Capítulo 61

71 5 8
                                    

Leia escutando:

Quando Rogério e Cecília saíram do aeroporto, não encontraram mais José Miguel que já tinha ido embora feito um louco naquela moto com aquele trânsito da Cidade do México enquanto as lágrimas tomavam conta da sua visão e as lembranças se faziam presentes em sua mente.

José Miguel a observava de longe até que decidiu ir até ela e caminhou a passos rápidos, livrando-se das pessoas pelo caminho e ignorando as reclamações de quem ele esbarrava sem tirar os olhos de Valentina, pois não queria perdê-la de vista. Ele chegou por trás dela e a abraçou, fazendo com que ela se assustasse e tentasse se soltar imediatamente.

José Miguel nem sabia o que tinha lhe dado naquele dia que ele terminou ficando obcecado por Valentina, desejando provar daqueles lábios e de tudo mais nela, achando que apenas uma vez seria suficiente para saciar sua vontade. Doce ilusão, se dali em diante soubesse que a mulher se tornaria o ar que ele respirava... O que estava pensando? Com certeza faria tudo igual.

Em um dia normal, Valentina caminhava pelos corredores do seu cursinho, pronta para ir para a primeira aula do dia, quando de repente foi arrastada para o banheiro feminino e antes que pudesse reagir ou ver quem fazia aquilo, ela foi jogada em uma das cabines e só então pôde ver quem era, abrindo a boca surpresa. Era ele, o homem da boate.

− Saudades de mim, Valentina? – José Miguel perguntou de forma sedutora e falou o nome de Valentina bem devagar.

− O que faz aqui? Como sabe o meu nome? – Valentina empurrou José Miguel e caminhou para longe dele.

− Acredite ou não, esse nosso encontro também foi por acaso, o meu amigo estuda aqui e eu vim deixá-lo, quando te vi ao longe não pude deixar de te cumprimentar, não é? – José Miguel sorriu irônico. – E eu sei tudo sobre você, Valentina Villalba, filha de Rogério e Cecília Villalba, herdeira do hospital Cruz Roja.

− E também deve saber que sou comprometida. – Valentina cruzou os braços.

− Isso você mesma deixou bem claro na noite em que nos conhecemos, mas acontece que eu não consigo te esquecer. – José Miguel voltou a prender Valentina na parede e a beijou.

José Miguel tinha jurado que só pensaria em Valentina para sexo e nada mais, mas vendo-a tão apaixonada como ela se mostrava ser pelo noivo, ele passou a pensar como seria se todo aquele amor fosse para ele, como seria ser o dono do coração da bela Valentina Villalba? A mulher tentou reagir ao beijo, mas terminou abrindo a boca e retribuindo o beijo de José Miguel. Ele se colocou entre as pernas dela enquanto acariciava suas costas por dentro da blusinha rosa que ela usava.

E a mania de Valentina querer resistir sempre a José Miguel mesmo sabendo que não conseguiria? E mesmo descobrindo quem ele era e o que fazia de verdade, ela não desistiu dele até aquele momento.

− Pode começar o seu discurso de arrependimento. – José Miguel se manifestou depois de minutos, também se levantando e colocando a roupa.

Valentina olhou para José Miguel, confusa, mas ele voltou a falar.

− Porque cada vez que acontece algo entre a gente, você sai arrependida e culpando somente a mim quando nunca te forcei a nada.

Valentina suspirou. Se existia algum culpado naquela história eram os dois, ele por ir atrás dela e ela por sempre ceder.

− É que isso é muito estranho. – Valentina bufou, abrindo os braços. – Até dias atrás, eu jurava ter uma vida perfeita com um homem perfeito ao meu lado, mas de repente, depois de uma noite maluca, eu me vejo aqui com outro homem que me tira o fôlego a cada vez que se aproxima.

Adicta A TiOnde histórias criam vida. Descubra agora