CAPÍTULO 4| Gringo, o meu traficante.
Página 4.CECÍLIA
Acordei me sentindo muito disposta, resultado de ter dormido muito bem. Me arrumei e tomei café sem a presença do meu pai, o mesmo mandou mensagem avisando que teve que viajar, um fato que nem me surpreendia mais. A vida de meu pai se resume em trabalhar, sei que ele tem que trabalhar pra trazer o sustento da casa, mas a vida não é só isso, mesmo achando ele muito chato na maiorias das vezes, eu sinto falta de passar tempo com ele. Eu o amo muito e além disso, tenho apenas ele, meu pai é a minha família. Nunca tive uma mãe presente, ela só fez me pôr no mundo e depois sumir do mapa com o amante. Uma grande vagabunda.
Após entrar na sala de aula, me sentei no lugar de costume e comecei a prestar atenção no que a professora estava falando. Eu não via a hora de me formar, mas iria demorar muito ainda. Escolhi fazer psicologia e atualmente estou no final do quarto semestre.
Assim que todas as aulas foram concluídas, respirei aliviada e levantei da cadeira. Logo, sinto um toque familiar em meu ombro e olho pra trás, dando de cara novamente com Lucas.
- E aí, de boa?
- Sim e você? - Pergunto enquanto coloco a mochila nas costas.
- De boa também. Pensei em começarmos a fazer esse trabalho hoje pra não ficar em cima da hora, o que acha?
- Pode ser.
- Na minha casa ou na sua?
Franzi o cenho e pensei por alguns segundos.
- Pode ser na sua.
Decidi que seria na dele pra evitar um surto do meu pai, vai que ele aparece lá em casa e ver o Lucas lá, meu pai é muito ciumento e maluco.
- Podemos ir daqui então, você almoça na minha casa.
- Beleza então. - Sorri e ele retribuiu.
JUSTIN
Andava de um lado pro outro, muito puto da vida, tentando pensar no que teria acontecido. Isso não era uma coisa normal de se acontecer em meus negócios, eu sempre calculo e estudo tudo o que devo fazer para que ocorra como planejado, por isso pago a muita gente, incluindo policiais, delegados, governadores e etc, para que todos os meus planos saiam conforme o esperado. Eu tinha quase certeza que alguém tramou pra mim e eu precisava descobrir quem foi.
Minha cabeça parecia que iria explodir de tanto que eu pensava. Escuto batidas na porta do meu quarto mas ignoro, sabia que era o Zac e não estava afim de falar com ele, precisava me acalmar para que eu não o matasse.
Essas cargas perdidas me deram bastante prejuízo, eram cargas já pagas de um traficante, eu vendi pra ele, o mesmo me pagou antecipado e simplesmente elas foram apreendidas, agora terei que arcar com tudo para que ele não traga problemas pra mim.
Conto de um até dez mentalmente, tentando me acalmar e me sento na beirada da cama. O problema de não morar aqui é justamente esse, merdas podem acontecer por incompetência de terceiros. Quando eu trabalhava só no meu país, não acontecia essas coisas, mas a minha ambição falou mais alto e eu quis expandir por novos lugares e como não sou dois, precisava de alguém pra me ajudar, por isso escolhi o Zac, que quase nunca errava, só vacilava algumas vezes e esse foi mais um de seus vacilos, eu só não o mato pela consideração que tenho por ele e sei que o mesmo já me ajudou muito também.
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Gringo, o meu traficante.
FanfictionUma jovem brasileira chamada Cecília tem sua vida completamente mudada após conhecer um traficante dos Estados Unidos. Cecília acabou se perdendo pelos olhos castanhos de Justin, um fato irônico e imprevisível, afinal, o pai de Cecília é um policial...