C A P Í T U L O 24

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Que raiva que as idéias começaram a fluir logo agora que estou com sono, vai entender a minha mente kkkkkkkkkkk, enfim, tenham uma ótima leitura!!!!
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Justin deu um passo pra trás, se afastando da garota e eu cruzei os braços.

- Oi meu bem. - Ele diz sem graça, coçando a nuca.

- Quem é essa aí? - A garota perguntou me olhando de cima a baixo, com uma cara de cu.

- Quem é essa aí o caralho. - Falei com raiva e ela riu debochadamente.

- É a Cecília, a mina que eu... - ele parou e ficou me olhando, franzi o cenho esperando ele continuar -, a mina que eu pego.

Revirei os olhos.

- Hum, achei que era solteiro.

- E eu sou.

Ai que ódio. Ele falou como se estivesse interessado na garota.

- Pois é, extremamente solteiro, faça bom aproveito. - Falei com ódio e passei por eles pisando os pés, a vontade que eu tinha era de acabar com o Justin.

- Cecília porra, espera aí. - Ele diz enquanto vem atrás de mim, mas eu o ignoro totalmente.

- Cecília caralho, não está me ouvindo? - Sua voz estava mais perto e eu apressei os passos.

- CECÍLIA! - Ele gritou e me assustei com o barulho de tiro. Olhei pra trás assustada e vi ele mirando a arma pra cima, ele tinha atirado pro alto pra me assustar, revirei os olhos.

- Para de ser patético.

- Me respeita porra. - Ele diz chegando em minha frente e coloca a arma na cintura. - Que palhaçada é essa? Isso tudo é ciúmes?

- Ciúmes? Ciúmes de quê? - Gargalhei com deboche, mas por dentro eu sabia que era ciúmes.

- Não foi isso que pareceu, a mina só é uma amiga.

- Amiga? Conta outra né Justin, não sou criança, tu tava quase beijando a garota.

Ele bufou.

- Para de paranóia, eu não estava. Tu quer açaí?

Ele mudou de assunto rapidamente e eu o olhei de relance. Odiava quando tentavam me comprar com comida pois eu sempre cedia, ainda mais um açaí nesse sol do caralho.

- Acha que pode me comprar com comida, Bieber?

- Larga de ser chata e vamos logo.

Ele pegou em minha mão e entrelaçou com a sua, fiquei surpreendida com isso. Começamos a caminhar até o local que vendia açaí e admito que não via a hora de tomar, estava fazendo um calor infernal.

Ao chegarmos, escolhi um lugar pra me sentar e Justin ficou conversando com uns caras que estavam armados. Já havíamos feito nossos pedidos. Justin parecia um prefeito, pois em todo lugar que ele passava tinha que parar pra falar com alguém.

Quando nossos pedidos chegaram, Justin se sentou em minha frente e começamos a devorar. Estava delicioso.

- Eu sou apaixonada por açaí. - Pensei alto, enquanto saboreava.

- Deu pra perceber, bom saber disso.

- Acha que vai ficar me comprando com comida? Tu tá muito enganado. - Ele riu e deu uma colherada no dele.

Quando acabamos de tomar, eu pedi mais um pois estava muito bom e Justin fez o mesmo. Ficamos esperando e estávamos em silêncio. Justin mexia em seu celular e eu ficava pensando no que a Beatriz me disse a alguns minutos atrás.

- Justin?

- Hum? - Diz sem deixar de digitar algo no celular.

- Eu sou só mais um lanchinho pra você?

- É o quê? - ele me olhou e franziu o cenho - que papo é esse agora?

- Quero que seja sincero comigo, se eu sou isso pra você me fa...

- Para de loucura Cecília, você não é isso pra mim, de onde tirou isso?

- A Beatriz disse isso, e sinceramente eu quase acreditei depois de ver você flertando com a morena.

Ele revirou os olhos e bufou.

- Você é uma mina que eu gosto, e se te deixa feliz saiba que é a única que eu acho diferente, o resto pra mim não passa de um bando de vagabunda.

- Não precisa ser tão machista também né Justin.

- É o que eu acho e isso não vai mudar. Não dê bola pra as merdas que a Beatriz fala, ela só está com o ego ferido.

Não sei se acreditava nas palavras dele, mas preferi deixar isso pra lá.

Nossos pedidos chegaram e começamos a devorar novamente. Agora sim eu estava satisfeita, até me refrescou um pouco desse calor insuportável.

- Eu dava tudo por uma praia. - Falei, raspando o resto de açaí que continha na taça de vidro.

- Nem me fale - bufou -, estou quase dando o foda-se e indo pra praia, mas penso na minha filha e me controlo.

- Filha? Você tem filha?

Ele me olhou com uma cara de que tinha falado demais e bufou.

- Tenho. - Disse indiferente.

- Por que não me disse antes? Isso é legal.

- Não gosto de ficar falando da minha vida.

- Como ela é? Me mostra a foto dela.

Ele mexeu no celular e depois virou pra mim, me mostrando uma foto de uma criança loirinha e muito linda, era a cara dele.

- Ela é sua cópia todinha Justin. - Disse sorrindo, encantada com a foto.

- Verdade. - Ele sorriu orgulhoso.

- Qual o nome dela?

- Avalanna.

- Bonito nome.

- Enfim, enxerida, vamos pra casa? Preciso te foder.

- Nossa Justin, não precisa ser tão direto. - Revirei os olhos e levantei.

- Até parece que você não quer.

E eu queria mesmo.

- Eu não. - Empinei o nariz e ele riu.

Justin pagou a conta e saímos de mãos dadas do estabelecimento. Admito que estava adorando ser vista como a namorada dele, mesmo não sendo, para todo mundo da favela. As pessoas olhavam pra gente com curiosidade e alguns falavam com o Justin. A maioria das meninas me olhavam com inveja, eu sentia isso nelas, e obviamente que eu me achava mais ainda.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora