Everything's Not Lost [ TRADUÇÃO ]

Capítulo 3

Severus havia perdido a conta de quantas vezes estivera no escritório de Dumbledore. O quarto não tinha mudado muito em todos os anos desde que ele era um estudante, nem Alvo, aliás. Ele tinha cabelos brancos e barba desde o dia em que Severus havia começado Hogwarts como um tímido garoto de onze anos. Não, nada sobre o escritório ou o diretor havia mudado, foi o próprio Severus quem mudou, mas tão gradualmente que ele mal percebeu.

Ele passou a odiar essas reuniões no início de cada ano letivo, quando no início ele ficava tão satisfeito por Dumbledore querer vê-lo sozinho. Severus se sentiu honrado; sentiu que estava sendo escolhido para alguma coisa. Demorou um pouco para perceber que não apenas estava sendo escolhido, mas também usado. A cenoura de ouro da posição DADA tinha estado balançando na frente dele por tantos anos agora e a cada ano ele ficava desapontado novamente. No final de cada ano letivo, Dumbledore dava a entender que revisaria o formulário de Severus novamente e era difícil para Severus não ter esperanças. A decepção esmagadora todo mês de setembro era mais dolorosa do que se Dumbledore não tivesse mencionado isso em primeiro lugar.

"Limão, Severus?" Albus empurrou o prato de cristal com doces em sua direção. Esse ritual também era o mesmo.

"Não, obrigado," respondeu Severus. Em todos os anos que Severus tinha vindo a este escritório, o diretor nunca havia notado que Severus detestava doces? Ele desejava que Albus simplesmente continuasse com aquilo, em vez de arrastar tudo para fora com suas ofertas de chá e doces, pois Severus não gostava de nenhum deles. Ele só queria saber qual incompetente o homem havia contratado este ano para que ele pudesse ir e ficar de mau humor em seus quartos sozinho.

"Severus, suponho que você esteja se perguntando por que o chamei aqui?"

"Na verdade não, é sobre a posição da Defesa, não é?"

"Sim ... e não," disse Albus, juntando as mãos sob o queixo. "Você estava na Copa Mundial de Quadribol, Severus?"

Severus se endireitou na cadeira. "Você sabe muito bem que eu estive aqui durante todo o verão, Albus. Os planos de aula não são escritos e eu tenho algumas pesquisas para terminar."

"Muito, muito, me perdoe, eu não tive a intenção de menosprezar seus esforços, Severus. Você ouviu sobre o que aconteceu lá?"

"Você teria que estar morando sob uma rocha para não ouvir sobre isso," disse Severus e se irritou ao ver os olhos do velho cintilando às custas dele. Então Severus passava a maior parte do tempo nas masmorras, isso não significa que ele não acompanhasse as últimas notícias. Ele tinha uma assinatura do Profeta Diário desde que começou a ensinar em Hogwarts. Veja bem, do jeito que as coisas estavam nesses dias, a maior parte não passava de fofoca de tablóide. Ele se perguntou como aquela mulher Skeeter poderia se safar com metade do que havia escrito.

"Temo que os Comensais da Morte estivessem atrás de Harry," admitiu Dumbledore. "Ele está em mais perigo do que nunca este ano, eu posso sentir isso."

"Bem, eles não o pegaram, não é?" disse Severus. O menino sempre correria perigo; Não havia nenhuma dúvida sobre isso. Mesmo que Voldemort nunca mais voltasse à superfície, ainda havia muitos Comensais da Morte à solta que adorariam colocar as mãos nele para vingar seu Senhor. O rosto pálido de Lúcio Malfoy surgiu em sua mente e Severus tentou não estremecer.

"Felizmente, não. Severus, receio ter que recusar sua inscrição para o post de DCAT este ano. Simplesmente não é viável no momento com essa nova ameaça a Harry."

"Eu vejo." Severus havia aprendido há muito tempo a esconder suas emoções. Ele fez isso agora, seu rosto uma máscara em branco. O velho do outro lado da mesa nunca saberia o quão magoado ele estava por mais uma rejeição. Seus pecados passados ​​nunca seriam perdoados então? Sua penitência era para ensinar Poções pelo resto de sua vida e não a matéria que ele realmente queria? Ele estava no purgatório agora ou já havia descido ao inferno?