capítulo 33.

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THAYNARA.
RIO DE JANEIRO — RJ.

duas semanas depois.

Em duas semanas, a minha vida desestabilizou legal, consegui um emprego em um restaurante que também era um bar, próximo aqui de casa, e eu recebia por semana, metade era pro Maurílio pagar a dívida dele, ele conseguiu conversar lá e liberaram pra ser pago assim, tive que trancar o curso, não conseguia tempo pra continuar na rotina. Minha mãe de uns dias pra cá começou a reclamar, descobriu que tranquei o curso e disse que só foi terminar com o Matheus que eu fiquei perdida, sem direção.

— Mais um dia. — olho pro meu reflexo no espelho e faço um coque no meu cabelo. Me virei pra pegar a bolsa e fiquei tonta, me sentei na cama e esperei um pouco até passar. — Hoje não. — respiro fundo.

Levanto, pego minha bolsa e vou pra sala e vejo o Théo brincando com o cavalinho de pelúcia do flamengo que o Matheus deu pra ele.

— Atheus... — ele falou assim que me viu, se apoiou no sofá ficando de pé e me estendeu a pelúcia.

Ri fraco e sentei no sofá pegando o pequeno no colo, no meio dessas semanas, o Théo aprendeu a chamar o Matheus e a gente sempre estava ouvindo o nome dele aqui em casa.

— Atheus... — ele olha pra porta.

— Tá com saudade dele neném? — dou um cheirinho dele e o abraço. — Eu também tô. — falo baixo. — Tô morrendo de saudade dele.

[...]

Por hoje é só Thayzinha. — Pedro, o menino wue trabalha aqui fala.

Peguei amizade com o Pedro, bem rápido, na primeira semana foi visível o quanto eu estava abalada e ele me deu maior suporte, me ajudou demais aqui.

— Amém, tô mortinha. — falo pegando minha bolsa.

— Vamos num barzinho hoje? — ele convida sugestivo.

— Se tu soubesse como eu tô enjoada de bar. — dou uma risadinha e ele me acompanha. — Mas tudo bem, eu vou sim.

— Bora, eu te deixo em casa.

Pedro sempre me dava uma carona, ele vinha de moto e a casa dele ficava bem depois da minha.

No caminho ele conversava algumas coisas e disse que ia chamar alguns amigos e disse que eu poderia chamar os meus se eu quisesse, e na hora veio a Madu e o Ramon na mente. Ele virou na minha rua, e eu juro senti meu corpo vacilar firme quando vi o carro do Matheus ali no meu portão.

— Caralho, que carrão. — Pedro fala parando ali na frente. — Mas tarde eu passo aqui.

— Ok, te mando mensagem. — ele assente e dá partida.

Esperei o Pedro sair da minha rua, e fui até o portão, respirei fundo e entrei. A porta estava aberta e logo vi ele sentado no chão brincando com o Théo que gargalhava horrores, entrei chamando atenção dele, ele me olhou e eu também não conseguia tirar os olhos dele.

— Oi filha. — minha mãe sai da cozinha com um pratinho de empadão. — Aqui Theus. — ele pega e agradece.

— Oi mãe. — vou até ela e abraço ela.

— Ele ligou pedindo pra vê o Théo, não vi problema. — ela fala baixinho.

— Mas realmente não tem, o Théo ama ele, e tava com saudade. — respondo no mesmo tom.

Olho pros dois e vejo o Théo me chamar com a mãozinha, vou até ele, sento no sofá pegando ele e coloco ele sentado no meu colo.

— Oi meu amor, que saudadinha. — beijo o cabelo dele.

— Atheus. — ele estende o braço pro Matheus.

Matheus larga o empadão e pega ele e volta a brincar com um aviãozinho, fico olhando pros dois.

— Tá tudo bem contigo? — Matheus perguntou baixo me olhando.

— Sim, sim. Tudo. — sorri leve. — E contigo?

— Estou bem. — ele continua me olhando e eu não consegui desviar. — A saudade de você tá grande. — ele desvia o olhar olhando pro Théo que puxou o cordão dele.

— Matheus...

— Não, não precisa falar não. — ele me olha. — Não precisa falar nada não. — ele levanta com o Théo no colo. — Tia, tô indo. — ele fala um pouco alto e logo minha mãe aparece.

— Já? — minha mãe pergunta triste. — Poxa. — ela pega o Théo.

— É tia, tenho quem resolver uns negócios lá em casa, mas eu venho com mais calma. — ele vai até ela e dá um abraço deixando um beijo na cabeça dela. — Se cuida, qualquer coisa a senhora pode me ligar. — minha mãe assentiu. — Tchau molequinho, te amo. — ele beija a cabeça do Théo.

Ele se afastou deles, e parou perto de mim.

— Tchau, se cuida. — ele fala me olhando e eu assenti.

— Tchau, se cuida também.


📍oi vidinhas.
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beijinhos!!!!!

Thaynara | MATHEUZINHO.Onde histórias criam vida. Descubra agora