Carinho e raiva

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A garota que descobrir se chamar Victória caminha lado a lado comigo, posso ver a força que ela está fazendo para não baixar a cabeça diante os olhares que nos rodeavam.

- Victória, quem são seus acompanhantes?

Pego um copo de whisky de um dos garçons eu precisava de algo mais forte que champanhe, no exato momento em que o líquido âmbar queimou minha língua um vulto loiro passou por mim, olhei para Victória que tinha o rosto entre as mãos daquele homem, ele analisava cada centímetro do corpo dela procurando oque tinha de errado, mas foi no momento em que ele colocou ela atrás do corpo dele que eu percebi que ele morreria para proteger ela.

Não se importava se precisaria entrar em uma briga comigo se isso significasse deixar ela segura, eu era a porra da ameaça ali, tão rápido quanto pisquei um casal se aproximou

A mulher com a pele cor chocolate de cabelos cacheados, os olhos negros me olhava de cabeça baixa, o vestido azul turquesa de mangas cumpridas brilhava em contraste com a luz dos lustres do teto, suas finas mãos cruzadas em frente a seu corpo

Submissão

Aquela mulher era uma das milhares de mulheres troféus do nosso mundo, o homem de cabelos em um corte militar na cor castanho escuro me olhava com desgosto, coluna reta mostrava que ele também adoraria me matar mas não por está perto de sua filha e sim por ser mulher e ter mais poder que ele.

Levei o copo de vidro até meus lábios desejando a queimação do álcool

- O que a senhorita está fazendo próxima a minha noiva?

Meus olhos foi para Victória que estava me olhando sob o ombro do noivo, seus cabelos cacheados escondendo praticamente seu rosto todo, seus olhos verdes brilhando em pesar, um pedido silencioso de desculpa.

- Não precisava entrar tanto na defensiva senhores, não quero machucar Victória, muito pelo contrário só quero ajudar!

Os olhos castanhos do pai dela olhou brilhando em descrença para mim e um sorriso sarcástico moldou seus lábios

- Como uma pessoa como você poderia ajudar ela?

Dei um passo para frente meus olhos fixos no homem, a pose de machão caiu por terra quando ele se afastou de mim.

- Uma pessoa como eu? Que tipo de pessoa eu sou senhor?

Um perfume marcante e deliciosa chegou até mim, junto com a voz grossa e rouca:

- Castiel, pense bem no que irá responder. Não irei tolerar que você ofenda minha noiva e eu posso facilmente arrancar sua caixa torácica com as mãos se uma maldita palavra desrespeitosa sair de sua boca!

Um beijo em meu ombro nú denunciou que Dimitri tinha finalmente chegado do meu lado, os pêlos ásperos de sua barba espetando minha pele fazendo uma onda elétrica surgir em minhas veias.

O homem não respondeu, dúvido muito que ele tenha coragem para nos enfrentar.

Viro para o homem loiro de olhos castanhos que ainda estava servindo de escudo para Victória e a nuvem de raiva diminuí quando me dou conta que ele realmente amava ela, fico feliz em saber que ela seria amada e não se tornaria mais uma das mulheres infelizes que tive o desprazer de conhecer, o destino dela seria diferente do da mãe. Felizmente!

- Há um homem provavelmente ainda desmaiado em um dos quartos acima, eu matarei ele ou você cuidará disso?

O aperto que Dimitri deu em minha cintura fez eu olhar para ele ir abrir um sorriso inocente e divertido devido a pergunta explícita em seus olhos tão fodidamente azuis

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