C A P Í T U L O 17

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JAXON

- Sabia que você é linda princesa? Puxou ao seu tio.

- Eu puxei ao meu papai.

Amélia riu das palavras de Avalanna e eu revirei os olhos.

- Então vai pro colo da tua mãe. - Coloco ela em cima da Amélia que está deitada no sofá.

- Ela só falou a verdade, é a cara do Justin.

Revirei os olhos. Avalanna pulou do colo da mãe e correu até os brinquedos.

- Ela devia ser a minha filha. - Sussurrei, mas foi o suficiente pra Amélia escutar. Ela se levantou e encostou no meu ouvido.

- Ainda teremos o nosso filho amor.

Revirei os olhos e bufei.

- Você vivia transando com nós dois e engravidou logo daquele babaca. - Falei baixo pra que a Avalanna não escutasse, ela estava entretida com os brinquedos no enorme tapete branco felpudo.

- Não fica falando essas coisas, Justin não pode nem sonhar que isso acontecia enquanto estávamos juntos. - Ela bufou e sentou ao meu lado.

- Não sei como aquele otário nunca desconfiou de nada.

- Era tão bom ter os dois. - Ela mordeu os lábios como se estivesse lembrando e eu fechei a cara.

- Tá de palhaçada caralho? Agora você é minha.

Ela riu debochadamente.

- Você sabe que eu sempre gostei do Justin, assim como gosto de você, isso ainda não mudou.

Revirei os olhos.

- Mas agora vocês não estão mais juntos.

- Ainda somos casados perante a lei.

- Só porque você não quis assinar aquela merda do divórcio.

- Eu ainda vou reconquista-lo e tenho algo que vai me ajudar bastante. - Ela apontou para a Avalanna.

- Você não presta mesmo. - Disse com raiva.

- E você muito menos.

CECÍLIA

Eu e Lucas estávamos fazendo o trabalho, mas nem conseguia me concentrar direito. Ainda estava com raiva do Justin e queria sair logo dessa favela pra nunca mais voltar. Também estava com raiva de mim mesma por ainda querer aquele gringo filho da puta.

- Cecília? Em que mundo você está?

- Oi, o que foi? Desculpa. - Suspirei fundo, levando a mão na testa. Estamos sentados no tapete da sala, com um monte de livros e papéis ao nosso redor.

- Te fiz uma pergunta e tu não respondeu, tá tudo bem? Tá pensando naquela barraqueira?

- Não é nada não, vamos continuar.

Ele deu de ombros e voltamos a fazer o trabalho.

Meu celular começou a tocar e eu o peguei dentro da mochila. Era o meu pai. Atendi e ele me perguntou onde eu estava, falei que estava fazendo um trabalho na casa de uma amiga e ele reclamou, dizendo que eu ainda não havia saído do castigo. Revirei os olhos e avisei que não iria demorar.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora