Adicta A Ti

Epílogo - Parte 3

ANOS DEPOIS

Valentina e José Miguel não poderiam estar mais felizes. O transplante de João Miguel tinha dado certo, para a alegria de todos. Ele tinha se tornado um belo garoto de doze anos, completamente saudável e era muito inteligente e amoroso. Alana também era uma criança feliz, bastante esperta para os cinco anos de vida e apaixonada pelos pais e o irmão. Valentina continuava trabalhando no hospital, finalmente tinha terminado sua especialização e tratava de crianças com doenças genéticas no sangue, conquistando cada vez mais reconhecimento e prêmios até em outros países. Quem também estava realizado na vida pessoal era José Miguel que tinha se formado em Psicologia e atendia no mesmo hospital que a esposa, ele viu que Valentina sempre esteve certa em dizer que o conhecimento trazia uma grande satisfação pessoal, além do grande amor que tinha por sua família. Naquele dia, Valentina teve um plantão de doze horas no hospital e chegou em casa, cansada, se deparando com José Miguel estudando com João Miguel e de olho em Alana que brincava na sala.

− Mamãe! – Alana gritou animada e correu para Valentina.

− Oi, meu amor. – Valentina largou sua maleta e se abaixou para abraçar Alana.

− Vem ver o que eu fiz, mamãe. – Alana falou, vendo Valentina já de pé e a arrastou pela mão até o sofá, onde ela brincava.

Valentina sorriu ao ver as massinhas de modelar que Alana tinha formado coisas que ela não conseguiu identificar o que eram, mas ela adorava incentivar a filha a criar e descobrir novas coisas, assim como fez com João Miguel.

− Que lindo, filha, você está cada dia mais esperta. – Valentina beijou o rosto de Alana que sorriu. – A mamãe vai dar um beijo no papai e no maninho, ok? – ela se levantou, colocando as massinhas em cima da mesa de centro com cuidado.

Alana assentiu e Valentina foi até a mesa de estudos que estava cheia de livros abertos e José Miguel e João Miguel liam concentrados.

− Como estão os homens da minha vida? – Valentina abraçou José Miguel e João Miguel ao mesmo tempo, dando um selinho no marido.

− E aí, mãe? – João Miguel fez um toque com Valentina com as mãos.

− Como vão os estudos por aqui? – Valentina perguntou, olhando os cadernos.

− Estão indo bem, mas o papai deixou a atividade de inglês para você corrigir porque ele não sabe. – João Miguel deu risada.

Valentina também riu e José Miguel revirou os olhos. Sua mulher e João Miguel sempre tiravam sarro dele porque não importava o quanto ele estudasse, ele não aprendia nenhum outro idioma.

− A mamãe vai só tomar um banho e olha.

− Posso ir com você, mamãe? – Alana ouviu Valentina falando e pediu.

Alana adorava tomar banho de banheira com Valentina, pois ela inventava várias brincadeiras durante o banho.

− Pode, mas tem que ser rapidinho porque temos que jantar, tudo bem? – Valentina falou e Alana assentiu, segurando sua mão.

− Nós vamos arrumar a mesa. – José Miguel falou, dando outro beijo em Valentina.

Valentina assentiu e foi para o quarto com Alana, se despindo junto com ela. Como ela disse, o banho foi rápido, mas igualmente divertido e depois do jantar que foi entre conversas sobre o dia de toda a família, a mulher viu o exercício de João Miguel que estava correto e o casal colocou a filha para dormir, logo indo para o próprio quarto e se deitando, abraçados.

− Essa vida é tão cansativa, mas tão perfeita, não é? – José Miguel suspirou pensativo.

− Sim, parece um sonho que estamos juntos e temos dois filhos lindos. – Valentina sorriu.

− Eu confesso que achava que isso não era para mim até encontrar você e ver que era tudo que eu precisava para ser feliz. – José Miguel sorriu, segurando o queixo de Valentina e a beijando.

José Miguel ficou por cima de Valentina, tornando o beijo mais quente e já passeava com as mãos por dentro da camisola dela quando ambos ouviram um barulho na porta e se afastaram, tentando se ajeitar rápido.

− Mamãe, papai, posso dormir com vocês? – Alana perguntou manhosa, segurando um ursinho branco.

Valentina encarou José Miguel que fez careta, colocando um travesseiro no meio das pernas para disfarçar o volume. A parte difícil de ter filhos era essa, a complicação de ter um tempo a sós com a mulher porque as crianças sempre vinham em primeiro lugar.

− Claro que pode. – Valentina forçou um sorriso.

Alana se jogou no meio dos pais e pediu para que eles a abraçassem. Minutos depois, a menina já ressonava, mas Valentina e José Miguel continuavam acordados olhando para o teto. Eles sentiam um calor muito grande no corpo e estarem no mesmo quarto sem poderem se tocar não ajudava em nada. O homem até cogitou a ideia de deixar a filha no quarto depois que ela adormeceu, mas se a conhecia bem, ela se acordaria no meio do caminho e pediria para voltar para dormir com eles. De repente, ele pensou em outra solução e se levantou animado, jogando o travesseiro na cama com cuidado e fazendo Valentina o olhar estranhamente. Ele fez sinal para o banheiro e correu para lá, deixando a porta aberta. Valentina riu em silêncio e se desvencilhou de Alana devagar, correndo atrás do marido e trancando a porta, já sendo recebida com um beijo quente. Às vezes era até excitante se comportarem como dois adolescentes fugindo do perigo como era antes quando se amavam às escondidas. No amor, existia solução para tudo, eles aprenderam isso há anos atrás e colocavam em prática sempre que tinham a oportunidade, seja para resolverem questões sérias ou simples travessuras de casais apaixonados.

                                                                                   ~ * ~

Agora sim chegamos ao fim de mais uma história! Obrigada a todxs que acompanharam, por cada comentário e surto com minha pessoa (KKKKKKK). 

E aconteceu algo inédito, eu terminei a outra história há meses atrás e por isso já vou começar amanhã, porém atendendo a pedidos, algumas histórias agora serão com HM como um casal, mas não pensem que me esqueci de HC, já tenho algumas histórias planejadas para eles, como sei que vocês gostam. Espero vocês nas próximas <3