C A P Í T U L O 7

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Abro meus olhos e tento entender onde eu estava. Sinto minha cabeça latejar, fazendo-me dar um gemido de dor. Olho pros lados, assustada, vendo que não estava em meu quarto. Sento na cama com cautela, até que começo a ter lembranças na minha mente, a última coisa que lembrava era que o gringo me carregou no colo e me trouxe pra sua casa.

- Meu Deus, eu tô na casa de um traficante. - Falo comigo mesma com a mão na testa.

Olho cada canto do quarto, percebendo o quanto bonito ele é.

Me levanto da cama e caminho até o banheiro que estava com a porta aberta

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Me levanto da cama e caminho até o banheiro que estava com a porta aberta. Vejo minha imagem no enorme espelho e faço careta, estava horrível. Ligo a torneira e jogo água em meu rosto. Procuro uma pasta de dentes e quando acho, coloco um pouco no dedo e depois na língua, escovo como consigo com os dedos e enxáguo em seguida.

Arrumo a cama, pois tinha esse costume e ao deixar pronta procuro por meu celular. O encontro em cima do armário ao lado da cama e vejo que haviam várias ligações perdidas da Claire e do Lucas pela madrugada, eles devem está morrendo de preocupação. Assim que iria ligar pra Claire me assusto com a presença do gringo entrando no quarto. Meus olhos percorreram pelo seu tanquinho desnudo e pelo volume visível no short tactel preto. Ele era realmente um pedaço de mal caminho.

- Você está bem? - Cruzou os braços, encostado na porta aberta.

- O que aconteceu? Como vim parar na sua cama?

- Não fizemos nada se é isso que quer saber, não curto transar com mulheres bêbadas.

Engulo o seco, ficando sem graça.

- E como vim parar aqui?

- Te trouxe pra cá porque você não aguentava nem ficar em pé, te dei água, comida e você capotou. Seu celular não parava de tocar então atendi, era a sua amiga, avisei o que aconteceu e ela se tranquilizou, pediu pra avisar que iria dormir na casa do tal Lucas.

Suspirei aliviada e abracei meus cotovelos.

- Obrigada então.

- Não aconselho fazer isso novamente, ir pros bairros que você nem conhece e ficar bêbada, existe muita gente má intencionada que poderia te fazer algum mal.

- Eu estava com meus amigos, nada iria me acontecer.

- E onde eles estavam enquanto você andava no meio de um monte de traficante? E se fosse uma pessoa ruim que te levasse pra casa?

- Eu não sou criança, sei me cuidar. - Revirei os olhos.

- Beleza então. - Ele diz secamente e sai andando.

Penso se fui grosseira com ele, pois de certa forma o mesmo tinha razão. Decido ir atrás dele.

- Ei, me desculpa, não quis ser grossa. - Disse assim que o vi na cozinha, abrindo a geladeira de inox.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora