MATHEUZINHO.
RIO DE JANEIRO — RJ.Minha cabeça rodava na Thaynara desde a hira que ele foi lá na minha tia.
— Minha mente não tá em paz tia. — falo segurando umas peças de roupas que ela pegava pra medir.
— Eu já sei disso. — diz concentrada nas roupas.
— Não foi certo o jeito que eu agi com a Thaynara. Independente de qualquer coisa, eu não tenho que agir assim com ela, e eu vou atrás dela pra gente conversar sério, tentar resolver e...
— O que você tá fazendo aqui ainda Matheus? — ela pregunta pegando as peças de roupa de mim. — Vai logo lá, vai no trabalho dela. — ela olhou o relógio no pulso. — Ela já deve tá quase saindo, se tu for logo tu pega ela lá ainda.
— Como tu sabe? — ela me olha como se fosse óbvio.
— A Madu e ela são amigas ainda Matheus. — ela ri e eu assenti. — Vai logo, eu chamo um uber pra ir pra casa.
Fui pro estacionamento, e enquanto não chegava liguei pra Madu pedindo o endereço de onde a Thay trabalhava, ela enviou por mensagem o nome do local e não demorei pra tá lá. Quando cheguei lá, vi ela conversando um cara, pareciam bem íntimos. Desci do carro o cara me olhou e falou algo com a Thay que olhou pra trás na mesma hora, fechei o carro e fui até eles.
— Thaynara, a gente pode conversar? — falo intercalando o olhar entre os dois.
— Eu tô indo pra casa Matheus, tô cansada e...
— Eu te deixo em casa depois, ou eu te deixo lá agora pra a gente conversar lá, ou sei lá. — dou os ombros perdido.
— Math...
— Aí irmão, tu não entendeu que ela não quer?
O cara tomou a frente da situação e eu encarei ele firme.
— O que eu não entendi é o motivo de tu tá se metendo aqui. — falo com ele e ele sai da moto.
— Tu parece que tá surdo, a mina já falou que tá indo pra casa.
— Tu tá incomodado com o que? Parece até que é contigo que eu quero falar pô, mas tu fica ciente que...
— Ficar ciente no que? Ãn? Fala, ficar ciente no que?
— Pode ficar ciente que...
THAYNARA.
RIO DE JANEIRO — RJ.— CHEGA. — falo alto e eles param de falar mais continuam se encarando. — Pedro, muito obrigada pela carona, mas você pode ir. — ele desvia o olhar do Matheus e me olha, depois de uns segundos ele assentiu. — E nós dois já vamos. — falo olhando pro Matheus. — Tchau Pedrin. — beijo o rosto dela e ele me abraça rápido.
Ele subiu na moto e deu partida, olhei pro Matheus que me olhava.
— Vamos. — falo indo em direção ao carro.
Já dentro do carro, o silêncio estava se fazendo presente.
— Você quer ir pra onde? — Matheus quebra o silêncio.
— Tanto faz, escolhe você. — dou os ombros.
— Prefiro que tu fale, pra tu ficar a vontade.
Assenti olhando pra ele assim que ele parou em um sinal.
— Pode ser naquele quiosque que nós sempre íamos? — pergunto e ele assente.
[...]
— Eu vou começar logo pra não poupar muito tempo, tu tá cansada... — ele fala me entregando a água de coco. — Eu não entendi o motivo dessa situação toda, estávamos bem, tu não pode negar, então eu quero saber o motivo da tua decisão. — assenti. — Eu respeito tua decisão mas eu quero saber.
— Matheus, por favor, não quero falar disso.
— Mas eu te trouxe aqui pra isso. — ele segura na minha mão. — Thaynara eu tô pra ficar louco de saudades de você, eu não consigo pensar em mais nada sem ser em nós dois.
Respirei fundo e segurei as mãos dele.
— Eu juro pra você que o que eu fiz foi só pensando primeiramente no teu bem estar.
— Quem jura mente, e tu tá mentindo, meu bem estar com certeza não se resume em ficar longe de você amor. — ele abaixa a cabeça mas logo volta a me olhar.
— Mathe...
— Por favor Thaynara. — solto a mão dele.
— Eu que te peço por favor, não insiste em querer saber motivos, tentar resolver pra voltarmos. — ele nega. — Matheus eu não sou pro teu mundo, olha pra mim. — ela me olha confuso. — Eu não faço parte do padrão de namorada de jogador, Matheus.
— Para com isso Thaynara. — ele fala baixinho. — Não joga essa porque não cola, tu sabe bem disso. Isso pra mim não é nada.
Ele me conhecia tão bem que sabia que eu estava jogando pra tentar dar a entender algo.
— Eu só quero focar em...
— Focar em que? Tu largou o curso, um bagulho que tu almejava, um bagulho que era ou é teu sonho. — ele fala me olhando. — Põe na ponta do lápis, tu deu uma revirada na tua vida. E tudo isso foi sem motivo?
— Matheus, eu quero ir embora. — ele tenta falar algo mais eu não deixo. — Por favor. — peço baixo.
📍oi vidinhas.
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beijinhos!!!!!