capítulo 14.

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MATHEUZINHO.
RIO DE JANEIRO — RJ.

— Fala meu amor. — atendo a ligação da Madu.

— Matheus, falou com a Thay hoje?

— Não Madu, ela não me respondeu. Mas pra mim ela tava contigo aí na aula.

— Não, ela nem veio pro curso, ela tá passando mal, a mãe dela me avisou.

— E por que não falaram comigo? — levanto atrás da minha blusa.

— A Thay não queria te preocupar. — a voz dela sai baixa. — Eu só tô falando porque eu sei que você não vai se importar em ir lá dá uma força.

— Pode deixar Maria, eu tô indo pra lá, e eu te dou notícias dela.

Desliguei, e vesti minha blusa pegando a chave do carro, trânsito estava uma desgraça, o trajeto que normalmente eu levo uns quarentas minutos pra chegar, hoje eu fiz quase uma hora. Cheguei na casa dela, e fui logo tocando a campanhia, mas nada. Toquei de novo e ouvi uns passos lá e logo o Maurílio abriu o portão.

— Eu vim vê a Thayn...

— Thaynara tá pra visita hoje não jogador. — ele tenta fechar o portão, mas eu seguro.

— Não vim fazer visita, eu vim vê ela pra saber como ela tá.

— Maurílio deixa ele entrar. — a mãe da Thay apareceu ali e eu passei por ele indo até ela.

— Oi tia. — abraço ela. — O que aconteceu? A Madu falou que ela tava passando mal, eu vim saber.

— Ela tá melhor, vem entra. — entro e sigo ela até a cozinha. — Ela acordou hoje reclamando de dor e tonturas, e mais tarde um pouco tava reclamando dos zumbidos.

— Então isso é da Otosclerose?

— É filho.

— E tem que levar ela no hospital, ou sei lá, fazer alguma coisa?

— Não filho, não precisa não. É só deixar ela quietinha, que passa. — assenti mas aliviado. — Pode ir lá vê ela.

Sai dali e fui até o quarto dela, abri a porta e vi ela deitada enrolada no cobertor, fechei a porta e fui até a cama dela sentando do lado dela que se mexeu assustada levantando.

— Oi. — falo baixo, fazendo um carinho no rosto dela.

— Oi. — ela reaponde baixinho. — Não te esperava aqui hoje, ainda mais na tua folga.

— A Madu ligou pra tua mãe pra saber de você, aí tua mãe contou que tu não tava bem, aí ela me ligou e eu vim te vê, saber como você tá. — ela fica quieta. — Por que não quis me avisar?

— Não queria te preocupar, e incomodar tua folga.

— Faz mais isso não, tu não me incomoda nunca.

— Tá bom. — ela sorrir fofa.

— Mas como você tá agora?

— Eu tô bem, eu tô melhor. Acordei com um pouco de dor e tonturas, mas é normal por conta da...

Ela desvia o olhar, e desconfie que ela tinha ficado com vergonha.

— Ei, não precisa disso. Tu não tem que ficar assim comigo e nem com ninguém. — ela me olha e eu vejo os olhos marejados. — Vem cá. — abro os braços chamando ela para um abraço.

Ela se aproximou e me abraçou deitando no meu ombro.

— Eu detesto ser assim. — ela fala depois de uns segundos em silêncio. — Detesto.

— Não fala isso amor. — aperto o abraço e escuto o soluço dela. — Você não pode pensar assim Thay, não pode.

— Eu tô cansada.

— A gente pode vê a melhor forma pra resolver isso. — faço um carinho no cabelo dela.

— Não quero te enfiar nisso. — ela fala baixo. — Eu só tenho que esperar ser chamada pra cirurgia.

— Você sabe que eu posso te ajudar...

— Sei, mas eu não quero, se não tivesse outra opção tudo bem, eu pensaria. Mas tem outra opção.

— Tá bom Thay, tu que sabe, eu tô aqui do teu lado te apoiando, respeitando tua decisão.

— Obrigada. — ela solta o abraço, e me beija.

Ela cortou o beijo com alguns selinhos, me ajeitei na cabeceira da cama e ela se aconchegou em mim, não demorou e ela estava dormindo. Ajeitei ela na cama, e sai do quarto. Na sala estava a tia e o Théo.

— Fala garotão. — falo e o Théo oha pra mim já rindo, vem engatinhando e eu peguei ele. — Cheirosão em moleque.

— A Thay dormiu? — a tia perguntou e eu assenti. — Você me desculpa o Maurílio.

— Ih tia, tem motivo pra se desculpar não. Ele não gosta de mim, e ninguém tem culpa. — sento do lado dela com o Théo no colo.

— Ele cismou com você, pelo fato de você ser jogador. — ela fala sem jeito. — Diz ele que você só quer bagunça, que só quer brincar com a Thaynara e blá blá blá.

— Tia, longe de mim fazer umas paradas dessas.

— Fica tranquilo, eu vejo o jeito que você trata a minha filha e é perceptível que você não é desses.

— A senhora pode ficar despreocupada com essa questão.

— Eu tô. — ela sorrir. — E você tá convidado pra jantar com a gente hoje.

— Ih, mas teu marido vai gostar disso não.

— Maurílio vai trabalhar de segurança hoje, só chega amanhã de manhã. E mesmo se ele tivesse, eu te convidei, ele não tem que se meter.

— Já que é assim... — levanto os ombros. — Obrigado pelo convite. — ela dá risada e levanta indo pra cozinha.




📍oi vidinhas!
Sintomas da Otosclerose; zumbido, vertigens e problemas de equilíbrio são alguns sintomas possíveis da doença, geralmente não se sente dor, mas pode acontecer.

MARATONA 3/3.

NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR, É UM INCENTIVO ENORME E É MUITO IMPORTANTE!
beijinhos!!!!!

Thaynara | MATHEUZINHO.Onde histórias criam vida. Descubra agora