A luz da morte.

Amigos e não inimigos

Inferno,

A maldita cortina está aberta e a luz do sol invade com raiva meu quarto me obrigando a levantar mesmo sem querer.

- Hoje é sábado dia de dormir até mais tarde

Murmuro desanimada enquanto caminho até o banheiro para fazer minha higiene matinal, uma vez que fiz saio do quarto em busca de café, amarro meu cabelo em coque no topo da cabeça enquanto caminho até a cozinha do meu apartamento.

A campainha ecoa pelos ambiente e eu tenho que me controlar para não gritar ao ouvir o som, quem iria vim me visitar tão cedo?

Sei nem que horas são mas para mim e para o processamento do meu cérebro é cedo.

Dimitri com toda sua graciosidade e postura intimidante está em pé com uma caixa preta nas mãos e uma expressão séria que quase, quase me faz temer, deixo a porta aberta para que ele entre e volto a andar até a cozinha sentindo ele caminhar atrás de mim.

- Há que devo a honra da visita Romanoff?

Coloco os grão de café na cafeteira e ligo antes de me virar para ver o homem no qual infelizmente terei que me casar.

- Recebi um presentinho hoje pela manhã!

Caminho até a geladeira e pego alguns ingredientes para fazer um sanduíche, coloco tudo no balcão junto a uma garrafa de suco.

Diabinha, precisei sair para uma boate no centro pensei em te convidar mas você me parecia tão cansada que optei por deixá-la dormir em paz, não me espere para o café da manhã provavelmente não voltarei antes do meio dia, sabe como é depois de uma noite de muito álcool e sexo né? Bom dia!

O bilhete com as letras do Clark estava em um papel grudado na geladeira.

- Qual o conteúdo do presentinho?

Pego o pão e começo a montar o sanduíche, viro para a cafeteira e coloco em duas xícaras dando uma a Dimitri antes de me sentar em um dos bancos próximo ao balcão

- Veja por si só.

Empurra a caixa preta em minha direção e eu bato as mãos uma na outra para tirar a sujeira, mastigo lentamente enquanto abro a caixa

Fotos, fotos minhas juntos a Clark, juntos a Damian, as que me chamaram atenção foi as de que eu estava com Dimitri já que o cenário era na minha garagem, na noite em que ele veio me dá o anel de noivado a mesma noite do incêndio no prostíbulo.

Primeiro e último concelho: Afaste-se dela ou pague as consequências.

Olho para Dimitri e posso ver a raiva em uma névoa bruta brilhar em seus olhos, volto a atenção para meu café da manhã e movimento os ombros em desdém.

- Uma caixa bonita, fotos e um bilhete com ameaça? Muito criativo, estou tão impressionada que minha fome aumentou.

Dimitri puxa um banco próximo a mim e senta olhando fixamente para meu rosto

- Você não está preocupada?

Dou de ombros e continuo a mastigar sem pressa nenhuma e ele espera minha resposta pacientemente focado em cada reação minha

- Não é a primeira vez que me ameaçam amor e acredito que você também não esteja sendo ameaçado pela primeira vez.

Ele sorrir de lado e concorda com a cabeça

- Uma vez que eu colocar as mãos em quem quer machucar a mim e ao que eu amo, as coisas ficaram tão quentes como o inferno.

Dou um longo gole no líquido quente que preenche a xícara e Dimitri faz o mesmo, minha resposta parece ter feito ele relaxar.

- Vamos trazer o inferno a terra então?

Levanto uma sobrancelha diante de sua fala

- Vamos?

Recebo um revirar de olhos em troca

- Coração, podemos não está nos casando por essa merda toda de amor e romance e sei bem que você seria capaz de esmagar os corações deles com suas próprias mãos!

Uma pausa para um gole grande de café

- Mas você se tornará a minha senhora, minha esposa embora eu não precise pois você consegue se proteger sozinha eu estarei disposto a lutar com você.

Com você e não por você.

- Não quero que você se torne minha submissa como você pensou em uma noite ou duas atrás, quero que você seja minha companheira que lute contra meus inimigos comigo igualmente lutarei contra os seus com você, coração, podemos está nos cansado para firmar uma aliança idiota entre famílias para evitar uma guerra futura, mas não quero que você me considere seu inimigo, não estou pedindo que você se apaixone por mim eu só quero que sejamos, companheiros e talvez, amigos? Amigos que se protegem e que estará pronto para lutar e encarar uma guerra em pró de ajudar o outro?

Nem em um milhão de anos, se me dissessem que Dimitri Romanoff o perverso, o cara mais sanguinário do mundo sombrio, o cara que ninguém nunca viu sorrir ou que fala apenas o necessário quando é extremamente necessário

Estaria na minha cozinha bebendo café em uma xícara vermelha coração e dizendo tais coisas, eu iria acreditar e se ele não tivesse dito isso diretamente para mim, para o inferno se eu iria conseguir algum dia imaginar essa cena

Pisco ainda surpresa e concordo com a cabeça

Os casamentos na máfia é para além da morte já que só podemos nos casamos uma única vez em toda nossa existência e embora eu tivesse planejado colocar veneno em umas das refeições dele uma vez que estivéssemos casados, eu devo admitir que uma relação de amizade entre nós dois seria muito mais proveitosa, não um contra o outro mas um ao lado do outro lutando e destruindo aquele que ousar se meter em nossos caminhos.

- Concordo com seus pontos Romanoff.

Seus olhos azuis brilham em minha direção, minha capacidade em leitura corporal me faz pensar que ele ficou feliz com minha resposta

- Mas?

Um sorriso sombrio desenha meus lábios

- Lutaremos juntos nessa maldita guerra que é viver mas eu espero que você saiba que se por algum motivo de merda você vacilar comigo e ousar tentar trair o voto de confiança que estou te dando eu não irei exitar em passar por cima de você como um maldito trator até que não restasse nada da sua existência além de cinzas.

Ele joga a cabeça para trás em uma gargalhada e depois bate levemente a sua xícara na minha em um delicado brinde.

- Eu não espero menos de Estrela Petrova a assustadora e temida morte!

Um arrepio se instala na minha espinha ao ouvir a forma que meu nome soa em seus lábios, arrepio esse que resolvo ignorar

Romanoff é um dos homens mais bonitos que já vi, seu olhar misterioso e penetrante é de tirar a porra do meu fôlego mas no mundo que vivemos cair de amores por um homem como ele é quase como colocar uma arma carregada nas mãos de um inimigo e confiar que ele não te mate, aceitar a amizade dele já é arriscado suficiente, não irei cometer o erro de me apaixonar, embora eu nunca tenha me apaixonado antes não sou tola o suficiente para dizer que é impossível que aconteça

E por isso com toda força tentarei manter minha relação com Dimitri na linha de sociedade, amizade como ele abordou

Olhando para o homem concentrando em seu café com as sobrancelhas levemente franzidas

Uma amizade colorida talvez?