Everything's Not Lost [ TRADUÇÃO ]

Capítulo 17

"Ele é um Comensal da Morte!" Potter gritou com o diretor pelo que deve ter sido a décima vez em uma hora. Severus sorriu para sua xícara de chá; ele achou muito divertido, na verdade. Ele nunca tinha visto o menino tão apaixonado por nada antes. Duas semanas de repouso forçado na cama, cortesia de Poppy, deixou Severus ansioso por uma briga.

"Claro, uma criança com inteligência limitada como você, essa é a conclusão a que você chegaria," zombou Severus enquanto tomava um gole de chá excessivamente doce. Ele colocou a xícara e o pires na mesa de Dumbledore e se levantou, sentindo a necessidade de caminhar.

Potter também se levantou e olhou para ele, seus olhos brilhando como fogo de jade. "Eu não sou uma criança!" ele protestou, erguendo-se em toda a sua altura, o que não era considerável. "Eu derrotei um dragão!"

"Oh, sim e olhe quanto tempo você demorou para se recuperar daquela pequena escapada!"

"Se suas poções tivessem funcionado direito para começo de conversa!"

"Minhas poções são sempre perfeitas, Sr. Potter. Você provavelmente é algum mutante estranho!" retrucou Severus, encarando o menino, mas não funcionou. Os olhos do menino continuaram brilhando e boquiabertos, seu rosto vermelho de raiva.

"Cavalheiros, chega!" rugiu Dumbledore. "Vocês vão desistir disso de uma vez! Vocês dois estão agindo como crianças de cinco anos! Agora sentem-se, vocês dois," Dumbledore suspirou e acariciou sua barba.

"Severus, esse estresse não é bom para você! Você acabou de sair da ala hospitalar," repreendeu Poppy enquanto conjurava uma cadeira e a colocava entre ele e o pirralho. Severus teve o desejo mais infantil de mostrar a língua para o garoto pelas costas de Poppy, mas reprimiu-o com pura força de vontade.

"Agora, Harry," disse Dumbledore. "Sem gritar, por favor, você pode me dizer sobre o que são essas acusações?"

"Ele tem a Marca Negra em seu braço," Harry fez beicinho. "Eu vi isso na ala hospitalar."

"Ah," disse Dumbledore e Potter se levantou tão rápido que foi quase como se um feitiço tivesse causado a mudança.

"Você sabia? Você sabia que ele era um Comensal da Morte?" Potter rosnou para o diretor.

"Você é uma criança, Potter. Seu mundo existe em preto e branco, não é? Bem e mal, claro e escuro. Não há meio-termo. Você logo aprenderá que é composto inteiramente de tons de cinza." Severus esfregou um fiapo invisível em suas vestes, ele precisava fazer algo com as mãos, mas não queria beber aquele chá horrível de novo.

Potter se virou para encará-lo novamente, mas desta vez não havia raiva ardente naquelas profundezas esmeralda, apenas confusão.

"Não entendo."

"Obviamente," disse Severus.

"Bem? Ninguém vai me explicar isso?" Ele continuou.

"É bastante complicado, Harry", disse Dumbledore. "Eu não tenho certeza se algum de nós pode explicar isso a você adequadamente."

"Ele tentou me matar e você não quer explicar?" Harry bateu com os punhos na porta, antes de se virar para acusar cada um deles com um olhar neutro. "Foi você, não foi? Você foi pego em sua própria armadilha; foi você quem tentou me matar com o Gillyweed!"

"Não seja tão estúpido, Potter! Se eu estivesse tentando matá-lo, por que o mandei pelo Flu para um lugar seguro, hmm? Sou um mestre de Poções, Potter. Tenho outras maneiras de cometer assassinato, indetectáveis maneiras. Eu não faria nada tão espalhafatoso quanto uma explosão em meus próprios aposentos! "