capítulo 23

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Melissa narrando...

Estamos todos reunidos na casa do Leandro, e ele ainda não chegou.

Quando faço menção de ligar para  ele, ele aparece.

Leandro: oi pessoal. Desculpem o atraso. Mas vocês não vão acreditar no que aconteceu hoje.

Melissa: eu espero que seja por um bom motivo.

Léo: a Valéria apareceu no estacionamento da empresa, e atirou-se ao capô do meu carro.

Eva: o que??? Porque? Ela está bem?

Kiara: ela só pode estar louca.

Léo: isso mesmo Kiara. Ela atirou-se ao capô, e insistia dizer que eu tinha de a amar.  Eu me aproximei dela aos poucos, e quando pude tirá-la de lá percebi que ela estava bêbada.

Eridane: e então? O que você acha que deve ser feito?

Léo: ainda não sei meu. Mas que devemos estar atentos, nós devemos.

Eva: vê-se claramente que ela é obcecada por todos nós. Ela nos odeia.

Melissa: sim, mas se repararem ela também parece estar apaixonada pelo Leo. Ela faz muitas insinuações para ele Malta. Pensem comigo.

Kiara: precisamos descobrir quem ela é, e porque nos odeia tanto.

Eva: qual é mesmo o nome dela?

Kaíque: Valéria não?!

Eva: estou a falar do sobrenome tonto.

Leo: ah sim, ela se chama Valéria De Almeida Campos.

Kiara: Valéria. Valéria De Almeida Campos. Esse nome te lembra alguém Mel?

Melissa e Eva: Valefanta balofa??? - falamos ao mesmo tempo.

Melissa: então é por isso que ela nos odeia.

Eva: se for mesmo ela, devo admitir que precisou gastar muito dinheiro para ficar tão linda quanto está agora. - brincou com a situação como sempre.

Léo: tá, do que raios vocês estão falando?

Expliquei ao Leandro tudo o que aconteceu entre nós e a Valéria, ele ouviu atentamente e depois disse o que achava.

Kiara: se esse for mesmo o caso, eu acho que somos culpadas por ela ter ficado doente da cabeça.

Eva: eh! Você tem toda a razão. E nesse momento, o que eu quero mesmo é entender o que se passa na cabeça dela.

Eridane: esse é o resultado de vocês se sentirem superior às outras pessoas maninha.

Melissa: eu estou a fazer o que posso para mudar. Você não pode me lembrar disso todos os dias. - digo meio cabisbaixa.

Léo: tem calma amor. Eu estou a amar essa sua nova personalidade e isso é só o que importa tá?!- ele me acalmou de forma tão doce!

Melissa: mas por causa do meu mal comportamento, o meu filho e todos vocês estarão em perigo. - digo chorando.

Essa foi a prova de que se fizermos mal a alguém, tarde ou cedo vamos pagar. E eu não só estou assustada com o que aquela lunática pode fazer com os meus amigos e o meu filho, como também estou muito arrependida por a ter tratado daquela forma. No fundo só sei sentir culpa.

Ela queria entrar no nosso grupo, e eu a humilhei na frente de todos. Eu era popular no colégio, e ela só quis fazer parte do meu grupo.

Ah, como me arrependo!

Eu sei que todos tinham razão, mas o que eu posso fazer se já aconteceu? Se eu pudesse mudar isso...

Kiara: você não foi a única que a insultou. E nós estaremos aqui para te defender do que for preciso amiga. - ela diz e me abraça.

Quando eu ia dizer alguma coisa, a senhora Lúcia entra na sala com uma bandeja de prata.

Lúcia: Olá meninos! Eu trouxe algo para vocês comerem, e também beberem. Não é nada chique, mas fiz com muito amor. Espero que gostem. - ela pousa o prato na mesa, e fica parada ao meu lado.

Seguro a mão dela, e a agradeço.

Melissa: muito obrigada pela gentileza senhora Lúcia. - digo sorrindo para ela com sinceridade.

Lúcia: por favor, não me agradeça. Você é a minha linda nora, e esses são os amigos do meu filho. - apontou para o bando. - faço isso com muito prazer. E por favor, chama-me por Lúcia apenas.

Sorri ao ouvir isso, e depois respondi.

Melissa: tá bem, "Lúcia" . - dei ênfase ao nome dela e ela sorriu.

Lúcia: assim está melhor. Vou deixar-vos a vontade. Qualquer coisa estou na cozinha tá?!

Léo: obrigado mãe!

Conversamos mais sobre assuntos aleatórios, e combinamos esperar até que a Valéria confirmasse as nossas suspeitas. Embora seja difícil porque eu não quero estar desprevenida para ela conseguir o que quer.

Eu não estou disposta a deixar ela vencer essa guerra.

(...)

Eva: a comida estava uma delícia! Eu preciso aprender a receita dona Lúcia.

Lúcia: muito obrigada minha filha. Um dia desses você vem e eu te ensino.

Eva: pode crer!

Despedimo-nos dos pais do Leandro, e do Leandro.

(...)

Estou em casa, propriamente na cama. Não consigo dormir, só de pensar no que ela pode estar tramando contra nós. E acho que isso me fez mal porque comecei a me sentir mal.

Estou com uma dor de cabeça horrível, e os enjoos aumentaram. Vou rapidamente para o banheiro e tiro tudo o que comi até me sentir fraca.

A minha mãe entra no quarto, chama por mim e eu não consigo falar. Apenas tento me levantar, lavo o rosto, e vou devagarinho até a cama.

Ana: filha, o que houve?- falou claramente preocupada.

Melissa: me arranja algum remédio para a dor de cabeça mãe, por favor.

Ana: vou ligar para o médico, você está pálida filha.- fala preocupada.

Depois de algum tempo, o médico apareceu e me examinou.

Médico: ela vai ficar bem...

Melissa: e o bebé? - pergunto o interrompendo.

Médico: ele também Melissa. Mas deves te afastar de problemas que mexam contigo, confusões ou discussões. O bebé só vai ficar bem se você cuidar dele.

Eh, ele tinha razão. Mas também exagerou né?! A minha mãe respondeu por mim .

Ana: eu mesma me encarrego de cuidar dela doutor José Carlos .

Olho para a minha mãe e fico admirada.

O doutor passa uma nova receita. Eu recebo e guardo numa das gavetas. E ele sai do meu quarto acompanhado da minha mãe.

Minutos depois de o ter acompanhado, ela volta e senta na cama ao meu lado.

Melissa: a Alba vai cuidar de mim, já que tens de trabalhar mãe.

Ana: a sua mãe sou eu. E embora eu não seja tão presente, eu ainda me preocupo com você. Por favor, não me julgue. Agora dorme, você precisa descansar.

Fiz o que ela mandou, e dormi.

Amor inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora