C A P Í T U L O 3

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CAPÍTULO 3| Gringo, o meu traficante.
Página 3.

CECÍLIA

Durante a aula de psicanálise, não conseguia parar de pensar no que aconteceu á alguns minutos atrás. O cara simplesmente tirou mais de dois mil reais do bolso e pagou uma dívida que nem era dele. Ou ele é muito rico ou é um grande maluco. Dou risada com meus pensamentos, ainda incrédula, precisava contar isso pra Claire.

- Como vocês sabem o semestre está chegando ao fim - os alunos comemoram, inclusive eu - decidi que no lugar da prova, quero que vocês façam um trabalho em dupla. - Diz o professor Ricardo, fazendo-me revirar os olhos. Eu odeio trabalho em dupla ou em equipe. - Vou deixar no quadro anotado tudo que eu vou querer nesse trabalho e lembrem-se que vocês só passam no semestre com um bom resultado nele.

Os alunos começaram a montar sua dupla e eu resolvi continuar sentada, não tava nem um pouco animada com esse trabalho, mas sabia que tinha que fazer por bem ou por mal, afinal vale nota.

De braços cruzados, fico observando pra ver quem poderia ser a minha dupla. Não tenho intimidade com ninguém da minha turma, só falo o básico com todo mundo, por isso não fazia ideia.

- Ei. - Escuto uma voz masculina atrás de mim e um toque em meu ombro. Olho pra trás e vejo Lucas, um gatinho com seus lindos olhos verdes, pele negra e cabelos pretos, gato demais porém tem namorada então nunca quis investir.

- Oi. - Digo com um sorriso gentil.

- Quer ser a minha dupla?

- Tem certeza? - Franzi o cenho.

- E por que não?

- Soube que sua namorada é muito ciumenta, não quero problemas.

- Ela é da outra turma e faremos apenas um trabalho, ela não manda em mim.

- Se você tá dizendo, por mim tudo bem. - Dei de ombros.

- Me passa o seu número, vamos ter que nos encontrar em algum lugar pra começar a fazer.

Isso vai acabar dando uma merda...

Passei meu número pra ele, o mesmo anotou e antes de sair deu um beijo em minha bochecha. Que homem, céus.

Assim que todas as aulas finalizaram, comprei um lanche no refeitório e após comer, caminhei até a minha bebê e quase chorei por ver o estrago que o gordo filho da puta havia feito nela. Ele amassou a placa e arranhou toda a traseira, bem que o gringo podia pagar pra concertar ela também né. Só penso que vou escutar meu pai reclamando pra caralho, ele nunca gostou do fato de eu ter uma moto, só me deu porque eu não cansava de insistir, sempre gostei de motos.

Subo na minha bebê, coloco o capacete e começo a pilotar.

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Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora