capítulo 30

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Valéria narrando...

Estou escondida numa das casas do meu pai. Estou aqui depois de ter matado o meu namorado. Não me julguem, precisei me defender.

Estou cansada de estar aqui eu preciso sair. Pego as minhas chaves de casa, e as do carro. Pego também a minha carteira. Nela estão os meus documentos falsos. Quando faço menção de sair, escuto a porta principal ser aberta.

Ellen: vai sair?- perguntou entrando na casa com alguns sacos na mão. Provavelmente compras.

Valéria: sim, não aguento mais estar aqui trancada. - digo me aproximando da porta.

Ellen: estás disposta a correr esse risco?

Valéria: não têm prova contra mim, Ellen. E pra falar a verdade, eu quero descobrir onde está o dinheiro do Jairo. Eu sei que ele estava com outra, só não sei ainda quem é essa outra.

Dito isso, vi a Ellen ficar pálida.

Valéria: você sabe de alguma coisa? Se sabe, comece a falar Ellen . Você sabe que eu posso te matar sem cerimônia. - ameaço.

Ellen: deixa de ser paranóica Val. Claro que não sei de nada. Se soubesse te diria, você é minha amiga não?! Na verdade a minha única amiga .

Valéria: uhum. - digo desconfiada e saio.

(...)

Pai: o que raio fazes aqui?

Ele diz depois de eu entrar sem bater no apartamento dele, e o encontrar com uma prostituta qualquer.

Valéria: pai eu preciso da sua ajuda.

Ele faz sinal para a moça se levantar, ele se endireita no sofá e começa a falar.

Pai: olha aqui menina, eu acho que estou a te ajudar demais para o meu gosto. Estou a cobrir os teus gastos, e isso não é qualquer coisa.

Valéria: é o seu direito cuidar de mim. Afinal, é o meu pai.

Pai: fala rápido. O que tu queres?

O meu pai é o único que me mima. Ele dá tudo o que eu quiser. Bom, pelo menos enquanto estiver nas minhas mãos. Ele fará tudo o que eu quiser, em troca de guardar o segredo sujo dele.

Valéria: preciso de dinheiro pai. Eu preciso me vingar de todos os que riram da minha cara. Preciso de dinheiro para pagar alguns homens para uma ideia que tive.

Pai: o que você comeu antes de vir aqui? Tá louca? Acha mesmo que eu vou arranjar algo assim para ti?

Valéria: mas pai! Eu sou sua filha, e você precisa fazer tudo o que eu mandar.

Pai: Valéria vai embora por favor. Eu depois ligo para ti.

Me aproximo dele e o beijo na testa.

Valéria: pensa que tudo isso beneficiará a sua filha adorada. A única que se importa com você.

Pai: a sua irmã foi lá no meu escritório. - ele diz depois de algum tempo calado.

Valéria: o quê? O que ela queria?

Pai: bom, ela queria saber se eu sabia algo de ti. Ela e a sua mãe estão preocupadas. Você precisa ir lá ter.

Valéria: eu não vou a lado nenhum pai. O que elas quereriam comigo? - falo inquieta.

Pai: ah! Eu não sei Valéria. - ele suspira e se aproxima devagar. - mas é a sua mãe.

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