Ao chegar em frente a boate que eu já conhecia, deixo o carro de qualquer jeito numa vaga livre, e com passos largos eu vou até a pequena fila. Meus punhos se encontram fechados, com ódio. Ódio da Cecília, ódio de ter sentimentos por ela, ódio de mim mesmo de ter permitido isso. A única mulher que conseguiu causar esse efeito em mim foi a Amélia, e desde o nosso término, prometi pra mim mesmo que não deixaria nenhuma mulher me causar tantos danos. Acabei que deixei me levar.
Assim que entrei na boate, comecei a procurar por ela como um cão farejador. Só de pensar que um homem a beijou, a tocou, meu corpo ferve de raiva.
Alguns minutos se passam e eu já estava enfurecido, me controlo para não meter bala pra cima e por fim encontra-la, até que reconheço aqueles lindos cabelos escuros e começo a caminhar em direção deles rapidamente.
- Está se divertindo, meu amor? - Digo com sarcasmo no seu ouvido, com ela estando de costas. A mesma se virou rapidamente com o olhar assustado, e eu não deixei de demonstrar minha feição de ódio.
- Ju-justin? O que você está fazendo aqui?
- Cadê o filho da puta que você estava beijando? - Aperto sua cintura com raiva -, me fala, cadê ele?
- Do que você está falando? Para de me apertar! - Ela diz assustada e eu não tiro minha mão de sua cintura.
- Eu vi a foto de você beijando um cara, não se faça de sonsa.
- Você não tem direito nenhum de me cobrar nada, até porque você estava transando com a sua ex mulher. - Desta vez, ela diz trincando os dentes com raiva e eu solto a sua cintura, com confusão no olhar.
- Como é que é? Eu não transei com ninguém.
- Pare de ser mentiroso, eu te liguei e ela que atendeu, dizendo que você estava ocupado tomando banho pós sexo.
- Ela mentiu, eu não fiz nada disso.
Ela ri ironicamente e eu bufo.
- Até parece Justin, você dorme no mesmo teto da sua ex e não fez nada? O que me garante? Eu não acredito em você, ou acha que esqueci do dia que você estava pegando outra no mesmo lugar que eu estava?
- Caralho Cecília, eu não comi ninguém, acredite em mim, eu tenho você e não vejo necessidade de comer outra pessoa, acredite em mim.
Ela me passa um olhar enfurecido, como se não gostasse das palavras que eu utilizei e abre a boca pra me responder.
- Ah, então pra você eu só sirvo pra te dar sexo?
- Não foi isso que eu quis dizer.
- Mas foi isso que pareceu Justin. Me deixe em paz, eu vou seguir a minha vida porque sei que com você não vai dar em nada.
- É isso mesmo que você acha? - Puxei sua cintura, fazendo-a colar seu corpo em mim. Sinto sua respiração tocando meu rosto, e vejo seu olhar descer pra minha boca.
- Me deixe em pa-paz, vai ficar com a Am...
Não deixo ela continuar e parto para um beijo. Beijo quente, gostoso e com gosto de vodka. Nos beijávamos na mesma intensidade, e nem preciso dizer que meu pau ficou alterado. Eu sentia um tesão do caralho pela Cecília e isso não podia negar. Por mais que minha mente dissesse que estava indo longe demais com isso, meu corpo não resistia a ela. Temos uma química do caralho e isso é o que mais me fode.
- Filha da puta desgraçada, eu devia matar você. - Aperto sua boca e lhe dou alguns selinhos. Ela me olha confusa.
- Por que?
- Por está me deixando dessa maneira.
- AMIGA!
O grito escandaloso me chama atenção e logo a Claire aparece ao lado de Cecília, aparentemente bêbada, segurando um copo descartável na mão, com o braço livre ela passa pelo pescoço de Cecília e lhe dar um beijo no rosto.
- Justin? Ora, ora, o que veio fazer aqui? Veio magoar a minha amiga de novo?
- Claire... - Cecília olha pra ela e nega com a cabeça, como se pedisse pra parar.
- Quê? Eu só estou falando a verdade, esse babaca só te machuca.
- Vou relevar porque você está bêbada. Vamos Cecília, você vem comigo.
Pego em seu braço e tento puxa-la.
- Me solta, não vou a lugar nenhum.
Ela estava mais sóbria que a Claire, mas dava pra ver que estava alterada.
- Ou você vem comigo, ou eu juro que meto bala em toda essa boate, até encontrar o filho da puta que você estava beijando.
Ela arregala os olhos e suspira fundo.
- Eu te odeio.
Dito isso, ela se despede da Claire e eu começo a andar pela multidão segurando em sua mão.
Abri a porta do carro e entrei. Ela me imitou e eu liguei o automóvel. Ainda estava puto, mas sabia que ela fez isso pra se vingar.
- Você deveria ser menos infantil e procurar saber se foi verdade o que aquela maluca falou.
Falei, enquanto dirigia em alta velocidade.
- Como ia saber? Ela atendeu o seu celular. - Diz, emburrecida, com uma perna em cima do banco e de braços cruzados.
- E custava você tentar falar comigo antes de sair fazendo merda?
- Até onde eu sei, não temos nada oficial, não somos namorados, portando eu posso ficar com quem eu quiser.
- Isso não significa porra nenhuma, temos um lance e isso é o que importa, você é minha e foda-se o que acha, entrou na minha vida porque quis, se envolveu comigo porque quis, agora aguente as consequências. - Falei com raiva, lembrando da porra da foto.
- Para de falar como um psicopata, isso me dá medo.
- E é pra ter mesmo.
- Tá com ciúmes? Pega na mão e assume.
Ela diz com deboche e eu a olho com raiva. A mesma continuou rindo e eu freei o carro bruscamente numa pista deserta.
- Vai ficar rindo da minha cara?
- Tá bravinho?
- Você fica insuportável bêbada. - Reviro os olhos.
Ela não diz nada, apenas se levanta e rapidamente senta em cima do meu colo, me surpreendendo. Seus lábios tomam conta do meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos e morder os lábios de tesão. Filha da puta, sabia direitinho como me domar.
- Ainda sou insuportável, amor? - Perguntou baixinho em meu ouvido e como resposta eu apertei a sua cintura com as duas mãos e desci até a bunda, onde apertei. Ela começou a rebolar lentamente e não demorou nada pra eu ficar totalmente alterado.
Apertei seu pescoço com a mão e puxei seu rosto, partindo para um beijo selvagem e gostoso.
Estava odiando o efeito que Cecília conseguia causar em mim.
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O que estão achando amores? Continua?
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Gringo, o meu traficante.
FanfictionUma jovem brasileira chamada Cecília tem sua vida completamente mudada após conhecer um traficante dos Estados Unidos. Cecília acabou se perdendo pelos olhos castanhos de Justin, um fato irônico e imprevisível, afinal, o pai de Cecília é um policial...