THAYNARA.
RIO DE JANEIRO — RJ.— Pode ficar tranquila mãe, não tem problema, vai tranquila. — falo entregando alguns brinquedos pro Théo.
— Obrigada filha, sério mesmo. — ela me abraça, beija o Théo e pega a bolsa saindo. — Até mais tarde.
Minha mãe teve que ir trabalhar e eu teria que ficar com o Théo, mas minha mãe ficou chateada por eu ter que desmarcar com o Matheus. Ele tinha me chamado pra almoçar com ele e eu topei, essa semana quase não nos vimos por conta da correria, fiz alguns biscates e estava chegando tarde. Depois que consegui da almoço pro Théo, fui ligar pro Matheus.
— Fala morena. — ele fala assim que atende e eu sabia que ele estava sorrindo.
— Oi. — ouvi uma buzina. — Eita, tá dirigindo? Depois eu te ligo então...
— Não pode falar, eu tô parado no sinal agora. E eu ia te ligar agora pra avisar que tô indo aí te buscar.
— Eu vou ter que ficar com o Théo de última hora, desculpa Matheus. Hoje não vai ter como...
— Não tem que se desculpar não gatinha, e outra, se você quiser a gente leva ele. — ele me interrompe.
— Sério? — sorrir animada.
— Sério, eu vou aí buscar vocês, e a gente vai em algum lugar mais calmo por conta dele também.
— Vou arrumar ele e uma bolsa pra ele então.
— Tá bom gatinha, beijo.
[...]
— Vem garotão. — ele pegou o Théo que gargalhava pra ele sem motivo. — Vamos?
— Sim. — sorri e peguei a bolsa do Théo no sofá.
Saímos de casa, tranquei tudo e dentro do carro o Théo fazia maior farra. Chegamos no restaurante e óbvio que algumas pessoas olhavam pra gente com certeza reconhecendo o Matheus, ele pediu uma mesa mais afastada, fizemos o pedido.
— Aqui o pedido de vocês. — o garçom nos serve.
— Irmão, com todo o respeito. — Matheus chama a atenção do rapaz. — Tem aquela salada de fruta hoje? — garçom assente. — Trás uma pra mim, mas só as frutas mesmo.
O garçom anota, assente e se retira.
— Nem comeu e já tá pedindo sobremesa. — brinco com ele.
— É pro menorzinho aqui. — ele alisa o cabelo do Théo que assistia algum desenho no telefone dele. — Tu disse que ele já tinha almoçado e tal né.
Assenti e voltei a comer, assim como ele.
— Como tá os treinos? — pergunto quebrando o silêncio.
— Tá tranquilo, eles tem puxado bastante no nosso pé mas é preciso né. — assenti.
— Eu vi os últimos jogos. — ele sorrir pra mim. — Não entendo muito, mas você tem se saído muito bem. Não sai da boca do povo na internet, elogios e mais elogios.
— Tenho trabalhado muito pra isso preta. — ele fala leve. — E o curso? Como tá?
— Tá indo tudo bem. Fiquei de recuperação em uma prova lá, mas já vou fazer semana que vem.
— Ih, prova difícil? — fiz sinal de mais ou menos. — Ué, e tu ficou de recuperação? — dei risada.
— Eu não tinha estudado, trabalhei a semana toda, então não tive tempo. Não tava preparara pra prova, mas agora já estou.
— Vai gabaritar o bagulho lá. — ele falou sorrindo. — Tu é inteligente pra caraca pô.
— Tenho um convite pra você.
Lembro do evento do curso, e eu tinha até falado com a Madu sobre chamar ele.
— Já topei. — ele fala me fazendo rir.
— Vai ter um evento lá no curso. Vai ter várias barraquinhas, tipo uma feira, só que vai ter os estudando dando conselhos, dicas... — ele assente me olhando atendo. — Vou ficar feliz se você for.
— Então tu vai ficar, claro que eu vou. Cada avanço teu eu quero tá contigo.
— Você é demais. — ela segura minha mão. — E o Ramom também vai, a Madu chamou ele.
— Esses dois não se desgrudam mais né.
Terminamos de almoçar, e o Matheus deu a salada de frutas pro Théo, ele foi pagar a conta, e voltou com a idéia de levar o Théo em algum parquezinho e eu topei.
— Ele tá se divertindo horrores. — falo olhando pro Théo que brincava com uma menininha que ele tinha simpatizado aqui no parque.
— Tá mesmo, vê se ele vem contigo pra gente ir ali na sorveteria.
Fui lá e foi bem fácil de trazer o Théo, foi na sorveteria e de lá fomos pra casa, o Théo dormiu no meio do caminho e quando chegamos em casa o inferno estava armado.
— AONDE VOCÊ TAVA COM MEU FILHO? — Maurílio grita logo assim que vê a gente entrando.
O Théo se assustou e acordou chorando demais.
— Que isso cara, assustando o moleque. — Matheus fala segurando a mão do Théo.
— Não se mete moleque.
— Me meto sim, porque não tem necessidade disso.
— Matheus deixa. — falo tentando amenizar e acalmar o Théo. — Calma neném, a irmã tá aqui.
— EU QUERO SABER AOND...
— Irmão, primeiro tu para de gritar. — Matheus fala já nervoso.
— Gente, o que tá acontecendo aqui? — escuto a voz da minha mãe do meu lado.
— Thaynara saiu com esse moleque e ainda levou o meu filho.
— O teu filho tava comigo porque, a minha mãe foi trabalhar enquanto você tava na farra. E ele estando comigo, eu levo ele pra onde eu quiser. — a minha mãe pegou o Théo tentando acalmar ele.
— Você fala direito comigo. — ele dá um passo pra frente e o Matheus faz o mesmo.
— Olha, tu me chamar de moleque, falar que não confia em mim, me tratar do jeito que me trata, cara suave. — Matheus fala mais calmo. — Mas tu falar com ela desse jeito eu não vou aceitar, tu tá fazendo tempestade em copo d'água.
— VOCÊ... — Maurílio grita e vai pra cima do Matheus que não se meche.
— MAURÍLIO. — minha mãe grita e ele para.
— Eu não vou discutir ou brigar contigo, eu respeito a casa da tua família.
Ele vira pra mim e sela minha boca.
— Tchau preta, qualquer parada me liga. — assenti e abracei ele.
— Quando chegar avisa amor. — ele assentiu e sorriu me selando de novo. — Obrigada pelo dia. — ele pisca pra mim.
— Tchau tia. — ele abraça minha mãe, que devolve o abraço. — Tchau garotão. — ele beija a cabeça do Théo.
— Tchau meu filho, vai com Deus.
— E tu pode ter certeza que tu não bota mais teus pés aqui. — Maurílio fala.
Matheus saiu fechando a porta.
— Maurílio que palhaçada é essa? — minha mãe pergunta e ele aponta pra mim.
— ESSE MOLEQUE NÃO ENTRA MAIS AQUI.
— Veremos. — falo olhando pra ele. — Mãe tô indo pro quarto, qualquer coisa me chama.
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beijinhos!!!!!
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