Tentava prestar atenção nas palavras do professor Ricardo mas não conseguia, eu só conseguia pensar nele, no Justin. Já havia se passado duas semanas desde a última vez que se vimos no carro. Não conseguia parar de lembrar em seu toque, no seu cheiro e no seu beijo. Sim, admito que gamei nele e o que posso fazer? Ele tem uma pegada diferenciada. Claire não podia nem sonhar que a gente ficou já que prometi pra ela que não iria mais chegar perto dele.
A última aula finalmente terminou e eu respirei aliviada, não via a hora desse semestre terminar e graças a Deus estava perto.
- Ei. - Sinto o toque em meu ombro e olho pra trás, vendo o Lucas.
- Oi. - Sorri e levantei, colocando minha mochila nas costas.
- Precisamos terminar o trabalho, já é pra entregar na sexta-feira, podemos continuar hoje?
- O foda é que meu pai tá em casa e ele é mó chato. - Esfreguei a mão na nuca, pensativa.
- Vamos fazer lá em casa.
- Depois daquele tiroteiro? Não mesmo!
- Não costuma acontecer isso lá, a favela tá tranquila.
Cruzei os braços e pensei um pouco. Eu só queria ir pra ver se via o Justin novamente. Pareço uma adolescente apaixonada? Sim, mas talvez seja só fogo no rabo.
- Vai ter lasanha de almoço de novo?
Ele riu e eu o acompanhei.
JAXON
Assim que coloquei meu relógio, fiquei pronto pra mais um dia de trabalho. Coloquei a arma na cintura como de costume e antes de sair do cômodo eu peguei o meu celular.
Entrei no carro, acendi um cigarro e liguei o automóvel. Dirigia pelas ruas de Seattle ao som de uma música maneira que tocava no rádio.
Ao estacionar na garagem do apartamento, desço do carro e começo a caminhar com uma mão dentro do bolso da calça e a outra segurando o cigarro enquanto soltava a fumaça.
Dou bom dia ao porteiro e ando até o elevador, onde espero o mesmo abrir. Assim que abre eu entro e fico admirando o meu reflexo no grande espelho.
Entro no apartamento, apartamento esse que serve para resolver os meus negócios e vou até o escritório, onde sendo na minha confortável poltrona e ligo o notebook em seguida. Ouço o som do meu celular tocando e logo o tiro do bolso para atender.
- Bom dia senhor Bieber. - Reviro os olhos ao escutar a voz irônica.
- Bom dia federal. - Respondo no mesmo tom e coloco os pés cruzados em cima da mesa.
- Liguei pra te lembrar do meu pagamento que até agora não entrou na minha conta, esperava mais de um traficante como você.
Ri debochadamente.
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Gringo, o meu traficante.
FanfictionUma jovem brasileira chamada Cecília tem sua vida completamente mudada após conhecer um traficante dos Estados Unidos. Cecília acabou se perdendo pelos olhos castanhos de Justin, um fato irônico e imprevisível, afinal, o pai de Cecília é um policial...