- Quer que eu te leve? - Justin quebrou o silêncio assim que saímos da favela.
- Não, eu tô de moto. - Disse secamente, mostrando que ainda estava chateada.
- Tu que sabe então.
Odiei a sua indiferença. Ele andou até o carro preto e os homens armados abriram a porta do fundo, entrando em seguida. Antes do Justin fazer o mesmo ele me olhou e ficamos nos encarando por alguns segundos. Eu queria dizer que sim, que ele podia me levar pra casa, mas obviamente não diria.
Subi na minha moto e coloquei o capacete, liguei a bebê e comecei a pilotar em alta velocidade. Adorava a sensação de liberdade que a moto me trazia.
Quando cheguei em casa, escutei a voz do meu pai na cozinha e eu gritei avisando que havia chegado. Subi pro meu quarto e entrei no banheiro para tomar um banho. Deixei uma música qualquer tocando em meu celular em cima do balcão da pia enquanto tirava a roupa. Assim que ia entrando dentro do box o meu celular começa a tocar, avisando que alguém estava me ligando. Andei até ele e vi que era a Claire.
- Oi amiga.
- Amiga se arruma aí, vou passar pra te buscar pra irmos numa boate com um colega.
- Ah eu não vou, tô cansada, passei a tarde toda fazendo trabalho da faculdade.
- E eu passei o dia inteiro trabalhando igual uma condenada, grandes coisas né. Para de ser chata e se arruma pra curtimos um pouco, estamos precisando.
- Meu pai tá em casa.
- E quando foi que isso te impediu de sair?
- Sua chata - gargalhei - tá bom, você venceu.
- Não demora, quando acabar de se arrumar me avisa.
- Ok.
Tomei um banho caprichado, usei o meu sabonete preferido e esfoliei todo o meu corpo. De toalha enrolada no corpo eu procurava algo para vestir. Resolvi escolher o vestido preto brilhante que eu amava. Passei meu hidratante lily que eu amo em todo o corpo e o perfume good girl em algumas áreas. Coloquei argolas e passei uma maquiagem leve no rosto. Prendi meu cabelo em um coque bem penteado e vesti o vestido. Escolhi saltos pretos e finos e os deixei em cima da cama pois não iria conseguir pular as janelas com eles nos pés.
Mandei mensagem avisando a Claire que estava pronta e ela respondeu que estava chegando. Dizendo ela que era um amigo que iria nos levar.
Fiquei em frente a janela com os braços debruçados na janela, observando a rua deserta e sentindo a brisa fresca bater em minha pele. Alguns pensamentos invadiam a minha mente e um deles era o Justin. Nunca gamei dessa forma em outro cara e isso estava começando a me preocupar, ele é todo errado, não deveria nem ficar perto dele. Mas como me controlar quando estou ao seu lado? Quando sinto seu cheiro, quando noto a sua marra de bandido, agora entendo que o que é proibido é realmente mais gostoso. Meu pai não podia nem sonhar que fiquei com ele e que está rolando todas essas coisas, não sei o que ele seria capaz de fazer.
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Gringo, o meu traficante.
FanfictionUma jovem brasileira chamada Cecília tem sua vida completamente mudada após conhecer um traficante dos Estados Unidos. Cecília acabou se perdendo pelos olhos castanhos de Justin, um fato irônico e imprevisível, afinal, o pai de Cecília é um policial...