Capítulo 47

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Valentina ligou para confirmar a saída com Gabriela e logo para convidar Sandra que ainda hesitou um pouco, pois ainda lhe doía a morte de Alberto, mas a amiga a convenceu de tentar se divertir dizendo que ele não gostaria de vê-la assim. Depois que foi tudo combinado, Valentina deu de mamar a João Miguel e fez um leite normal, deixando dentro da geladeira para o caso dele se acordar sem ela ter chegado, e finalmente foi se arrumar. Ela tomou um banho rápido e colocou um vestido longo azul escuro com mangas fofas e um salto preto. Após tentar vários penteados e nenhum lhe agradar, ela simplesmente o amarrou para cima, deixando metade preso e a outra solto como de costume e no rosto fez apenas uma maquiagem própria para a noite. Quando terminou e gostou do que viu, pegou sua bolsinha com celular e chave do carro e a babá eletrônica, dando um beijo no filho antes de procurar Cecília.

− Mamãe? Estou indo. Aqui está a babá eletrônica, ele já comeu e dormiu, mas se acordar, tem leite pronto na geladeira, só basta esquentar. Qualquer coisa me liga que eu venho correndo e eu prometo que vou voltar cedo. – Valentina falou entregando o rádio da babá eletrônica a Cecília.

− Vai tranquila, filha, eu sei cuidar dele. Você está linda. – Cecília sorriu, abraçou Valentina que também sorria, mas logo a soltou, segurando apenas suas mãos. – Divirta-se e acho que nem preciso dizer para não dirigir nem mesmo se tomar um copo de bebida alcóolica porque você não vai beber.

− É, tem meu filho e eu não pretendo desmamá-lo tão cedo. – Valentina riu.

− Então sua bênção. – Cecília fez o sinal da cruz na testa de Valentina que beijou sua mão no final. – Vai com Deus.

− Amém. Te amo. – Valentina beijou o rosto de Cecília e saiu rápido.

Valentina desceu a escada já mandando mensagem para Gabriela e Sandra e saiu de casa, entrando em seu carro e partindo em direção à boate Sens, justamente a mesma que conheceu José Miguel. Ela suspirou ao se lembrar desse detalhe, mas não podia fazer nada, afinal era o lugar mais bem frequentado da região, onde tinha costume de ir e não queria se arriscar a ir em outra e ter coisas erradas além da conta, já que na Sens, era raro serem encontradas substâncias ilícitas, ou escondiam muito bem ou não levavam. Para afastar os pensamentos, Valentina ligou o som do carro e quando menos esperou, estava estacionando em frente à boate, onde encontrou já Gabriela e Sandra a esperando. Depois de longos abraços, principalmente em Gabriela que não via há mais tempo, e das devidas apresentações, elas entraram na boate e se sentaram na mesa de som perto do bar. As duas pediram vodka e Valentina apenas um suco de morango, da fruta mesmo e sem leite, pois tinha até que regular sua alimentação para não prejudicar João Miguel, mas nem se preocupava e se divertia como quando bebia álcool, seu filho vinha em primeiro lugar em tudo. Gabriela logo perguntou sobre como tinha sido a vida de Valentina durante aquele tempo e ela fez um breve resumo, deixando a amiga surpresa pelo rompimento do noivado com Alonso, já que para todos, incluindo Valentina, seria uma relação eterna. Sandra também se abriu, contou como estava difícil superar a morte de Alberto e as amigas lhe deram forças, dizendo que o tempo curava até a pior das feridas. Mesmo com o grande barulho da boate, elas conseguiram desabafar umas com as outras e incluíram Sandra naquela irmandade entre Gabriela e Valentina, já que pelo visto ela também se tornou muito importante para a amiga enquanto esteve grávida.

− Mas, gente, ninguém vai dançar aqui hoje não? – Gabriela perguntou tentando animar Valentina e Sandra. – A Valentina, eu sei que não, porque é uma luta para sair da cadeira. – ela zombou da amiga, rindo. – Mas e você, Sandra, se anima?

− Deixa de ser chata, Gabriela. – Valentina riu, jogando uma bolinha de guardanapo em Gabriela. – Vão na frente, eu vou terminar meu suco e ligar lá para casa para saber do João, depois encontro vocês.

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