Ela está afundando. Ele está brilhando. Mas e se, no fim, ambos estiverem perdidos?
Camila sempre teve tudo: dinheiro, privilégios, excessos. Mas quem olha de perto vê as rachaduras - festas intermináveis, vícios perigosos, mentiras que a sufocam. E...
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A escuridão da noite envolvia tudo ao redor quando o som do impacto ainda ecoava na estrada deserta. Luan estava caído, jogado para fora do carro, seu corpo ferido, mas ainda consciente. O choque do acidente não havia tirado sua lucidez, mas a dor era insuportável. Ele tentou se mover, mas a sensação de torpor o dominava.
— Atropelamento. Dois feridos no local. Estamos aguardando resgate. A voz do policial, grave e autoritária, chegou até ele, quebrando o silêncio sombrio.
Luan, sentindo o peso da situação, tentou se recompor. A dor de seus ferimentos não o impedia de perceber a gravidade do que havia acontecido.
— Senhor, não se mexa. Fique parado. Já acionamos o resgate, estão vindo.
— Eu matei uma pessoa! Eu matei uma mulher... Ele estava em choque, a voz tremendo. Sua mente mal conseguia processar os acontecimentos.
— Calma, Senhor, foi um acidente. A ambulância está chegando. O policial tentava acalmá-lo, mas as palavras de Luan o afligiam ainda mais.
— Ela está bem? Luan tentou, com dificuldade, virar a cabeça para olhar, mas a visão estava turva.
— Parece consciente... O policial respondeu rapidamente, sua voz tentando ser firme.
— Pergunta o nome dela. E a levem para o mesmo hospital que eu. Eu pago os custos!
— Faremos o possível, Senhor.
Luan, ainda abalado e sentindo a dor aumentar, insistiu.
...
A ambulância chegou ao local, e logo a cena foi tomada pela equipe médica. Os profissionais, em meio à correria, começaram a realizar os primeiros atendimentos.
— Qual a ocorrência?
— Condutor do veículo, um homem de 30 anos, documentos encontrados no local com nome de Luan Rafael Domingos Santana. E uma mulher que, segundo documentos encontrados, Camila Bittencourt, 28 anos. O médico consultava rapidamente as informações, enquanto se preparava para o atendimento.
— O rapaz parece ter um quadro estável, a moça apresenta hipotermia, convulsão e teve uma parada cardiorrespiratória, mas conseguimos reanimá-la. Apresenta um quadro de confusão mental.
— Já sabe qual foi a causa do acidente?
— Ao que tudo indica, o rapaz estava vindo pela estrada e ela andando. Ou os dois estavam juntos no carro. Única explicação.
— Realizaram o teste do bafômetro?
— Não foi necessário. O rapaz encontra-se consciente, sem sinal de embriaguez.
— Entendo, qualquer coisa eles pedem um toxicológico no hospital.
A equipe médica continuava a trabalhar, mas a tensão no ar era palpável. A vida de ambos estava por um fio, e os minutos pareciam se arrastar.
...
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— Um milagre ela não ter morrido, não é mesmo?
— Não morreu, ainda! Não quis falar na frente do rapaz porque ele me pareceu bastante abalado, mas ela não resiste não. Já teve uma parada cardiorrespiratória. Essa jovem vai chegar no hospital morta.
— Fala isso não, Guimarães.
— Albuquerque, olha o tamanho desse carro, olha o tamanho da menina. Veja o estado que ficou o veículo, agora me diga. Qual a chance de sobrevivência dessa garota?
A conversa entre os policiais era carregada de ceticismo. O impacto do acidente, o estado crítico de Camila, tudo indicava que as chances dela saírem ilesa eram mínimas. O homem deitado na estrada, com sinais de ferimentos, parecia menos grave, mas a mulher estava em condições críticas. O som das sirenes ecoava enquanto a tensão tomava conta de todos.
...
— Senhores, tudo pronto para levar os feridos.
— A Central mandou encaminhar para o Albert Einstein Alphaville, fica no centro. Estamos indo. Precisamos que vocês acompanhem a gente até o local para preencher o relatório.
— Estamos logo atrás.
— Cabo Souza. Como está a moça?
— Por enquanto, estável...
A ambulância seguiu seu caminho, mas a incerteza pairava no ar. A possibilidade de Camila não resistir estava cada vez mais presente. Luan, no entanto, estava em um estado de confusão, tentando entender a gravidade da situação enquanto a ambulância o levava para o mesmo destino. O quadro de ambos era incerto, e o medo do que poderia acontecer os acompanhava.
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— Ca... CAMILA!? Não pode ser. Luan desmaiou assim que viu que a moça atropelada era realmente ela, quem ele mais temia.
A tensão tomou conta do ambiente. A ambulância disparou pelo caminho, levando Luan e Camila para o hospital. Durante o trajeto, a situação de ambos era crítica. Luan havia perdido a consciência, e Camila, ainda consciente, mostrava sinais de uma concussão recente. Seus batimentos cardíacos estavam extremamente irregulares, e a situação de sua saúde se agravava a cada minuto.
Ao chegarem ao hospital, os dois foram rapidamente levados para atendimento de emergência. Luan foi estabilizado, mas Camila estava em estado ainda mais grave.