C A P Í T U L O 26

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CECÍLIA

E e Henrique andávamos lentamente enquanto conversávamos, ainda sentia um friozinho na barriga, sentindo a adrenalina percorrer as minhas veias, e também sentia o efeito das bebidas pois estava muito tonta.

- Acho que eu bebi demais. - Disse apoiando uma mão na parede e ele riu.

- Eu percebi, quer que eu te carregue?

- Não precisa.

Dito isso, voltei a andar ao seu lado, e logo acabei tropeçando em algo que estava no chão, as mãos de Henrique foram ágeis ao me segurar.

- Tô vendo.

Ele me colocou em seu colo e eu passei as mãos por volta de seu pescoço, me apoiando. Estava morrendo de medo de alguém ver e falar pro Justin, mas eu sei que não sou a namorada dele, então foda-se.

- Tu também é traficante né? - Perguntei o óbvio, puxando assunto

- Sou. - Ele riu.

- Hum, pelo visto todos traficantes daqui são bonitos.

- Ah, então me acha bonito?

Assenti e ele deu um sorriso, e que sorriso de cafajeste do caralho.

- E você, me acha bonita?

- Até demais.

Mordisquei o lábio por sua resposta e me deu uma vontade imensa de beija-lo. Sua boca estava muito próxima da minha e o beco que estamos é escuro. A cada passo que ele dá, eu penso se devo fazer isso ou não.

Assim que estava prestes a tomar coragem e beija-lo, Henrique arregalou os olhos e eu olhei em direção ao que ele olhava. Logo, tomo um susto ao ver Justin beijando a mesma garota de mais cedo, fazendo minha boca abrir em formato de um "O" e meu coração acelerar de ódio. Desci do colo de Henrique e Justin ainda não tinha notado a nossa presença.

- Você não vale nada. - Disse com ódio e Justin parou o beijo rapidamente, olhando pra mim. A garota abriu um sorriso vitorioso, fazendo eu fechar o punho de raiva.

- O que está fazendo aqui? E por que você tá aqui Henrique? - Ele perguntou de cenho franzido, como se não se importasse com a cena que eu vi.

- Tava ajudando ela a ir pra tua casa patrão, ela está muito tonta.

- Enquanto isso você estava se agarrando com essa aí em Justin, passou o dia inteiro fudendo comigo pra agora tá com essa puta.

- Puta não, me respeita garota, puta é você.

- Não chama ela de puta, tá maluca porra? - Justin disse olhando pra ela, me defendendo. Ela se calou e abaixou a cabeça.

- Vem comigo, eu te levo em casa, pode vazar daqui Henrique. - Ele diz entredentes, parecendo não gostar do Henrique está ao meu lado. Logo, Henrique olhou uma última vez pra mim e deu as costas, saindo.

- Não vou contigo pra lugar nenhum, fica com essa putinha aí, eu vou curtir o baile com aquele bando de traficante gostoso. - Disse e comecei a andar de volta pro baile, mas logo ele puxou o meu braço com força.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora