C A P Í T U L O 39

251 13 28
                                    

CECÍLIA

Assim que cheguei em casa, me deitei na cama e sem tirar o sorriso dos lábios, fechei os olhos. Tive uma noite gostosa com o Justin, apesar do que rolou, eu amei.

[...]

O toque do meu celular me fez bufar, só queria dormir mais um pouquinho, e queria acordar nos braços deliciosos daquele homem. A realidade me chamava. Praticamente me arrastei até o banheiro, tirei as roupas e fui até o chuveiro, onde tomei um banho rápido.

Após ficar pronta, peguei minha bolsa e meu celular e saí do quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Após ficar pronta, peguei minha bolsa e meu celular e saí do quarto. Ando até a cozinha, e quando chego vejo meu pai sentado em uma das cadeiras, bebericando a xícara branca com bolinhas pretas, o seu café, que estava muito cheiroso por sinal. Ele estende o olhar pra mim, e eu sorrio, indo até uma cadeira e me sentando.

- Bom dia pai.

- Bom dia, querida.

Coloco um pouco de café numa xícara que já estava na mesa, e pego um pão dentro do saco de papel marrom.

- Pra onde vai?

- Vou para o segundo dia de treinamento da empresa. - Digo sorridente, enquanto passo um pouco de manteiga dentro do pão.

- Que bom, fico feliz por você, só não esqueça de se dedicar aos seus estudos.

- Pode ficar tranquilo. Vou aproveitar essas férias, mas assim que as aulas voltarem terei foco total.

- Assim espero.

Após tomar o café da manhã, lavei os pratos e fui até a garagem, onde caminhei até a minha bebê e subi em cima. Liguei a moto e cantei pneu para o prédio.

[...]

- Bom, após uma longa tarde de treinamento, já temos os nossos escolhidos para trabalhar na empresa. Por favor, peço que quando eu chamar cada um de vocês, entrem naquela sala. - O velho apontou para a porta branca e todos assentiram, como eu. Meu coração estava acelerado e minhas mãos soavam de medo e ansiedade.

- Maria Eduarda.  - O velho, que está sentado numa cadeira, em frente a uma mesa branca, chamou a garota, enquanto olhava fixamente para uma folha de papel que continha o nome das pessoas que estão presentes nessa sala, todos sentados em cadeiras e com a ansiedade á mil.

A Maria entrou na sala, e após uns três minutos ela saiu, com uma cara triste, o que me fez entender que ela não foi aprovada. Isso me gerou mais ansiedade, e pensamentos negativos começaram a surgir em minha mente.

- Eliane Souza. - O velho chamou, e a garota morena, com sua calça jeans branca, acompanhada da blusa preta, se levantou, e com a mão no peito caminhou até a sala. Suspirei fundo, torcendo mentalmente para que ela fosse aprovada, afinal, temos que desejar o bem ao próximo.

Assim que a porta da sala foi aberta, a Eliane saiu chorando e eu levei a mão no peito, com pena. Isso fez com que eu desanimasse mais ainda, tinha quase certeza que também seria reprovada, afinal, as meninas eram boas no treinamento.

- Cecília Sanches.

Ao ouvir meu nome, meu coração deu um salto enorme. Travei por alguns segundos na cadeira, e o velho me olhou de cenho franzido, como se esperasse eu me levantar. Suspirei fundo, e caminhei lentamente até a sala. Toquei na maçaneta dourada, com a mão completamente soada. Abri a porta, e entrei.

Lá estava ele, aquele mesmo homem que deixou que eu fizesse o treinamento, ele que me defendeu do velho insuportável. Sorri, completamente nervosa e ele retribuiu, e caralho, que sorriso bonito! Não tão quanto o do Justin, mas era muito bonito. Na verdade ele se parecia com o do Justin, ou eu estava bem louca da cabeça.

- Sente-se. - Ele apontou pra poltrona branca em sua frente e eu caminhei até ela, me sentando. Impossível não reparar no seu terno escuro perfeitamente alinhado, juntamente com a gravata branca e bem amarrada. Seu topete loiro aparentemente macio, sua barba bem feita, e o relógio que eu denunciava ser de puro ouro, em seu punho. Sentia seu olhar fixo em meus olhos, e tive certeza quando o encarei. Um olhar intimidador, e muito parecido com um olhar que eu já conhecia.

- Cecília, bonito nome.

Suas palavras fizeram um frio de nervosismo percorrer em minha barriga.

- Obrigada. - Sorri em gentileza.

- Devo dizer que por mais que não seja pontual, eu gostei bastante da sua desenvoltura no treinamento.

- Eu juro que vou mudar isso, não vou atrasar um minuto sequer. - Falei rápido de tanto nervosismo.

Ele riu, me deixando sem graça.

- Fique calma, você está muito nervosa.

Suspirei fundo e forcei um sorriso, tentando manter a calma. Calma era uma coisa muito difícil a se fazer quando tem um chefe gato do caralho te analisando.

- Bem, Cecília, - ele deu algumas batidinhas com a caneta preta em cima da mesa - você foi aprovada e começa a trabalhar amanhã, no horário combinado.

Dei um suspiro demorado de alívio e um sorriso gigante surgiu em meus lábios.

- Não sei nem como te agradecer, muito, mas muito obrigada.

- Não tem de quê, espero não me decepcionar.

- E não irá senhor... - Esperei ele falar o seu nome.

- Jaxon.

- Não irá se decepcionar senhor Jaxon. - Me levantei sorridente e ele assentiu.

- Até logo, Cecília.

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora