C A P Í T U L O 18

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- Quer que eu te leve? - Justin quebrou o silêncio assim que saímos da favela.

- Não, eu tô de moto. - Disse secamente, mostrando que ainda estava chateada.

- Tu que sabe então.

Odiei a sua indiferença. Ele andou até o carro preto e os homens armados abriram a porta do fundo, entrando em seguida. Antes do Justin fazer o mesmo ele me olhou e ficamos nos encarando por alguns segundos. Eu queria dizer que sim, que ele podia me levar pra casa, mas obviamente não diria.

Subi na minha moto e coloquei o capacete, liguei a bebê e comecei a pilotar em alta velocidade. Adorava a sensação de liberdade que a moto me trazia.

Quando cheguei em casa, escutei a voz do meu pai na cozinha e eu gritei avisando que havia chegado. Subi pro meu quarto e entrei no banheiro para tomar um banho. Deixei uma música qualquer tocando em meu celular em cima do balcão da pia enquanto tirava a roupa. Assim que ia entrando dentro do box o meu celular começa a tocar, avisando que alguém estava me ligando. Andei até ele e vi que era a Claire.

- Oi amiga.

- Amiga se arruma aí, vou passar pra te buscar pra irmos numa boate com um colega.

- Ah eu não vou, tô cansada, passei a tarde toda fazendo trabalho da faculdade.

- E eu passei o dia inteiro trabalhando igual uma condenada, grandes coisas né. Para de ser chata e se arruma pra curtimos um pouco, estamos precisando.

- Meu pai tá em casa.

- E quando foi que isso te impediu de sair?

- Sua chata - gargalhei - tá bom, você venceu.

- Não demora, quando acabar de se arrumar me avisa.

- Ok.

Tomei um banho caprichado, usei o meu sabonete preferido e esfoliei todo o meu corpo. De toalha enrolada no corpo eu procurava algo para vestir. Resolvi escolher o vestido preto brilhante que eu amava. Passei meu hidratante lily que eu amo em todo o corpo e o perfume good girl em algumas áreas. Coloquei argolas e passei uma maquiagem leve no rosto. Prendi meu cabelo em um coque bem penteado e vesti o vestido. Escolhi saltos pretos e finos e os deixei em cima da cama pois não iria conseguir pular as janelas com eles nos pés.

 Escolhi saltos pretos e finos e os deixei em cima da cama pois não iria conseguir pular as janelas com eles nos pés

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Mandei mensagem avisando a Claire que estava pronta e ela respondeu que estava chegando. Dizendo ela que era um amigo que iria nos levar.

Fiquei em frente a janela com os braços debruçados na janela, observando a rua deserta e sentindo a brisa fresca bater em minha pele. Alguns pensamentos invadiam a minha mente e um deles era o Justin. Nunca gamei dessa forma em outro cara e isso estava começando a me preocupar, ele é todo errado, não deveria nem ficar perto dele. Mas como me controlar quando estou ao seu lado? Quando sinto seu cheiro, quando noto a sua marra de bandido, agora entendo que o que é proibido é realmente mais gostoso. Meu pai não podia nem sonhar que fiquei com ele e que está rolando todas essas coisas, não sei o que ele seria capaz de fazer.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora