Capítulo 34

1.3K 134 15
                                    

"Um menino tão bonito," Voldemort sibilou enquanto seus dedos dos pés se enrolaram em torno do rosto morto de Cedrico e o pressionaram contra a terra.

"Não toque nele! Não toque nele!" gritou Harry enquanto lutava contra suas amarras. Ele não conseguia se mover. Ele gritou mais alto.

"Harry, ssh, querido, é apenas um sonho," uma voz sussurrou em seu ouvido e ele se sentiu sendo balançado contra alguém.

Não era Cedric. Ele sabia que não era Cedrico, mas ele permitiu o conforto que o toque proporcionou antes de se deixar cair na escuridão de seus sonhos mais uma vez.

Quando ele acordou em seguida, a luz do sol de verão estava fluindo através das cortinas finas que tinham um padrão de hipogrifos nelas. Onde ele estava? Ele não tinha ideia. Não era a Toca, pelo menos não em qualquer sala em que ele tinha estado antes e definitivamente não era a Rua dos Alfeneiros. Ele doía todo, mas principalmente na perna esquerda. Era uma agonia cada vez que ele se movia. Sua cabeça estava confusa, como se ele tivesse dormido por dias. Talvez ele tenha.

A última coisa que ele lembrou foi de seu tio o expulsando e o Professor Snape o segurando antes que Harry desmaiasse. Ele não conseguia se lembrar de muito depois disso. Madame Pomfrey esteve aqui, ele se lembrou disso, e se lembrou de ter dito a ela que queria morrer. Ele corou quando voltou para ele. Cedric teria ficado tão envergonhado dele por não ser capaz de suportar um pouco de dor.

"TRAIDOR DE SANGUE! MARAVILHANDO A CASA DOS MEUS PAIS !!" veio um grito de algum lugar e Harry quase pulou fora de sua pele.

Quem diabos era esse? Esta era a casa de Snape? Há quanto tempo ele está inconsciente?

Harry olhou ao redor da sala; ele estava se sentindo mais alerta do que há semanas, provavelmente devido às poções ou feitiços da Madame Pomfrey. As paredes foram pintadas em um tom muito impróprio de bege, o que lembrou a Harry um pouco de vômito. Seu baú estava ao pé da cama, que era uma peça de ferro antiquada que lembrava as camas da enfermaria. Na parede oposta à cama havia uma pintura em branco, um tom ligeiramente mais forte de bege do que as paredes.

Havia duas camas no quarto; aquele em que Harry estava deitado e outro empurrado contra a janela, esmagando a parte inferior das cortinas. Entre as camas havia uma pequena mesa com uma lamparina a óleo; algumas garrafas de poções; uma jarra de água e um copo. Harry ergueu a jarra, ele estava sentindo bastante sede, mas suas mãos tremiam tanto que a maior parte da água acabou no chão e não no copo.

Sua perna esquerda estava ficando mais dolorida a cada segundo. Ele deixou cair o copo - água espirrando nele, na cama e no chão enquanto ele gritava. Quase um segundo depois, Madame Pomfrey, o Professor Snape e seu padrinho invadiram a sala.

"Sirius! Você está aqui!" gritou Harry enquanto tentava ignorar a dor em sua perna, mas Madame Pomfrey não tolerava nada disso.

"Aqui, Harry, beba isso", disse ela, oferecendo a ele um frasco que ela havia tirado do bolso do avental. "Vai ajudar com a dor, querida. Duas gotas."

Harry engoliu a poção e quase imediatamente se sentiu envolvido pelo calor quando o analgésico fez sua mágica e sua perna parou de doer, assim como o resto dele. Sirius e o Professor Snape ainda estavam olhando para ele um pouco preocupados. Harry suspirou e se recostou nos travesseiros.

"Sirius, o que você está fazendo aqui?" Harry não conseguia imaginar por que seu padrinho deveria estar na casa de Snape.

"Eu moro aqui," disse Sirius. "Ou melhor, eu costumava. Esta era a casa dos meus pais."

"Sirius, vamos deixar vocês dois sozinhos um pouco," disse Madame Pomfrey. "Eu vou fazer um almoço para Harry, você pode explicar sobre a Ordem para ele e sobre ..."

Everything's Not Lost [ TRADUÇÃO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora