. Um amor inesperado.