C A P Í T U L O 41

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Ao chegar em frente a boate que eu já conhecia, deixo o carro de qualquer jeito numa vaga livre, e com passos largos eu vou até a pequena fila. Meus punhos se encontram fechados, com ódio. Ódio da Cecília, ódio de ter sentimentos por ela, ódio de mim mesmo de ter permitido isso. A única mulher que conseguiu causar esse efeito em mim foi a Amélia, e desde o nosso término, prometi pra mim mesmo que não deixaria nenhuma mulher me causar tantos danos. Acabei que deixei me levar.

Assim que entrei na boate, comecei a procurar por ela como um cão farejador. Só de pensar que um homem a beijou, a tocou, meu corpo ferve de raiva.

Alguns minutos se passam e eu já estava enfurecido, me controlo para não meter bala pra cima e por fim encontra-la, até que reconheço aqueles lindos cabelos escuros e começo a caminhar em direção deles rapidamente.

- Está se divertindo, meu amor? - Digo com sarcasmo no seu ouvido, com ela estando de costas. A mesma se virou rapidamente com o olhar assustado, e eu não deixei de demonstrar minha feição de ódio.

- Ju-justin? O que você está fazendo aqui?

- Cadê o filho da puta que você estava beijando? - Aperto sua cintura com raiva -, me fala, cadê ele?

- Do que você está falando? Para de me apertar! - Ela diz assustada e eu não tiro minha mão de sua cintura.

- Eu vi a foto de você beijando um cara, não se faça de sonsa.

- Você não tem direito nenhum de me cobrar nada, até porque você estava transando com a sua ex mulher. - Desta vez, ela diz trincando os dentes com raiva e eu solto a sua cintura, com confusão no olhar.

- Como é que é? Eu não transei com ninguém.

- Pare de ser mentiroso, eu te liguei e ela que atendeu, dizendo que você estava ocupado tomando banho pós sexo.

- Ela mentiu, eu não fiz nada disso.

Ela ri ironicamente e eu bufo.

- Até parece Justin, você dorme no mesmo teto da sua ex e não fez nada? O que me garante? Eu não acredito em você, ou acha que esqueci do dia que você estava pegando outra no mesmo lugar que eu estava?

- Caralho Cecília, eu não comi ninguém, acredite em mim, eu tenho você e não vejo necessidade de comer outra pessoa, acredite em mim.

Ela me passa um olhar enfurecido, como se não gostasse das palavras que eu utilizei e abre a boca pra me responder.

- Ah, então pra você eu só sirvo pra te dar sexo?

- Não foi isso que eu quis dizer.

- Mas foi isso que pareceu Justin. Me deixe em paz, eu vou seguir a minha vida porque sei que com você não vai dar em nada.

- É isso mesmo que você acha? - Puxei sua cintura, fazendo-a colar seu corpo em mim. Sinto sua respiração tocando meu rosto, e vejo seu olhar descer pra minha boca.

- Me deixe em pa-paz, vai ficar com a Am...

Não deixo ela continuar e parto para um beijo. Beijo quente, gostoso e com gosto de vodka. Nos beijávamos na mesma intensidade, e nem preciso dizer que meu pau ficou alterado. Eu sentia um tesão do caralho pela Cecília e isso não podia negar. Por mais que minha mente dissesse que estava indo longe demais com isso, meu corpo não resistia a ela. Temos uma química do caralho e isso é o que mais me fode.

- Filha da puta desgraçada, eu devia matar você. - Aperto sua boca e lhe dou alguns selinhos. Ela me olha confusa.

- Por que?

- Por está me deixando dessa maneira.

- AMIGA!

O grito escandaloso me chama atenção e logo a Claire aparece ao lado de Cecília, aparentemente bêbada, segurando um copo descartável na mão, com o braço livre ela passa pelo pescoço de Cecília e lhe dar um beijo no rosto.

- Justin? Ora, ora, o que veio fazer aqui? Veio magoar a minha amiga de novo?

- Claire... - Cecília olha pra ela e nega com a cabeça, como se pedisse pra parar.

- Quê? Eu só estou falando a verdade, esse babaca só te machuca.

- Vou relevar porque você está bêbada. Vamos Cecília, você vem comigo.

Pego em seu braço e tento puxa-la.

- Me solta, não vou a lugar nenhum.

Ela estava mais sóbria que a Claire, mas dava pra ver que estava alterada.

- Ou você vem comigo, ou eu juro que meto bala em toda essa boate, até encontrar o filho da puta que você estava beijando.

Ela arregala os olhos e suspira fundo.

- Eu te odeio.

Dito isso, ela se despede da Claire e eu começo a andar pela multidão segurando em sua mão.

Abri a porta do carro e entrei. Ela me imitou e eu liguei o automóvel. Ainda estava puto, mas sabia que ela fez isso pra se vingar.

- Você deveria ser menos infantil e procurar saber se foi verdade o que aquela maluca falou.

Falei, enquanto dirigia em alta velocidade.

- Como ia saber? Ela atendeu o seu celular. - Diz, emburrecida, com uma perna em cima do banco e de braços cruzados.

- E custava você tentar falar comigo antes de sair fazendo merda?

- Até onde eu sei, não temos nada oficial, não somos namorados, portando eu posso ficar com quem eu quiser.

- Isso não significa porra nenhuma, temos um lance e isso é o que importa, você é minha e foda-se o que acha, entrou na minha vida porque quis, se envolveu comigo porque quis, agora aguente as consequências. - Falei com raiva, lembrando da porra da foto.

- Para de falar como um psicopata, isso me dá medo.

- E é pra ter mesmo.

- Tá com ciúmes? Pega na mão e assume.

Ela diz com deboche e eu a olho com raiva. A mesma continuou rindo e eu freei o carro bruscamente numa pista deserta.

- Vai ficar rindo da minha cara?

- Tá bravinho?

- Você fica insuportável bêbada. - Reviro os olhos.

Ela não diz nada, apenas se levanta e rapidamente senta em cima do meu colo, me surpreendendo. Seus lábios tomam conta do meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos e morder os lábios de tesão. Filha da puta, sabia direitinho como me domar.

- Ainda sou insuportável, amor? - Perguntou baixinho em meu ouvido e como resposta eu apertei a sua cintura com as duas mãos e desci até a bunda, onde apertei. Ela começou a rebolar lentamente e não demorou nada pra eu ficar totalmente alterado.

Apertei seu pescoço com a mão e puxei seu rosto, partindo para um beijo selvagem e gostoso.

Estava odiando o efeito que Cecília conseguia causar em mim.

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O que estão achando amores? Continua?

Gringo, o meu traficante.Onde histórias criam vida. Descubra agora