capítulo 32.

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THAYNARA.
RIO DE JANEIRO — RJ.

— Como assim amor? Não quer mais o que? — ele pergunta confuso, tiro a mão dele do meu rosto e ele me olha perdido.

— A gente. — ele nega. — Isso não vai dá certo, eu não quero isso pra gente sempre que...

— Isso é por causa daquele cara? — ele levanta e se afasta de mim indo pra perto da escada.

— O Maurílio ainda vai tá muito presente, na vida do Théo e consequentemente na minha, então você sempre  vai ficar desse jeito e eu entendo, mas eu não quero isso, só faz mal pra tu, você fica pilhado com essa aproximidade dele e isso só vai...

— A gente é mais forte que isso Thay, a gente consegue passar por cima disso. — ele fala me interrompendo.

— Pret... — respiro fundo e desvio o olhar dele. — Matheus, não. É o melhor pra gente, inclusive pra você.

— Pra mim? — ele ri irônico e passa a mão pelo rosto nervoso. — Isso não é o melhor pra mim não, não é Thaynara.

— Acredita em mim, é sim. — ele nega. — Vai acabar sendo desgastante pra nós dois.

— E tu tirou essa conclusão assim, sozinha. — ele fala nervoso, o maxilar travado e os olhos marejados estavam acabando comigo.

— Se você não entende, pelo menos respeita a minha decisão. — ele passa a mão nos olhos evitando as lágrimas, mas o rosto vermelho denunciava. — Por favor?! — falei em um sussurro embargado e ele assentiu.

Ele secou o rosto de novo e dessa vez as lágrimas desceu, ele pegou a chave do carro e eu levantei segurando na mão dele que me olhou no mesmo instante.

— Não precisa, eu vou de uber. — ele negou. — Não precisa, sério, pra não ser mais difícil...

— Sozinha numa hora dessa de uber tu não vai, tu dorme aí ou eu te levo. — a voz rouca, baixa e embargada dele se fez presente. — fui negar de novo e ele me interrompeu. — Já sei, o Ramom tá aí na Madu, vou pedir ele pra te levar.

— Não precisa Matheus.

— Por favor Thaynara, não complica. — ele pede e eu me dou por vencida e assenti.

Ele pegou o celular e digitou alguma coisa, e uns minutos depois ele largou o celular.

— Ele tá te esperando na Madu. — ele fala e vira de costas pra mim sentando no braço do sofá.

Ouvi ele fungar e meu coração despedaçou no mesmo momento, cheguei perto dele, abracei ele por trás mesmo, deixei um beijo na nuca exposta, outro no pescoço e um último no rosto dele que virou um pouco o rosto em seguida me olhando, mas logo virou o rosto novamente.

— Eu amo você. — falo baixinho e ele sorriu baixinho.

— Ouvir isso de você me deixava louco, não sabia nem explicar de ta o bom que era ouvir isso. — ele virou o rosto pra mim, olhando nos meus olhos. — Mas ouvir agora, doeu. — ele vira o rosto pra frente de novo cortando o contato visual. — Eu também amo você, pra caralho.

Não aguentei e o choro entalado eu soltei, ele virou mas o rosto pro lado oposto do meu, e eu levantei pegando minha bolsa e saindo dali.

MATHEUZINHO.
RIO DE JANEIRO — RJ.

Não conseguia entender uma parada dessa, meu chão sumiu quando ela deu o papo terminando tudo, sumiu e trouxe um aperto no peito do caralho. Depois que ela saiu, só piorou tudo o que eu estava sentindo. Peguei um quadro de uma foto dela e minha que estava ali na sala, joguei com tudo na porta, e em seguida a porta abriu revelando a Madu.

— Vem cá. — ela veio até a mim e me abraçou forte.

Não gostava de mostrar fraqueza pra Madu, gostava de mostrar pra ela que eu era a pessoa que ela podia contar pra qualquer coisa.

—  Tá tudo bem gatinha. — falo e minha voz vacila.

— Não precisa mentir, eu tô aqui contigo igual tu sempre tá pra mim. — ela fala baixinho. — Pode gritar, chorar, falar ou sei lá Theus. — ele desfaz o abraço e me olha. — Faz o que quiser, hoje eu tô aqui pra segurar tua barra igual você sempre segurou a minha.

Juntou as paradas toda na minha mente, e eu não aguentei e deixei sair.

— Eu tô aqui com você. — a Maria secou meu rosto e me puxou pro sofá, ela sentou e me fez deitar a cabeça ali na perna dela.

Ela segurou minha mão e eu coloquei nossas mãos debaixo do meu rosto.

— Não quero me afastar do Théo e nem da tia. — falo baixo.

— Ela não é assim, ela não vai te privar de ter contato com eles. — ela fazia um carinho no meu cabelo com a mão livre.

Fiquei quieto ali querendo conversar pra jogar pra fora, mas eu não sabia como, tava me sentindo perdido pra caralho.

— Eu quero conversar pra botar pra fora mas eu não consigo, eu não... sei lá. — respiro fundo, eu tava perdido com isso tudo. — Eu nunca senti essa parada Madu, eu tô fudido.

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beijinhos!!!!!

Thaynara | MATHEUZINHO.Onde histórias criam vida. Descubra agora