MATHEUZINHO.
RIO DE JANEIRO — RJ.— Fala meu amor. — atendo a ligação da Madu.
— Matheus, falou com a Thay hoje?
— Não Madu, ela não me respondeu. Mas pra mim ela tava contigo aí na aula.
— Não, ela nem veio pro curso, ela tá passando mal, a mãe dela me avisou.
— E por que não falaram comigo? — levanto atrás da minha blusa.
— A Thay não queria te preocupar. — a voz dela sai baixa. — Eu só tô falando porque eu sei que você não vai se importar em ir lá dá uma força.
— Pode deixar Maria, eu tô indo pra lá, e eu te dou notícias dela.
Desliguei, e vesti minha blusa pegando a chave do carro, trânsito estava uma desgraça, o trajeto que normalmente eu levo uns quarentas minutos pra chegar, hoje eu fiz quase uma hora. Cheguei na casa dela, e fui logo tocando a campanhia, mas nada. Toquei de novo e ouvi uns passos lá e logo o Maurílio abriu o portão.
— Eu vim vê a Thayn...
— Thaynara tá pra visita hoje não jogador. — ele tenta fechar o portão, mas eu seguro.
— Não vim fazer visita, eu vim vê ela pra saber como ela tá.
— Maurílio deixa ele entrar. — a mãe da Thay apareceu ali e eu passei por ele indo até ela.
— Oi tia. — abraço ela. — O que aconteceu? A Madu falou que ela tava passando mal, eu vim saber.
— Ela tá melhor, vem entra. — entro e sigo ela até a cozinha. — Ela acordou hoje reclamando de dor e tonturas, e mais tarde um pouco tava reclamando dos zumbidos.
— Então isso é da Otosclerose?
— É filho.
— E tem que levar ela no hospital, ou sei lá, fazer alguma coisa?
— Não filho, não precisa não. É só deixar ela quietinha, que passa. — assenti mas aliviado. — Pode ir lá vê ela.
Sai dali e fui até o quarto dela, abri a porta e vi ela deitada enrolada no cobertor, fechei a porta e fui até a cama dela sentando do lado dela que se mexeu assustada levantando.
— Oi. — falo baixo, fazendo um carinho no rosto dela.
— Oi. — ela reaponde baixinho. — Não te esperava aqui hoje, ainda mais na tua folga.
— A Madu ligou pra tua mãe pra saber de você, aí tua mãe contou que tu não tava bem, aí ela me ligou e eu vim te vê, saber como você tá. — ela fica quieta. — Por que não quis me avisar?
— Não queria te preocupar, e incomodar tua folga.
— Faz mais isso não, tu não me incomoda nunca.
— Tá bom. — ela sorrir fofa.
— Mas como você tá agora?
— Eu tô bem, eu tô melhor. Acordei com um pouco de dor e tonturas, mas é normal por conta da...
Ela desvia o olhar, e desconfie que ela tinha ficado com vergonha.
— Ei, não precisa disso. Tu não tem que ficar assim comigo e nem com ninguém. — ela me olha e eu vejo os olhos marejados. — Vem cá. — abro os braços chamando ela para um abraço.
Ela se aproximou e me abraçou deitando no meu ombro.
— Eu detesto ser assim. — ela fala depois de uns segundos em silêncio. — Detesto.
— Não fala isso amor. — aperto o abraço e escuto o soluço dela. — Você não pode pensar assim Thay, não pode.
— Eu tô cansada.
— A gente pode vê a melhor forma pra resolver isso. — faço um carinho no cabelo dela.
— Não quero te enfiar nisso. — ela fala baixo. — Eu só tenho que esperar ser chamada pra cirurgia.
— Você sabe que eu posso te ajudar...
— Sei, mas eu não quero, se não tivesse outra opção tudo bem, eu pensaria. Mas tem outra opção.
— Tá bom Thay, tu que sabe, eu tô aqui do teu lado te apoiando, respeitando tua decisão.
— Obrigada. — ela solta o abraço, e me beija.
Ela cortou o beijo com alguns selinhos, me ajeitei na cabeceira da cama e ela se aconchegou em mim, não demorou e ela estava dormindo. Ajeitei ela na cama, e sai do quarto. Na sala estava a tia e o Théo.
— Fala garotão. — falo e o Théo oha pra mim já rindo, vem engatinhando e eu peguei ele. — Cheirosão em moleque.
— A Thay dormiu? — a tia perguntou e eu assenti. — Você me desculpa o Maurílio.
— Ih tia, tem motivo pra se desculpar não. Ele não gosta de mim, e ninguém tem culpa. — sento do lado dela com o Théo no colo.
— Ele cismou com você, pelo fato de você ser jogador. — ela fala sem jeito. — Diz ele que você só quer bagunça, que só quer brincar com a Thaynara e blá blá blá.
— Tia, longe de mim fazer umas paradas dessas.
— Fica tranquilo, eu vejo o jeito que você trata a minha filha e é perceptível que você não é desses.
— A senhora pode ficar despreocupada com essa questão.
— Eu tô. — ela sorrir. — E você tá convidado pra jantar com a gente hoje.
— Ih, mas teu marido vai gostar disso não.
— Maurílio vai trabalhar de segurança hoje, só chega amanhã de manhã. E mesmo se ele tivesse, eu te convidei, ele não tem que se meter.
— Já que é assim... — levanto os ombros. — Obrigado pelo convite. — ela dá risada e levanta indo pra cozinha.
📍oi vidinhas!
Sintomas da Otosclerose; zumbido, vertigens e problemas de equilíbrio são alguns sintomas possíveis da doença, geralmente não se sente dor, mas pode acontecer.MARATONA 3/3.
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beijinhos!!!!!