Capítulo 18

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Valentina e José Miguel entraram juntos no morro e subiram direto pelo homem ser morador de lá. Eles andaram por alguns becos que ela reconheceu da vez que esteve no lugar com Alonso, até que foram parar em uma espécie de laje pouco iluminada, onde várias pessoas dançavam e bebiam. Valentina olhou ao redor se aliviando ao ver que realmente ninguém parecia estar se drogando.

− José Miguel, que bom que você chegou! E trouxe a novinha. – Alberto brincou, abraçando José Miguel de lado.

Alberto era um belo rapaz de olhos azuis e longos cabelos castanhos. Era o chefe do tráfico e como José Miguel, não teve oportunidades melhores na vida, visto que essa foi a única herança que seu pai o deixou antes de morrer vítima de um tiro em uma operação policial.

− Como vai, Alberto? Essa aqui é minha noiva, Valentina. – José Miguel falou sorrindo.

− Oi, Valentina, prazer. – Alberto cumprimentou Valentina com dois beijinhos no rosto.

− O prazer é todo meu. – Valentina sorria simpática.

− Se deu bem, hein, José Miguel? É uma gatinha. – Alberto brincou, fazendo Valentina rir e José Miguel negar com a cabeça, sorrindo.

− Liga não, amor, ele é assim mesmo.

− Imagina, adoro pessoas brincalhonas. – Valentina falou ainda rindo.

− Está vendo, José Miguel? A gatinha é mais simpática que você. – Alberto continuou brincando e José Miguel deu um tapa na cabeça dele, fazendo Valentina gargalhar. – Fica à vontade, viu, Valentina? Quer uma cervejinha?

− Ela está grávida, mané. – José Miguel arregalou os olhos.

− Ai, verdade, desculpe, Valentina. – Alberto falou sem graça e Valentina sorriu, dando de ombros, indicando que estava tudo bem.

Como seu melhor amigo, Alberto foi o primeiro a saber que José Miguel se resolveu com Valentina e que seria pai, lhe dando a maior força para ele se ajeitar na vida e oficializar o compromisso. Ele era todo errado, mas não queria que seu amigo fosse no mesmo caminho.

− Mas tem refrigerante aí, água, o que você quiser. – Alberto apontou um frigobar no canto.

− Eu acho que vou querer uma água, obrigada.

− Pega para ela, José Miguel. – Alberto pediu.

José Miguel foi até o frigobar, o abrindo e pegando uma garrafinha para entregar a Valentina que sorriu em agradecimento, destampando a garrafa e bebendo pelo gargalo mesmo, deixando todos admirados, pois apesar de ser rica, ela não tinha cerimônia com nada. De repente, José Miguel e Alberto ficaram tensos ao verem Ronaldo se aproximar sério. O chefe também sabia dos problemas que ele causou entre Valentina, José Miguel e Alonso.

− Anda frequentando festa de pobre, Valentina? – Ronaldo perguntou irônico.

− Como está, Ronaldo? – Valentina sorriu por educação.

− Eu estou bem, já o meu irmão, não posso dizer o mesmo por culpa de você sabe quem. – Ronaldo continuou com as ironias.

− Já chega, Ronaldo. – José Miguel falou sério, abraçando Valentina pela cintura, protetoramente.

− Mas eu nem comecei. – Ronaldo riu. – Foi por culpa dessa mulher aí que a vida do meu irmão está acabada e que nós deixamos de ser amigos. – ele se aproximou de Valentina e colocou o dedo na cara dela. – Está feliz, sua vagabunda?

José Miguel não aguentou e colocou Valentina atrás de si, acertando em cheio um murro no olho de Ronaldo, fazendo a moça gritar assustada e Alberto segurar o amigo pela camisa, o impedindo de revidar.

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