capítulo 74

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Eva narrando...

Estou finalmente completa! Há alguns meses eu me sentia incompleta. Não porque o Kaíque que é o meu grande amor, me deixou para lá. Porque ele sempre cuidou bem de mim desde que estamos juntos. Sempre esteve lá para mim incondicionalmente, me amando cada dia mais. Mas depois surgiu novamente o meu pai na minha vida. Eu não queria ter nenhuma relação com ele por tudo o que nos fez passar. A mim e a minha mãe. Mas surgiu algo que fez com que eu viajasse e o voltasse a ver. Nessa mesma viagem, descobri que o meu pai estava com um problema de saúde que possivelmente lhe levaria a morte. Talvez pela terrível experiência que passamos com a Valéria, pensamos na possibilidade de estarem a adulterar a medicação dele. E realmente era assim.

Quando chegamos aqui na capital, decidimos fazer com ele uma série de exames que comprovaram que ele sim, poderia viver mais tempo. E que o problema no coração era ligeiro, embora ainda assim necessitasse de especial atenção.

Tudo isso aconteceu na ausência da Melissa. Ela acompanhou o que pôde por meio da internet e não só. Meses depois aconteceu o que tanto esperamos. O meu casamento seguido do nascimento do meu Enzo. Foi realmente o maior de todos presentes já recebidos. Ele veio para completar a minha vida.

Ele tem os olhos pequenos como os do pai, os olhos azuis claros como os meus e também é loiro como eu. Porém, ele tem cachinhos como o pai dele, e a mesma boquinha. Ele é tão perfeito!

Estou aqui olhando para ele o admirando quando batem a porta do quarto de hospital e eu permito a entrada.

Toc toc ...

Eva: entra!

Gustavo: Olá, meus amores!

Ele chega ao lado da minha mãe e os dois se aproximam da cama para me cumprimentar.

Eva: Olá, pai. Olá, mãe. - sorrio e eles retribuem .

Yuncar: eu ainda não acredito que sou avó. Vocês percebem, avó!- ela fala eufórica e sorri em seguida.

Gustavo: cuidado, senão acorda o bebé. - sussurrou enquanto me tirava o bebé dos braços.

Eva: ah, mãe! Estou tão feliz! Me sinto completa, como nunca me senti antes. - sorrio e pego a mão dela.

Yuncar: você não imagina como eu fico feliz de saber que tu estás feliz, minha filha. E quero aproveitar esse momento para te pedir desculpa por ter te posto de lado depois da separação com o seu pai, filha. - ela fala triste e uma lágrima solitária rola de seu rosto. - eu... Eu não fui um grande exemplo de mãe para ti, mas me surpreendeste com uma conduta exemplar. E de coração desejo que sejas uma mãe diferente de mim, meu amor...

Eva: ah, mãe! Não chores. - a acalmo. - eu também preciso me desculpar quando me deixei levar pelo ressentimento e a mágoa. - falo triste. - vocês me perdoam? - sorrio de leve.

Gustavo: já que estamos a ser sinceros, eu digo que não tens nada que te desculpar. Eu quero mas é que tu me perdoes filha, por ter-vos abandonado quando mais precisaste de mim. - fala triste. - eu sinto tanto quando lembro que você teve de sair de casa aos 18 anos, para ir viver só quando podias crescer...

Já sabendo o rumo da história, o interrompo.

Eva: pai! Pai! Por favor, já chega tá bom?! Não queremos falar mais sobre coisas tristes. Vamos mas é ultrapassar isso, e apostar para um novo começo. Não é meu filho? - falo calma olhando para eles, e depois olho para o meu bebé que está agora nós braços da minha mãe.

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