Everything's Not Lost [ TRADUÇÃO ]

Capítulo 40

"Onde está Poppy?" perguntou Harry enquanto se acomodava na mesa de jantar de madeira entalhada. Ainda parecia um pouco estranho chamar seus guardiões pelos primeiros nomes, mesmo que ele estivesse fazendo isso por mais de uma semana. A villa tinha três quartos e uma grande área de estar, jantar e cozinha em plano aberto. Todas as paredes foram pintadas do mesmo tom de creme com notas de terracota nas guarnições de madeira. Cada item da mobília da casa era elaboradamente esculpido com cenas da mitologia romana.

"Ela está com enxaqueca e não quer viajar hoje", disse Snape - Severus, Harry teve que ficar se lembrando disso no caso de escorregar enquanto falava em voz alta - enquanto se servia de um pouco de café da cafeteira ornamentada na mesa. O café da manhã já estava preparado: travessas de frutas frescas; pãezinhos, compotas e marmelada; ovos cozidos; travessas de carnes frias e queijos; jarras de abóbora e suco de laranja mantidas geladas magicamente, apesar do calor lá fora.

"Então ela não vem para Pompéia conosco?" perguntou Harry enquanto se servia de uma seleção de frutas e queijos, junto com um pãozinho e um copo de suco de laranja. Depois que ela finalmente persuadiu Severus a ir na viagem, agora ela não estava se sentindo bem o suficiente para ir. "Ela não podia tomar uma poção?"

"Harry, a mulher é uma medibruxa qualificada; você realmente acha que se houvesse uma poção que pudesse ajudar, ela não a teria tomado? Enxaquecas são exclusivas do indivíduo e poções gerais não ajudam. A aflição de Poppy é piorada pelo calor e pela luz. O bom tempo para nós seria uma agonia e ela se sentirá muito melhor depois de se deitar no escuro. "

"Sinto muito. Eu não queria menosprezar a condição dela. Cedrico costumava ter enxaquecas também, geralmente quando estava sob estresse." Harry espetou o garfo em uma fatia de queijo com mais força do que o necessário. Ainda doía pensar em Cedrico e ele se perguntou se algum dia chegaria a um lugar onde não sentiria vontade de chorar cada vez que o nome de Cedrico fosse mencionado. Ele largou o queijo e comeu algumas fatias de melão e metade do pãozinho, meio que na esperança de que mastigar e engolir o impedisse de chorar alto.

Severus olhou para o prato ainda quase cheio na frente de Harry.

"Harry, eu queria falar com você sobre isso", disse ele.

"Sobre o que?" Harry brincou com a comida, mas não fez menção de comer mais.

"Você não tem comido direito há um tempo; Poppy e eu notamos isso. Poções nutricionais não podem fazer nada, Harry. Você tem que comer."

"Eu como," disse Harry, pousando o garfo no prato. Ele não queria discutir, mas ficava na defensiva sempre que alguém mencionava seus hábitos alimentares. "Eu não quero falar sobre isso."

"Tudo bem, Harry. Hoje não, mas vamos conversar mais um pouco sobre isso."

Harry apenas olhou para o desenho na mesa e não respondeu.

***

Choveu quase assim que eles desceram do trem, uma tempestade se formando, se as nuvens negras pudessem passar por ali. Talvez a ameaça de tempestade fosse o motivo de Poppy estar se sentindo tão mal e Harry esperava que ela se sentisse melhor logo. A maioria dos turistas foi embora assim que a chuva ficou mais forte, mas ele e Severus discretamente adicionaram feitiços repelentes de água em suas roupas e se divertiram muito vagando por um local quase completamente deserto.

O lugar era maior do que Harry havia imaginado; ele sabia, em um sentido abstrato, que era uma cidade, mas não havia realmente colocado Pompéia nesse contexto. Seria muito fácil se perder nas pequenas vielas e becos entre os prédios, mais dos quais estavam em pé do que ele esperava. Por alguma razão, ele imaginou que as ruínas fossem da altura do tornozelo ou do joelho, ele não esperava casas de dois andares, algumas com o telhado ainda aberto.