MATHEUZINHO.
RIO DE JANEIRO — RJ.— Não que eu vá, mas qual é a boa de hoje? — o camisa 9 para na rodinha onde estava o Ramom, o Andreas e eu.
— Pra gente eu não sei. — Ramom fala dando os ombros.
— Mas pro nosso menino aqui... — Andreas bate no meu ombro. — Vai ser um rolêzinho romântico, com a gatinha dele.
— Ih? Já tá meio caminho andado? — o artilheiro se anima me abraçando de lado.
— Meio? Irmão, tu não tem idéia do love deles dois. — Ramom fala. — Até o irmãozinho dele gosta dele, e a mãe dela também.
— E o pai? O foda é esse. — Andreas perguntou.
— Mano, nem sei do pai dela. Mas o padrasto deixa claro que não gosta de mim. — falo e eles negam.
— Mas isso aí releva.
— Claro que relevo pô, também não gosto dele. — dou os ombros.
— É meus amigos... estamos começando um pouco mal né. Mas papai do céu ajuda. — Gabriel fala fazendo graça.
— E se eu deixar ninguém treina aqui. — o Mister fala chegando na rodinha. — Bora, correndo.
— Tu que manda Mister. — Andreas fala brincalhão.
Quando terminou o treino, eu parti pra casa, tomei um banho me arrumei e liguei pra Thay, a mulher tava dormindo, eu que tinha acordado ela.
— Mas você pode vim e me esperar, me arrumo rapidinho. — ela fala, e eu escuto um barulho e um gritinho dela.
— Que foi? — pergunto.
— Sei lá, a porta do quarto bateu. — ela fala desconfiada.
— Tá sozinha em casa?
— Não... — ela fala e eu escuto barulho de chave. — Quando você chegar aqui, me liga que eu vou lá no portão te buscar.
— Tá bom, tô saindo de casa.
Desliguei, e fui pro estacionamento pegar o carro, entri no carro e tinha uma sandália dela ali, joguei pro banco de trás e dei partida. Graças ao trânsito nem demorei pra chegar, desci do carro e quando peguei o celular pra ligar pra Thay, vi a tia Mara chegando com o Théo.
— Oi filho. — ela fala quando se aproximou.
— Fala tia, tudo certo? — ela assente e eu abraço ela do jeito que dava, peguei as bolsas dela. — Eu te ajudo.
— Obrigada, vem. Tá esperando a Thay? — ela pergunta abrindo o portão.
— Tô, eu ia ligar pra ela agora avisando que cheguei.
— Ah sim. — ela abre a porta de casa e logo vi o padrasto da Thay sentado no sofá vendo TV.
Dei boa tarde, mas o cara só acenou, e eu também só falava por educação, eu tá na casa do cara e não falar com ele, era muito doideira. Segui a tia até a cozinha e coloquei as bolsas na mesa, e o Théo esticou os braços pra mim fazendo a tia dá risada.
— Fala garotão. — pego ele e brinco levantando ele no alto. — O tio trouxe um bagulho pra tu, tá lá no carro. — ele balbuciou algumas coisas na língua dele conversando comigo e eu dei risada.
— Vai lá na Thay filho, é a primeira porta aqui do corredor. — a tia fala e eu assenti seguindo o que ela falou.
Bati na porta, mas ela não respondeu, bati de novo.
— Quem é? — ela falou lá de dentro.
— Sou eu pretinha, abre aí. — falo e logo escutei barulho de chave e a porta destrancou.
— Oie. — ela abre a porta sorridente, entrei selando a boca dela, e sentei na cama junto do Théo. — Você ligou? Eu nem vi.
— Não, tua mãe tava chegando na hora que eu cheguei, aí eu entrei com ela.
— Entendi. — ela senta na cadeira da penteadeira e começou a secar o cabelo. — Já tô acabando.
— Tranquilo.
Fiquei ali brincando com o Théo, e depois de muito tempo ela acabou.
[...]
— Obrigada. — Thaynara agradece o garçom assim que ele sai com nossos pedidos feitos. — E aí, me conta do treino de hoje.
— Normal, foi bem mais tranquilo. — conto e ela assente. — E o curso? Como que tá?
— Bem, hoje fomos em alguns hospitais, estagiar por um dia.
— Sério? E fez o que lá?
— Verificar pressão, ajudando nos horários pra entrega dos remédios ao paciente...
— Ata, essas paradas de início. Daqui quanto tempo eu vou ter um enfermeira gata do meu lado?
— Mais 6 meses. — ela fala sorrindo cheia de vergonha.
— Tu vai tirar de letra, tu é esforçada. É merecedora de conseguir conquistar essa parada.
— Obrigada. — ela sorri.
Celular dela notificou e ela pegou pra vê, e sorriu. Virou pra mim e mostrou a foto que a tia tinha enviado do Théo com a bola que eu tinha dado pra ele. O jantar foi tranquilo, a companhia da Thay era um bagulho que me deixava tranquilo, me trazia uma paz enorme, mas se tinha uma parada que tava me incomodando, era saber o motivo da porta do quarto dela ficar trancada.
— Posso te perguntar um bagulho? — pergunto e ela assente deixando a sobremesa. — Por que a porta do quarto tava trancada?
Ela me olha por uns segundos, e suspira.
— Tu disse pra mim que não tava sozinha, te senti estranha na ligação quando aconteceu o bagulho da porta. Cheguei lá só teu padrasto tava em casa. — seguro a mão dela que estava na mesa.
— Eu não me sinto bem sozinha com ele em casa, eu sei lá...
— Mas, ele já falou algo, ou tentou? — pergunto.
— Não, nunca. Mas os olhares, já achei estranho. — ela me olha, mas desvia o olhar pra sobremesa. — Mas esquece isso, vamos...
— Thaynara, se tu se ligar em qualquer parada dele contigo, tu fala. Me conta, a gente dá um jeito.
— Obrigada, mas também às vezes é coisa da minha cabeça por não confiar nele. Não confio nele, ele não me demonstra confiança, essas saídas dele e voltar no dia seguinte, sumir com o dinheiro que eles às vezes trabalham juntos, não ser presente pro Théo...
— Eu te entendo, mas também pode não ser só falta de confiança. — faço um carinho na mão dela. — Não pensa duas vezes em me falar qualquer parada que tu se sentir incomodada com ele.
📍oi vidinhas!!!!!!!!
primeira maratona no ar!!!!MARATONA 1/3.
NÃO ESQUEÇAM DE VOTAR E COMENTAR, É UM INCENTIVO ENORME E É MUITO IMPORTANTE!
beijinhos!!!!!