Everything's Not Lost [ TRADUÇÃO ]

Capítulo 16

Algumas semanas depois do Natal, Harry terminou de limpar a sala de aula mais cedo e Snape saiu de seu depósito, ele parecia passar a maior parte do tempo de Harry lá catalogando ingredientes, e perguntou a Harry se ele gostaria de tentar fazer o mesmo. Harry havia ficado surpreso com a oferta, normalmente Snape não deixaria ninguém chegar perto de seu precioso depósito particular e Harry esmagou os pensamentos de culpa, lembrando quando Hermione roubou pele de boomslang de lá no segundo ano.

Não admira que Snape tenha passado tanto tempo lá! Harry não tinha ideia de que era tão complicado, mas logo aprenderia. Não era apenas um caso de potes sendo arquivados em ordem alfabética, embora cada seção devesse ser ordenada assim. Não, Harry tinha que descobrir se algo era uma planta (e se fosse, era arbusto, erva, flor ou outra coisa), era animal (peixe, mamífero, inseto, aracnídeo, pássaro, vertebrado ou invertebrado e todo o resto) , era mineral ou metálico, era um elemento por si só ou era uma mistura composta de dois ou mais ingredientes. Também era importante saber não colocar dois ingredientes voláteis um ao lado do outro, algo que Harry aprendeu da maneira mais difícil quando colocou cabelo de unicórnio ao lado de um pote de peixes prateados e os dois potes se espatifaram, ganhando uma bronca de Snape e custando-lhe vinte pontos da Grifinória.

Metade dos ingredientes dos quais Harry nunca tinha ouvido falar, então ele tinha que ficar fazendo perguntas a Snape, sempre se sentindo um pouco desconfortável quando fazia isso, se perguntando quando o homem se cansaria e gritaria com ele por ser tão ignorante, mas ele nunca fez. Parecia que ele não se importava com a ignorância de Harry, contanto que Harry reconhecesse e fizesse perguntas antes de causar mais danos à sala de aula de Poções.

Eles haviam entrado em uma espécie de rotina agora e Harry não temia mais vir para as aulas de Poções, pois ele sentia que ao lidar com os ingredientes, ele estava entendendo melhor as Poções também. Harry segurou uma jarra em suas mãos e apertou os olhos para o rabisco na frente. A caligrafia de Snape ainda deixava a desejar. Gillyweed. O Gillyweed em si era verde e viscoso, parecia com cauda de rato ou algo assim.

"Hum, senhor?" disse Harry, espiando a cabeça para fora da porta do depósito. "Gillyweed? Isso é planta ou animal?"

Snape arqueou uma sobrancelha elegante para ele e continuou com sua marcação. "Certamente você pode dizer pelo nome, Potter?"

"Bem, erva daninha é um tipo de planta, flor?"

"Correto. Então por que você está tendo problemas para categorizá-lo?"

"Bem, parece que está se contorcendo", disse Harry, olhando para o frasco em sua mão.

"Se contorcendo?" perguntou Snape, aproximando-se de Harry. "Bem, certamente não deveria estar fazendo isso. A própria planta Gillyweed balança na água, mas é apenas a água movendo-a, a planta em si não se move e certamente não deveria se mover depois de cortada." Snape estendeu a mão para pegar o frasco, Harry ficou muito feliz em deixá-lo ir. Assim que a jarra caiu com um leve baque na mão de Snape, o homem empalideceu e se virou para Harry.

"Harry, há Pó de Flu naquele frasco ali, pegue e vá direto para o escritório do diretor. Agora, vá agora."

"Senhor, o que há de errado?" perguntou Harry.

"Você é surdo, garoto? Vá para o escritório do diretor imediatamente!"

Harry não precisava ser avisado de novo, ele fez o que lhe foi ordenado, mas seu coração parecia pesado em seus sapatos com a forma como Snape tinha falado com ele. Ele não conseguia se lembrar que o homem o chamara de Harry; era outra palavra que estava ecoando na cabeça de Harry.

GAROTO. Era tudo que Vernon Dursley o chamava.

***

A explosão aconteceu quase assim que Harry entrou no Flu pela primeira vez, a explosão o arremessou violentamente sobre o tapete persa em frente à lareira de Dumbledore. Fawkes gritou de seu poleiro quase no mesmo instante em que Harry caiu de cara no chão, Dumbledore e a Professora McGonagall estavam ao seu lado, ajudando-o a se levantar. Harry estava um pouco sem fôlego, torceu o tornozelo ao cair no Flu, mas não achou que estivesse machucado de outra forma.