MATHEUZINHO.
Rio de Janeiro — RJ.Abri a porta e dei passagem pra ela entrar, assim que entrou ela olhava tudo em volta, deixei as chaves em cima da mesinha e fechei a porta.
— Muito linda tua casa. — ela fala e me olha sorrindo sem graça. — Eu não tô reparando nada não tá? Meu Deus, que falta de educação. — dou risada e ela ri junyo passando a mão no rosto avermelhado. — E essas fotos aqui na parede, cara, muito legal.
Ela fica vidrada na parede onde tinha várias fotos minha comemorando títulos e cada partida importante.
— Valeu. — agradeço. — Quer comer alguma coisa?
— Nossa, quero sim! — ela fala tímida. — Tô morrendo de fome.
Caminho até a cozinha e vejo que ela vinha também. Lavo minhas mãos e vou até a geladeira e pego a lasanha.
— Tá quase na hora da janta já, vou fazer uma parada pra nós comer. — olho pra ela que assentiu. — Vou fazer um arroz, e a gente pode comer essa lasanha. — falo e ela assente.
— Eu amo lasanha. — sorriu e comecei os preparativos pra janta. — Tu quer ajuda? — balanço a cabeça que não. — Vou ficar sem fazer nada?
— Faz o suco então, a fruta tá ali em cima. — falo e logo ela aparece do meu lado lavando um maracujá.
[...]
— Posso te perguntar um bagulho? — pergunto e ela bebe um gole do suco e me olha assentindo.
Bato o dedo no meu ouvido e aponto pro dela em seguida, que sorriu como se já esperasse.
— Se tu não quiser falar...
— Eu uso pra esclarecer melhor os sons, uso mais em lugares barulhentos.
— Mas sem ele tu...
— Escuto, não sou surda cem porcento. — ela fala rindo.
— Entendi. — falo. — Mas é alguma parada muito séria?
— É e não é. — ela tenta explicar confusa. — Eu tenho Otosclerose.
Ela me explicou por alto essa parada.1aaa
— Tem nada que cure isso não? — pergunto enchendo o copo de suco dela de novo, a garota se amarrava em suco de maracujá.
— Tem uma cirurgia.
— Não tem vontade de fazer? — ela assente.
— Tudo o que eu mais quero. — ela sorrir fraco.
— O que tá prendendo você de fazer?
— A grana né gatinho. — ela debocha me fazendo gargalhar. — Mas, eu tô na fila de espera pra essa cirurgia, vai dá tudo certo.
Pensei em oferecer ajuda, mas pelo pouco que eu conheci eu me liguei que ela nunca iria aceitar.
— Já deu tudo certo. — afirmo e ela sorrir.
— E você, me fala de você, o pouco que a gente se conhece você sabe bem mais coisa de mim do que eu de você. — soltei um sorriso ladino pra ela que terminou de beber o suco. — Eu sei que você é jogador do flamengo, primo da minha melhor amiga e pronto.
— Quer saber mais o que? Só tu perguntar que eu te respondo. — falo pegando as louças e indo pra cozinha.
— Deixa que eu te ajudo. — ela pega o resto da louça e bota na pia parando do meu lado.
— Nada disso. — falo empurrando ela de leve. — Tu é visita hoje, na próxima a louça é tua. — ela sorrir. — Eu acabo essa louça aqui rapidão.
— Enquanto tu lava aí, me conta de você, como tu soube que queria ser jogador, quando tu começou a jogar, sua relação com tua família...
— Quer minha ficha completa gata? — viro a cabeça olhando pra ela que gargalhava.
— Eu sou curiosa, só isso.
Dei risada e fui contando pra ela que prestava atenção em tudo porque sempre me perguntava alguma outra coisa e eu respondendo, ela também entrava em outros assuntos sobre ela, o curso dela, o irmão e mãe. A conversa rendeu tanto que até sobremesa a gente tava fazendo.
— Mas hoje eu agradeço ele demais, porque foi a melhor coisa eu ter ido pra posição de lateral. E agora? Já bateu, já ralei a paradinha. É só colocar na geladeira? — viro pra pegar o pano pra secar a mão e vejo ela dormindo debruçada no balcão, ri baixo e fui até ela.
Tirei os cachos que estava jogados pelo rosto e fiquei olhando cada traço do rosto dela, a garota brincava de ser gata, fazia isso com a maior facilidade, passei o polegar na bochecha dela e depois de uns segundos ela dispertou, me encarou e ficou assim por alguns segundos.
— Tá com sono? — perguntei baixo e ela se espreguiçou assentindo.
— Tô. — ela prendeu o cabelo em um coque frouxo. — Do nada veio.
— Efeito do suco pô, tu bebeu suco pra caralho. — ela dá risada.
— Eu gostou demais, não me controlo. — ela ri sem graça.
— Me liguei que tu não se controla em algumas coisas. — ela me olhou confusa. — Tipo, tu não se controla em ser linda desse jeito aí...
Ela me olha com um sorriso tímido e eu ri olhando cada detalhe do rosto corado dela.
— MATHEUS. — escuto a Madu gritando e entrando, assim que nos vê na cozinha ela vem até nós.
— Bater na porta ou tocar a campainha faz bem viu?! — falo e ela faz careta fazendo a Thaynara gargalhar.
— Vamos amiga? — a Thaynara assentiu e desceu do banquinho. — Obrigada por ter abrigado minha amiga.
Madu vem até mim e me abraça beijando meu rosto.
— Tem que agradecer não chatinha. — beijo a cabeça dela.
— Tchau Matheus, e obrigada. — Thaynara fala se aproximando e me abraça assim que a Madu se afasta.
— Precisa agradecer não, no que eu puder te ajudar é só falar. — ela desfaz o abraço e me olha rindo, e beija meu rosto.
— Obrigada de novo.
— Até amanhã priminho. — Madu fala e elas vão caminhando em direção da porta.
— Amanhã? — pergunto confuso.
— Sim, cê vai levar a gente lá no curso. — ela pisca e a Thaynara ri.
Elas saem batendo a porta e eu subo pra tomar um banho.
📍oi vidinhas!!!!!! estou chocada como isso aqui tá crescendo!!!!! mt obrigada!!!!!
quero muitos comentários em!!!!!
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beijinhos!